terça-feira, 16 de maio de 2023

A história diz que é possível subir do 4.º ao 1.º escalão em quatro anos

A festa da primeira subida do Santa Clara à I Liga, em 1999
À atenção dos 56 clubes que na próxima época vão competir no Campeonato de Portugal: a história diz que é possível subir do quarto ao primeiro escalão do futebol português no espaço de quatro anos. Já aconteceu por duas vezes.
 
Em 1991-92, o Leça competiu na III Divisão Nacional – na altura o quarto escalão, abaixo de II Divisão B, II Liga e I Liga – e conseguiu a promoção à II Divisão B, fruto de um 2.º lugar na sua série. Na temporada que se seguiu sagrou-se campeão nacional da II B e alcançou a consequente subida à II Liga. Em 1993-94 não foi além do 8.º lugar no segundo escalão, mas na época seguinte conquistou o título da II Liga, o que lhe valeu o regresso à I Liga em 1995-96.

sexta-feira, 12 de maio de 2023

quarta-feira, 10 de maio de 2023

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Rio Ave na II Liga

Equipa do Rio Ave que jogou na II Liga em 1991-92
Fundado a 10 de maio de 1939, o Rio Ave Futebol Clube foi o nome escolhido por um grupo de vila-condenses para batizar o clube desportivo que estavam a formar, preterindo assim as designações Vilacondense Futebol Clube e Vila do Conde Sport Club.
 
A primeira direção do clube teve pela frente a árdua tarefa de encontrar jogadores, equipamentos e um estádio. A 29 de janeiro do ano seguinte surgiu o primeiro estádio dos rioavistas, designado de Estádio da Avenida, por se situar na Avenida Baltazar Couto. E já na década de 1940 apareceram os primeiros títulos, os de campeão promocional da AF Porto (1941-42) e de campeão regional da III Divisão da AF Porto (1942-43).
 
Nos anos 1950 o Rio Ave conseguiu pela primeira vez chegar aos campeonatos nacionais, mas foram quase necessários mais 30 anos para chegar à I Divisão. Esse feito foi alcançado em 1979 – dois anos antes o clube estava na III Divisão e seis anos antes participava nas competições distritais.
 
A década de 1980 ficou marcado por um dos momentos altos da história dos vila-condenses, a participação na final da Taça de Portugal (1983-84), mas também pelo início de um percurso oscilante, com várias subidas e descidas de divisão.
 
Porém, após a promoção em 2008 conseguiu estabelecer-se como nunca no patamar maior do futebol nacional. Desde então que passou a ser sempre um sério candidato aos lugares de acesso às provas europeias, tendo alcançado já por três vezes o apuramento para a Liga Europa. Em 2014 fê-lo através do estatuto de finalista vencido da Taça de Portugal e em 2016, 2018 e 2020 por via de boas classificações na I Liga – o sexto lugar no primeiro caso e a quinta posição no segundo e no terceiro. Pelo meio, foi também finalista vencido da Taça da Liga e da Supertaça Cândido de Oliveira em 2014.
 
Contudo, em 2020-21 os vila-condenses foram surpreendentemente despromovidos ao segundo escalão, ao qual regressaram na época que se seguiu para somar a 11.ª presença e o terceiro título (depois de 1995-96 e 2002-03) na competição – em 2007-08 também alcançaram a promoção à I Liga, mas na condição de segundo classificado.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Rio Ave na II Liga.

terça-feira, 9 de maio de 2023

Ainda a digerir a despromoção do Vitória…

Vitória de Setúbal caiu no Campeonato de Portugal
Ainda estou a digerir a despromoção do ‘meu’ Vitória. Que dor. Que azia. A permanência estava na mão depois de uma montanha russa de emoções nas últimas semanas e tudo foi por água abaixo ao cair do pano. Só agora, mais de 48 horas depois de ter ficado petrificado no Bonfim e de me ter arrastado até ao carro na zona da Algodeia, me sinto capaz de escrever qualquer coisa sobre o assunto.
 
Quando no início da temporada vi um plantel que me parecia equilibrado, com duas opções para cada posição, e que mesclava titulares da época passada, alguns produtos da cantera, futebolistas que procuravam relançar a carreira após temporadas menos conseguidas na II Liga, outros que eram presenças habituais em equipas de topo do terceiro escalão e ainda jogadores que andavam perdidos no Campeonato de Portugal e na Liga Revelação, nunca imaginei um desfecho destes.

sábado, 6 de maio de 2023

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Santa Eulália no Campeonato de Portugal

Santa Eulália competiu no Campeonato de Portugal em 2014-15
Fundado oficialmente a 6 de maio de 1989, o Centro Cultural e Desportivo de Santa Eulália nasceu da junção das equipas Águias do Adro e Estrela, que representavam duas partes da freguesia, depois de vários jovens da localidade terem conseguido levar a cabo a construção de um complexo desportivo através da recolha de dinheiro pela freguesia.
 
