Hoje faria anos o central poveiro que ganhou tudo pelo FC Porto. Quem se lembra de Lima Pereira?
Lima Pereira totalizou 265 jogos, 11 golos e 12 títulos pelo FC Porto
Defesa central nascido na Póvoa
de Varzim e formado no Varzim,
cumpriu sete épocas na equipa principal dos poveiros,
entre 1971 e 1978, antes de reforçar o FC
Porto numa fase em que já tinha 26 anos.
Discreto, foi ganhando o seu espaço
aos poucos, tendo vencido o segundo título do bicampeonato de José
Maria Pedroto logo na época de estreia, 1978-79, mas foi a partir de
1980-81 que se afirmou verdadeiramente como uma figura imprescindível no onze azul
e branco. Nessa temporada de afirmação conseguiu ainda as primeiras de 20
internacionalizações pela seleção
nacional A, estreando-se num empate caseiro num particular com a Bulgária
(1-1), disputado precisamente no Estádio das Antas, a 15 de abril de 1981. Em 1984 viveu talvez o melhor ano
da carreira, ao contribuir ativamente para a caminhada portista
até à final da Taça das Taças e para a campanha da equipa
das quinas até às meias-finais do Campeonato da Europa.
Três anos depois ajudou o FC
Porto a sagrar-se campeão europeu, tendo cumprido os 180 minutos das
meias-finais diante do Dínamo Kiev. No entanto, falhou a final de Viena devido
a lesão. Por outro lado, meses mais tarde esteve todo o tempo em campo nos jogos
que valeram as conquistas da Taça
Intercontinental e da Supertaça
Europeia. A esses troféus internacionais,
Lima Pereira juntou no palmarés individual quatro campeonatos (1978-79,
1984-85, 1985-86 e 1987-88), três Supertaças
Cândido de Oliveira (1981, 1983 e 1984) e duas Taças
de Portugal (1983-84 e 1987-88). Em 1988 ergueu mesmo, como capitão de
equipa, o troféu relativo à prova rainha na Tribuna de Honra do Estádio
Nacional, tendo descido a escadaria escoltado por dois polícias, com a taça na
mão e dois adereços do clube no corpo (além do equipamento): uma boina na cabeça
e um cachecol ao pescoço. Em 1989 despediu-se do FC
Porto, ao fim de 265 jogos e onze golos distribuídos por onze temporadas,
mas não da carreira de futebolista, tendo ainda defendido a camisola do Maia
até 1991, numa altura em que já tinha quase 40 anos.
Após pendurar as botas voltou ao FC
Porto para integrar os gabinetes de prospeção. Viria a morrer a 22 de janeiro de
2022, aos 69 anos, vítima de doença prolongada.
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