domingo, 6 de junho de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Louletano na II Divisão B

Dez jogadores que ficaram na história do Louletano
Fundado a 6 de junho de 1923 devido à fusão de duas associações desportivas na então vila de Loulé, o Louletano Desportos Clube viveu a fase de maior fulgor na sua história no início da década de 1990, quando disputou a II Liga durante quatro temporadas consecutivas.
 
Depois de largos anos nas divisões secundárias, sobretudo a III Divisão e os campeonatos distritais da AF Algarve, o emblema alvirrubro terminou em 3.º lugar na II Divisão – Zona Sul em 1989-90, o que lhe garantiu a presença na edição inaugural da II Liga na época seguinte. Em quatro participações, o melhor que o Louletano conseguiu foi o 10.º lugar em 1992-93.
 
Depois, entre 1994 e 2013 competiu por 17 vezes na II Divisão B. Ao longo desse período, os sotaventinos alcançaram o 2.º lugar em 1994-95, 2005-06 e 2006-07 e apenas não participaram na prova em 1997-98 e 2008-09, quando marcaram presença na III Divisão.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Louletano na II Divisão B.
 
 

10. Nelsinho (142 jogos)

Nelsinho
Médio de características ofensivas, qualidade técnica e visão de jogo natural de São Teotónio, concelho de Odemira, passou pelos juniores do Louletano entre 1993 e 1995, mas começou a jogar enquanto sénior no Portimonense.
Em 2000 voltou a Loulé para cinco épocas na II Divisão B, tendo amealhado um total de 142 jogos (99 a titular) e nove golos no terceiro escalão do futebol português ao longo de cinco temporadas. Paralelamente, contribuiu para a caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal em 2001-02.
No verão de 2005 transferiu-se para o Lagoa.
 
 

9. Alberto Louzeiro (161 jogos)

Alberto Louzeiro
Médio natural de Santiago do Cacém, dividiu a formação entre a União de Santiago e o Farense. Como sénior passou ainda por Padernense, Olhanense e Operário antes de rumar ao Louletano no verão de 2005.
Nas duas primeiras épocas em Loulé esteve perto da subida à II Liga, com dois segundos lugares, mas na terceira mostrou-se impotente para evitar uma impensável descida à III Divisão. Nesse período disputou um total de 86 jogos (todos a titular) e apontou dez golos.
Em 2008-09 esteve ao serviço do Desp. Chaves, mas nas duas temporadas e meia que se seguiram voltou a vestir a camisola do Louletano, tendo amealhado mais 75 partidas (73 a titular) e quatro golos na II Divisão B.
Em janeiro de 2012 deixou o emblema algarvio e rumou aos cipriotas do Aris Limassol.
 
 
 

8. Pedro Brás (167 jogos)

Pedro Brás
Avançado natural de Faro, concluiu a formação e iniciou o seu trajeto enquanto sénior no Olhanense. Depois jogou na I Divisão com a camisola do Farense e passou ainda por Loures e Estoril antes de ingressar no Louletano nos derradeiros meses de 1996.
Na primeira época em Loulé não foi além de 15 jogos (nove a titular) e quatro golos, diante de Barreirense, Atlético, Nacional e Juventude Évora, ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Em 1997-98 aproveitou a passagem pela III Divisão para se afirmar e para contribuir para a promoção a II Divisão B, patamar em que na temporada seguinte atuou em 32 encontros (todos a titular) e apontou 17 golos. Seixal (três), Nacional (dois), Barreirense, Juventude Évora (quatro), Amora, Sintrense (dois), União de Montemor, Portimonense, Machico e Câmara de Lobos foram as vítimas de Alberto Louzeiro, apenas superado na tabela dos marcadores da Zona Sul por Catarino (Imortal) e Nuno Gaio (Juventude Évora), que apontaram 21 e 18 golos, respetivamente.
No verão de 1999 mudou-se para o Nacional, tendo ainda passado pelos açorianos do Operário e pelo Feirense antes de voltar a Loulé em 2002 para mais quatro temporadas na II B. Nesse período amealhou 120 partidas (85 a titular) e apontou 38 golos, tendo contribuído para a obtenção do 2.º lugar na época de despedida, 2005-06. Depois encerrou a carreira.
Mais tarde tornou-se treinador, tendo orientado várias equipas da formação e também os seniores do clube desde 2011-12. Desde 2018-19 que também desempenha o cargo de coordenador da formação.
 