Clube eclético, que teve futebol feminino, futebol de salão, andebol e atletismo, só em 2000-01 teve pela primeira vez futebol sénior, conseguindo logo nessa temporada subir à I Divisão da Associação de Futebol de Braga.
 
Apesar de ser uma equipa nova no futebol distrital, o conjunto do concelho de Vizela conseguiu estrear-se nos patamares nacionais em 2012-13, quando competiu na III Divisão e defrontou o FC Porto para a Taça de Portugal.
 
 
Duas épocas depois, os minhotos regressaram aos campeonatos sob a égide da Federação Portuguesa de Futebol para participar no Campeonato de Portugal. Em ambas as ocasiões, o desfecho foi a descida de divisão.
 
Paralelamente, o Santa Eulália sagrou-se campeão do patamar maior do distrito em 2011-12 e 2013-14, tendo ainda conquistado a Taça AF Braga em 2006-07 e 2010-11.
 
Vale por isso a pena conferir a lista de dez jogadores com mais jogos de sempre pelo Santa Eulália no Campeonato de Portugal.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

A minha primeira memória de… um jogo entre Lyon e Montpellier

Lyon foi vencer a casa do Montpellier em abril de 2013
 
Se me perguntarem qual é o clube de que mais gosto em França, a minha resposta é Montpellier. Parece random, mas tem uma explicação. Tenho um primo francês que é adepto do clube – e apaixonadíssimo pelo Benfica – e por isso ganhei simpatia pelo emblema do sul daquele país, uma zona onde tenho vários familiares a viver. E, na altura, era também o campeão nacional, embora o conjunto orientado por René Girard não tenha propriamente dado grande luta para defender o título – era o 7.º classificado, à entrada para a 33.ª jornada, a 20 pontos do líder Paris Saint-Germain.  Do onze apresentado nesta partida, destacam-se os do lateral esquerdo camaronês Henri Bedimo, do médio franco-argelino Benjamin Stambouli, do médio ofensivo marroquino Younès Belhanda e do médio ofensivo francês Rémy Cabella.

terça-feira, 2 de maio de 2023

É tão difícil travar Kvaratskhelia quanto escrever o seu nome

Kvaratskhelia deverá ganhar prémio de melhor jogador da Série A em 2022-23
Feche os olhos e experimente escrever o nome da grande revelação do futebol mundial em 2022-23: Khvicha Kvaratskhelia. É difícil, não é? Tanto quanto travá-lo em campo. Do anonimato, o extremo georgiano contratado pelo Nápoles ao Dínamo Batumi há menos de um ano deverá com toda a certeza saltar para a lista de nomeados à Bola de Ouro.
 
Titular indiscutível para Luciano Spalletti desde o início da temporada, o talentoso, irrequieto e imprevisível atacante de 22 anos é um dos raros futebolistas das principais ligas europeias que esta época já superou a marca dos dois dígitos tanto em golos (14) como assistências (14) em todas as competições e é um dos principais responsáveis pela boa campanha que o conjunto do sul de Itália tem estado a fazer: chegou aos quartos de final da Liga dos Campeões e está prestes a conquistar o seu primeiro título nacional desde 1990.

quarta-feira, 19 de abril de 2023

A minha primeira memória de… um jogo entre Sporting e Juventus

 
Recordo-me que fiquei acordado para assistir ao encontro, que começou às 23:55. Estava de férias, sem obrigação de acordar cedo no dia seguinte, e queria acompanhar os primeiros passos do novo Sporting, que nesse verão estava a investir forte no plantel depois de Godinho Lopes ter sido eleito presidente em março e de ter trazido de volta para a estrutura leonina Carlos Freitas e Luís Duque. Além do treinador Domingos Paciência, que tinha acabado de guiar o Sp. Braga à final da Liga Europa, foram contratados jogadores como o central norte-americano Oguchi Onyewu (ex-AC Milan), o médio defensivo argentino Fito Rinaudo (ex-Gimnasia), o médio holandês Stijn Schaars (ex-AZ Alkmaar), o avançado holandês Ricky van Wolfswinkel (ex-Utrecht), o avançado búlgaro Valeri Bojinov (ex-Parma), o avançado chileno Diego Rubio (ex-Colo-Colo) e o extremo espanhol Diego Capel (ex-Sevilha).

