sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Hoje faz anos o antigo extremo veloz de FC Porto e Académica. Quem se lembra de José Alberto Costa?

José Alberto Costa representou o FC Porto entre 1978 e 1985
Um extremo à antiga: rápido, habilidoso e que atuava no flanco do lado do seu pé mais forte, no caso o esquerdo. Brilhou sobretudo na Académica e no FC Porto e mais tarde teve uma longa carreira de treinador, quase sempre como adjunto e/ou ligado à formação.
 
Mas comecemos pelo início. José Alberto Costa nasceu na cidade do Porto a 31 de outubro de 1953, mas cresceu em Vila Real, onde começou a praticar futebol, mas também atletismo e andebol, demonstrando desde tenra idade ser detentor de grande vigor físico.
 
Como futebolista começou pelas camadas jovens do Vila Real, tendo transitado em 1970-71 para a equipa principal, na III Divisão Nacional.
 
No verão de 1971 mudou-se para Coimbra, para estudar Engenharia Mecânica na Universidade e jogar na Académica, clube pelo qual se notabilizou ao longo de sete anos. Ao longo desse período desceu de divisão em 1972, sagrou-se campeão nacional da II Divisão no ano seguinte, esteve cedido aos norte-americanos do Rochester Lancers em 1977 e foi pela primeira vez chamado à seleção nacional A em março de 1978, estreando-se numa derrota às mãos de França num particular disputado no Parque dos Príncipes, em Paris (0-2).
 
Poucos meses após a primeira de 24 internacionalizações, deu o salto para o FC Porto de José Maria Pedroto, que tinha acabado de quebrar um jejum de 19 anos sem ser campeão nacional. Logo na primeira época nas Antas se estabeleceu como titular, ajudando os dragões a revalidar o título nacional. Os seus bons desempenhos valeram-lhe o prémio de jogador de futebol português do ano para o Clube Nacional de Imprensa Desportiva (CNID) em 1979.
 
 
Voltaria a sagrar-se campeão na sua última temporada no clube, em 1984-85, quando já vivia na sombra de Paulo Futre. Também venceu uma Taça de Portugal (1983-84) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (1981), tendo ainda feito parte da equipa que em 1983-84 atingiu a final da Taça das Taças, perdida para a Juventus de Platini em Basileia (1-2) – José Alberto Costa entrou nos minutos finais do jogo, para o lugar de Eduardo Luís.
 
 
Pelo meio, esteve ligado ao chamado “Verão Quente” de 1980, quando um grupo de 15 jogadores, incluindo Lima Pereira, Oliveira, Octávio Machado, Jaime Pacheco, António Sousa e Fernando Gomes, suspenderam a atividade no clube, em solidariedade com Pedroto e o então diretor de futebol Pinto da Costa, que entraram em rota de colisão com o presidente Américo de Sá.
 
 
 
Em 1985-86 defendeu a camisola do Vitória de Guimarães, ajudando os vimaranenses a obter um brilhante quarto lugar na I Divisão e o consequente apuramento para a Taça UEFA, e na época seguinte despediu-se da carreira de futebolista ao serviço do Marítimo, aos 33 anos.
 
Depois tornou-se treinador. Começou como adjunto de Juca na seleção nacional em 1988, cargo que voltou a desempenhar em equipas técnicas lideradas por Carlos Queiroz, tendo também orientado a seleção de sub-21. Foi igualmente adjunto de Queiroz no Sporting, nos japoneses do Nagoya Grampus e na seleção dos Emirados Árabes Unidos e técnico principal de Académica, Famalicão, Vizela, Desp. Chaves, Sanaft Naft (Irão) e Sp. Braga B, tendo ainda assumido as funções de diretor técnico da USA Seventeen Soccer Academy durante três anos.
 
Quando esteve livre de compromissos como treinador – o que acontece ininterruptamente desde 2014 – foi também comentador na rádio e na televisão. 







Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...