 

7. Telmo Pinto (175 jogos)

Telmo Pinto
Extremo direito natural de Quarteira, no concelho de Loulé, chegou ao Louletano no segundo ano de júnior, em 1988-89, proveniente do Quarteirense.
Na época seguinte, a primeira de sénior, estreou-se pela equipa principal, tendo atuado dez minutos numa vitória caseira sobre o Seixal, em partida a contar para a II Divisão Nacional. Entretanto representou os alvirrubros em duas épocas na II Liga e rodou no Almancilense e no Salir.
Em termos da então recém-criada II Divisão B, a estreia aconteceu em 1994-95, quando disputou 33 jogos (todos a titular) e apontou 14 golos, ajudando o Louletano a obter o segundo lugar do campeonato – com os mesmos 48 pontos do Alverca, que veio a sagrar-se campeão e subir à II Liga. Oriental, Montijo (três), Praiense, O Elvas (dois), Juventude Évora, Quarteirense, Lusitano Évora, União de Santiago (dois), Olhanense e Olivais e Moscavide.
Valorizado pela boa campanha, deu o salto para a I Liga no verão de 1995, tendo assinado pela União de Leiria. Entretanto passou por Paços de Ferreira, Académica, Sp. Espinho, Esposende e Penafiel antes de voltar ao Louletano no verão de 2001, quando já tinha 30 anos.
Entre 2001 e 2006 totalizou mais 142 partidas (136 a titular) e 15 remates certeiros, contribuindo para a obtenção do 2.º lugar em 2005-06 e para a caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal em 2001-02.
Após pendurar as botas dedicou-se à política. Em 2017 tornou-se presidente da Junta de Freguesia de Quarteira, tendo sido eleito pelo Partido Socialista.
 
 
 

6. Gomes (183 jogos)

Bruno Gomes
Médio defensivo natural de Faro e formado no Farense, não encontrou espaço na equipa principal da formação da capital algarvia e por isso foi ganhar rodagem para o Olhanense.
No início da temporada 1998-99 assinou pelo Louletano e iniciou aí um ciclo de oito épocas seguidas no emblema de Loulé. Entre 1998 e 2006 totalizou 183 jogos (156 a titular) e 14 golos na II Divisão B, tendo contribuído para a obtenção do 2.º lugar em 2005-06 e para a caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal em 2001-02.
No verão de 2006 mudou-se para o vizinho Campinense.
 
 

5. Dante (189 jogos)

Dante
Lateral esquerdo argentino que no seu país passou pelo prestigiado Estudiantes, entrou no futebol português em 2002 pela porta dos açorianos do Operário. Três anos depois assinou pelo Louletano.
As três primeiras épocas em Loulé foram de altos e baixos. Se em 2005-06 e 2006-07 esteve perto da subida à II Liga, na temporada que se seguiu mostrou-se impotente para evitar a despromoção à III Divisão. Nesse período amealhou 79 encontros (76 a titular) e três golos na II Divisão B.
Depois contribuiu para o regresso à II B, patamar em que totalizou 110 partidas (108 a titular) e quatro golos entre 2009 e 2013, ajudando os alvirrubros a alcançarem sempre a permanência no terceiro escalão do futebol português.
Em 2013-14 despediu-se do Louletano na edição inaugural do Campeonato de Portugal, mas permaneceu no Algarve ao serviço de clubes como Almancilense, Armacenenses e Silves.
 
 
 

4. Pagani (216 jogos)

Pagani
Possivelmente o futebolista mais emblemático da história do clube e o único a representar o Louletano durante as quatro temporadas em que os algarvios competiram na II Liga.
Defesa central brasileiro proveniente do Remo, já depois de ter representado o conceituado Santos, chegou a Loulé no início de 1988 e por lá deu concluída a carreira de futebolista em 2002, conquistando os estatutos de titular, (eterno) capitão de equipa e de lenda do emblema sotaventino.
Depois de ter ajudado o clube a consolidar-se nos primeiros lugares da II Divisão – Zona Sul, contribuiu para a promoção à II Liga em 1990.
Após a descida à II Divisão B, em 1994, permaneceu no clube por mais oito anos, tendo estado na despromoção à III Divisão em 1997 e na subida do ano seguinte, despedindo-se à beira de comemorar o 40.º aniversário. Na II B amealhou 216 jogos (213 a titular) e cinco golos ao longo de sete temporadas.
Jogador alto, franzino e com bigode e cabelo fartos, também esteve em evidência na Taça de Portugal. Em 1994-95 e 2001-02 ajudou os alvirrubros a chegarem aos oitavos de final. Pelo meio esteve nas eliminatórias renhidas com FC Porto (1991-92) e Benfica (1992-93).
Após pendurar as botas continuou no clube como secretário-técnico e diretor desportivo.
Em 1999 foi agraciado com a Medalha Municipal de Mérito (grau prata) pelo Município de Loulé. “Ao longo de 11 anos como jogador e como capitão de equipa, Pagani foi a personificação da raça, da abnegação e do estoicismo louletanos, na viva interpretação daquilo a que ainda se cama amor à camisola. Dotado de grande formação moral e chefe de família exemplar, Pagani vive com intensidade natural de quem vê nesta cidade a pátria de seus filhos”, escreveu a autarquia a propósito da homenagem.
 