terça-feira, 18 de abril de 2023

A minha primeira memória de… um jogo entre Benfica e Inter de Milão

Karagounis, aqui ao serviço do Inter, entre Zahovic e Miguel
Ainda os meus pais eram umas crianças quando o Inter bateu o Benfica na final da Taça dos Campeões Europeus em 1964-65, pelo que a minha primeira memória de um jogo oficial entre as duas equipas é relativa aos oitavos de final da Taça UEFA em 2003-04. Digo jogo oficial porque também me recordo de um encontro de caráter particular, de pré-época, realizado em julho de 2002 em Palermo e no qual a formação transalpina praticamente só se apresentou com segundas linhas (0-0).
 
Ambas as equipas surgiram na Taça UEFA por via da repescagem, depois de terem tentado ficar na Liga dos Campeões. As águias de José Antonio Camacho, que estavam há dois anos sem participar nas competições europeias, viram a Lazio negar-lhe o sonho de voltar à Champions, mas na prova continental secundário eliminaram os belgas do La Louvière e os noruegueses do Molde e do Rosenborg. Já os nerazzurri de Alberto Zaccheroni, semifinalistas da Liga dos Campeões na época anterior, ficaram atrás de Arsenal e Lokomotiv Moscovo (e à frente do Dínamo Kiev) na fase de grupos da Champions, tendo depois eliminado os franceses do Sochaux na Taça UEFA.

domingo, 16 de abril de 2023

A minha primeira memória de… um jogo entre Barreirense e Palmelense

Centenas de adeptos do Barreirense invadiram Municipal de Palmela
A minha primeira memória de um jogo entre Barreirense e Palmelense é de um encontro ao qual não assisti, mas cujas imagens da invasão de adeptos alvirrubros ao Complexo Municipal de Palmela me impressionaram.
 
Após cair a pique desde a II Liga aos distritais em cerca de três anos, com a demolição do emblemático Campo Dom Manuel de Mello e um período de casa às costas pelo meio, o histórico clube do Barreiro deu grandes sinais de vitalidade na temporada 2011-12. Desportivamente, a equipa sénior sagrou-se campeã distrital, batendo o Vasco da Gama de Sines no photo finish, e socialmente arrastou centenas de adeptos para os seus jogos de norte a sul do distrito.
 
Um dos momentos mais marcantes dessa temporada foi vivido precisamente em Palmela, na tarde de 27 de maio de 2012. As estimativas podem variar, mas as imagens provam que estavam presentes no recinto várias centenas de adeptos do Barreirense. Talvez 200, 300 ou até mais.

quinta-feira, 13 de abril de 2023

Olímpico de Turim, Delle Alpi e o novo estádio. Recorde os 10 jogos de equipas portuguesas em casa da Juventus

Novo Juventus Stadium já recebeu visitas de Benfica, FC Porto e Sporting
Desde que há competições europeias que a Juventus já jogou em casa em três estádios: Olímpico de Turim (anteriormente denominado Estádio Benito Mussolini e Estádio Comunale Vittorio Pozzo, 1933-1990 e 2006-2011), Delle Alpi (1990-2006) e Juventus Stadium (desde 2011). Em qualquer um a vecchia signora mostrou-se sempre poderosa, embora também tenha vivido alguns dissabores nas receções às equipas portuguesas.
 
O Olímpico de Turim, propriedade do município, mas atual casa do Torino, era o mais pequeno (lotação inferior a 30 mil lugares), recebeu duas visitas de equipas portuguesas. O Delle Alpi era o maior (69 mil lugares) durou apenas 16 anos, porque se chegou a conclusão que a pista de atletismo arruinava o ambiente criado pelos adeptos, mas foi visitado por três conjuntos lusos. Mais moderno, o Juventus Stadium (41 507 lugares) já foi visitado seis vezes por equipas portuguesas no espaço de pouco mais de uma década – cinco em duelos frente aos bianconeri e a final da Liga Europa de 2013-14 entre Benfica e Sevilha.
 
Nos dez encontros em que a Juventus defrontou em casa conjuntos lusitanos, a turma de Turim averbou sete vitórias, um empate e duas derrotas, ainda que um dos triunfos e a igualdade tenham significado a eliminação bianconera de uma competição.
 
