sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Hoje faz anos o Bola de Ouro por três vezes que quase treinou o Sporting. Quem se lembra de Van Basten?

Van Basten foi escolhido por Bruno de Carvalho antes das eleições de 2011
Amplamente considerado um dos melhores futebolistas de sempre, venceu três Bolas de Ouro (1988, 1989 e 1992) e marcou mais de 300 golos numa carreira que se viu obrigado a interromper aos 28 anos, em 1993, devido a recorrentes lesões no tornozelo.
 
Conhecido por um notável controlo de bola, instinto matador, cabeceamentos impressionantes e finalizações espetaculares, Marco van Basten nasceu na cidade neerlandesa de Utreque a 31 de outubro de 1964 e começou a marcar golos ao mais alto nível com a camisola do Ajax, clube que representou entre 1981 e 1987.
 
Ao serviço do emblema de Amesterdão faturou por 154 vezes em 174 jogos, tendo vencido três campeonatos dos Países Baixos (1981-82, 1982-83 e 1984-85), outras tantas taças nacionais (1982-83, 1985-86 e 1986-87) e uma Taça das Taças (1986-87). Paralelamente, sagrou-se melhor marcador da Eredivisie por quatro ocasiões (1983-84, 1984-85, 1985-86 e 1986-87), sendo que em 1985-86 venceu a Bota de Ouro, o galardão que premeia o principal goleador dos campeonatos europeus.
 
 
No verão de 1987 transferiu-se para o AC Milan de Silvio Berlusconi. Juntamente com os compatriotas Ruud Gullit e Frank Rijkaard – este último chegou a San Siro um ano depois –, numa altura em que apenas três estrangeiros eram permitidos em cada equipa da Serie A, levou os rossoneri ao período áureo da sua história. Ao serviço do gigante italiano, Van Basten venceu duas Taças dos Campeões Europeus (1988-89 e 1989-90), duas Supertaças Europeias (1989 e 1990), duas Taças Intercontinentais (1989 e 1990), quatro campeonatos (1987-88, 1991-92, 1992-93 e 1993-94) e duas Supertaças de Itália (1988 e 1992). A nível individual, foi melhor marcador da liga transalpina em 1989-90 e 1991-92 e da Taça dos Campeões em 1988-89.
 
 
Paralelamente, foi brilhando pela seleção dos Países Baixos, com destaque para a conquista do Campeonato da Europa em 1988, para a qual foi decisivo através de cinco golos, incluindo um memorável remate de primeira na vitória sobre a União Soviética na final, considerado um dos melhores golos de sempre. Sem surpresa, foi o melhor marcador e eleito melhor jogador do torneio. Mais tarde também esteve no Mundial 1990 e no Euro 1992, mas com participações discretas. No total, amealhou 24 golos em 58 internacionalizações.
 
 
Os fantásticos desempenhos ao serviço de clube e seleção valeram-lhe as mais altas distinções a nível mundial, como o prémio de melhor jogador do ano para a FIFA em 1992 e a Bola de Ouro em 1988, 1989 e 1992.
 
Embora tivesse tido uma carreira relativamente curta, foi eleito o 6.º melhor jogador do século XX numa votação promovida pela FIFA na Internet, 10.º numa votação para o melhor jogador europeu do século levada a cabo pela IFFHS e 12.º na eleição de melhor jogador mundial do século da IFFHS.
 
Dez anos após pendurar as botas tornou-se treinador. Após ter sido adjunto de John van 't Schip na equipa B do Ajax em 2003-04, foi nomeado selecionador dos Países Baixos em julho de 2004 (com Van 't Schip como seu adjunto), o que gerou polémica dada a falta de experiência como treinador. Ainda assim, guiou a seleção laranja aos oitavos de final do Mundial 2006 e aos quartos de final do Euro 2008.
 
Após uma aventura não muito positiva no comando técnico do Ajax em 2008-09 e de dois anos sem trabalhar, foi escolhido pelo então candidato Bruno de Carvalho para treinar o Sporting em caso de vitória nas eleições de março de 2011.  Chegou a estar em Lisboa, tendo sido recebido em apoteose por mais de 100 apoiantes da candidatura e afirmado que “os adeptos merecem o Sporting campeão”. No entanto, quem venceu esse ato eleitoral foi Godinho Lopes, com apenas mais 360 votos que Bruno de Carvalho.
 
 
Depois ainda comandou Heerenveen (2012 a 2014) e AZ (2014), sem grande sucesso. “Não sou um bom treinador. Posso treinar jogadores e falar sobre futebol. Mas perder como treinador era tão doloroso que não podia viver com aquilo. Como treinador, tens de ser positivo para os jogadores, como um pai para o filho, e isso era algo que não tinha. (…) A profissão também é má para a saúde. Quando me tornei adjunto, era inteligente e útil. Tinha paciência. Como treinador, era o oposto. Tomei uma boa decisão ao desistir. Agora, faço outras coisas e sinto-me muito mais livre”, confessou em novembro de 2020, em entrevista ao The Guardian



 





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