   
 
 

3. Caniggia (238 jogos)

Caniggia
Lateral/extremo direito nascido em Lisboa, mas radicado no Algarve desde tenra idade, ingressou pela primeira vez no Louletano em 1994-95, na altura para jogar na equipa de juniores e para receber a alcunha de Caniggia. “Nessa época, o verdadeiro Caniggia chegou ao Benfica, e como eu tinha também o cabelo comprido, começaram a chamar-me assim”, contou ao portal Quantos Farenses Somos? em março de 2014.
Na época seguinte, a primeira como sénior, representou o Quarteirense, mas logo a seguir regressou a Loulé.
Em 1996-97 disputou 30 jogos (22 a titular) na II Divisão B e apontou dois golos, diante de Juventude Évora e Barreirense, insuficientes para evitar a descida à III Divisão.
Após contribuir para o regresso à II B rumou ao Estoril, tendo regressado aos alvirrubros a meio da temporada 1999-00, na qual foi ainda a tempo de atuar em 26 partidas (22 a titular) e marcar um golo ao Juventude Évora.
Na época que se seguiu explodiu, ao somar dez remates certeiros em 37 encontros (34 a titular). Marítimo B (dois), Camacha (dois), Lusitano Évora, Atlético, União Micaelense, Sporting B e Barreirense e Seixal foram as vítimas de Caniggia, que no verão de 2001 deu o salto para o Farense, então na I Liga.
Embora se tivesse estreado no primeiro escalão, o flanqueador somou poucos minutos e desceu de divisão, pelo que regressou a Loulé ao fim de um ano. Entre 2002 e 2004 amealhou 71 jogos (64 a titular) e dez golos na II B.
Seguiram-se aventuras na União Micaelense e no Silves, tendo regressado ao Louletano no verão de 2006 para duas temporadas bem distintas: em 2006-07 ajudou os alvirrubros a alcançar o 2.º lugar na Série D, ficando perto da subida à II Liga; na época seguinte mostrou-se impotente para evitar a descida à III Divisão. Nesses dois anos totalizou 48 encontros (41 a titular) e três golos na II Divisão B.
Após a despromoção regressou ao Farense, clube que representou entre 2008 e 2012. No entanto, em 2012-13 voltou ao Louletano para participar em 26 partidas (25 a titular) na II Divisão B.
Na temporada seguinte, a última da carreira, vestiu a camisola alvirrubra na edição inaugural do Campeonato de Portugal.
Entretanto tornou-se treinador, tendo dirigido várias equipas das camadas jovens do Louletano entre 2012-13 e 2018-19.
Em entrevista ao portal Quantos Farenses Somos?, assumiu que o Louletano é o seu clube do coração: “Foi o Louletano que me deu a oportunidade de me lançar e que me tem acolhido sempre.”
 
 

2. Pedro Pereira (256 jogos)

Pedro Pereira
Defesa central natural de Loulé e maioritariamente formado no Louletano, concluiu a formação no Farense, mas quando subiu a sénior voltou ao emblema alvirrubro e por lá ficou… durante toda a carreira.
Entre 1996 e 2009 viveu duas subidas e duas descidas de divisão, participou na caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal em 2001-02 e esteve perto da subida à II Liga em 2005-06 e 2006-07. Nesse período amealhou um total de 256 jogos (228 a titular) e seis golos pelo Louletano na II Divisão B.
Após pendurar as botas tornou-se treinador, tendo trabalhado várias épocas nas camadas jovens do emblema sotaventino.
 
 

1. Dadinho (295 jogos)

Dadinho
Histórico guarda-redes do Louletano e um dos jogadores mais emblemáticos da história do clube, representou os alvirrubros durante quase toda a carreira. A exceção foi a temporada 1996-97, quando defendeu as corres do Sambrasense na III Divisão Nacional.
Natural de Loulé e formado no clube da terra, transitou para a equipa sénior em 1991-92, numa altura em que os sotaventinos militavam na II Liga.
No entanto, foi após a descida à II Divisão B, em 1994, que se afirmou como o dono da baliza. Até 2008 viveu duas despromoções e uma promoção, participou na caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal em 2001-02 e esteve perto da subida à II Liga em 2005-06 e 2006-07. Em termos de II B totalizou 295 jogos, dos quais apenas um não foi na condição de titular.
Em 2008 pendurou as luvas, aos 35 anos, numa altura em que ainda era presença assídua no onze inicial.









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