Vale por isso a pena recordar as oito visitas de equipas portuguesas ao terreno da Juventus para defrontar a vecchia signora.

quarta-feira, 12 de abril de 2023

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Vilafranquense na II Liga

Vilafranquense compete na II Liga desde 2019-20
Fundado a 12 de abril de 1957, a União Desportiva Vilafranquense resultou da fusão de quatro coletividades existentes em Vila Franca de Xira: Operário, Águia, Hóquei e Ginásio. O intuito passava por criar um clube maior e mais representativo, que tem tido o ponto mais alto da sua história desde 2019, com a subida à II Liga.
 
Em termos futebolísticos, a União Desportiva Vilafranquense acabou por suceder ao Grupo Futebol Operário Vilafranquense, nascido a 6 de março de 1913 e que no final da década de 1930 e nos anos 1940 participou na II Divisão Nacional; e ao Águia Sport Clube Vilafranquense, clube satélite do Belenenses, fundado a 3 de maio de 1924 e que também competiu na II Divisão durante a década de 1940.
 
Até à ascensão às ligas profissionais o mais significativo que as Piranhas do Tejo tinham alcançado foram duas presenças nos oitavos de final da Taça de Portugal, em 2003-04 e 2016-17, quando foram eliminadas por FC Porto e Vitória de Guimarães, respetivamente.
 
Em termos de II Divisão B acumulou oito presenças, uma em 1995-96 e as outras sete entre 1998 e 2005, tendo alcançado o 2.º lugar na Zona Centro em 1999-00.
 
A competir presentemente na II Liga pela quarta época consecutiva, o conjunto de Vila Franca de Xira tem sido forçado a jogar em Rio Maior devido à falta de condições do Campo do Cevadeiro para receber jogos das ligas profissionais.
 
Entretanto, o Vilafranquense tornou-se protagonista de mais uma rutura entre clube e SAD, tendo os sócios do clube aprovado em dezembro de 2022 a venda dos 10 por cento da SAD que ainda estavam na posse da União Desportiva Vilafranquense. Nessa mesma assembleia-geral, os associados expressaram o desejo de findar parte da atividade do clube que será assumida por uma “nova associação desportiva, herdeira da União Desportiva Vilafranquense”, criada já em 2023 e cuja equipa de futebol sénior arrancará na III Divisão Distrital da Associação de Futebol de Lisboa, devido a uma dívida superior a um milhão de euros considerada “impagável”.
 
Paralelamente, a SAD do Vilafranquense já mostrou intenção de se fundir com o Sp. Espinho.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Vilafranquense na II Liga.

terça-feira, 11 de abril de 2023

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Barreirense na II Liga

Dez futebolistas que jogaram pelo Barreirense na II Liga
No início do século XX, um grupo de aprendizes das oficinas dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste fundaram uma agremiação a que deram o nome de Sport Recreativo Operário Barreirense, que foi crescendo e beneficiando da extinção de outras coletividades para aumentar o número de sócios. No entanto, dificuldades financeiras levaram o clube a proceder a uma profunda reorganização interna e, em assembleia geral realizada a 11 de abril de 1911, foi decidido que tendo como base esse clube nascesse o Foot-Ball Club Barreirense.
 
Hoje nos campeonatos distritais, o Barreirense já foi um dos clubes mais importantes do futebol nacional. Na década de 1930, foi duas vezes finalista do Campeonato de Portugal, perdendo em 1930 para o Benfica no prolongamento e em 1934 para o Sporting.
 
Na I Divisão também foi presença assídua nos anos 1950, 1960 e 1970, tendo como melhor classificação o quarto lugar obtido em 1969-70, que valeu a qualificação para a Taça das Cidades com Feiras, precursora da antiga Taça UEFA e atualmente Liga Europa, em que defrontou o Dínamo Zagreb: 2-0 no Barreiro, 1-6 na Croácia.
 
Remetidos para as divisões secundárias desde 1979, os alvirrubros assumiram-se como uma das principais equipas da II Divisão B – Zona Sul entre 1991 e 2005, numa fase em que conseguiam colocar vários produtos da formação na equipa principal, arrastar multidões a todos os campos em que jogavam e obter honrosas classificações. Em 2004-05, sagraram-se mesmo campeões e alcançaram a subida à II Liga.
 
Em termos de II Liga, o histórico clube do Barreiro participou na edição inaugural, em 1990-91, tendo lá voltado em 2005-06. Em ambas as vezes a despromoção foi o desfecho. No total, os camarros somaram 12 vitórias, 24 empates, 36 derrotas e um saldo de 57-117 em golos em 72 jogos no segundo escalão.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Barreirense na II Liga.
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