Amplamente considerado um dos
melhores futebolistas de sempre, venceu três Bolas de Ouro (1988, 1989 e 1992)
e marcou mais de 300 golos numa carreira que se viu obrigado a interromper aos
28 anos, em 1993, devido a recorrentes lesões no tornozelo.
Conhecido por um notável controlo
de bola, instinto matador, cabeceamentos impressionantes e finalizações
espetaculares, Marco van Basten nasceu na cidade neerlandesa de Utreque a 31 de
outubro de 1964 e começou a marcar golos ao mais alto nível com a camisola do Ajax,
clube que representou entre 1981 e 1987. Ao serviço do emblema
de Amesterdão faturou por 154 vezes em 174 jogos, tendo vencido três campeonatos
dos Países Baixos (1981-82, 1982-83 e 1984-85), outras tantas taças
nacionais (1982-83, 1985-86 e 1986-87) e uma Taça
das Taças (1986-87). Paralelamente, sagrou-se melhor marcador da Eredivisie
por quatro ocasiões (1983-84, 1984-85, 1985-86 e 1986-87), sendo que em 1985-86
venceu a Bota de Ouro, o galardão que premeia o principal goleador dos
campeonatos europeus.
Paralelamente, foi brilhando pela
seleção
dos Países Baixos, com destaque para a conquista
do Campeonato da Europa em 1988, para a qual foi decisivo através de cinco
golos, incluindo um memorável remate de primeira na vitória sobre a União
Soviética na final, considerado um dos melhores golos de sempre. Sem
surpresa, foi o melhor marcador e eleito melhor jogador do torneio.
Mais tarde também esteve no Mundial 1990 e no Euro 1992,
mas com participações discretas. No total, amealhou 24 golos em 58
internacionalizações.
Os fantásticos desempenhos ao serviço
de clube
e seleção
valeram-lhe as mais altas distinções a nível mundial, como o prémio de melhor
jogador do ano para a FIFA em 1992 e a Bola de Ouro em 1988, 1989 e 1992. Embora tivesse tido uma carreira
relativamente curta, foi eleito o 6.º melhor jogador do século XX numa votação
promovida pela FIFA na Internet, 10.º numa votação para o melhor jogador europeu
do século levada a cabo pela IFFHS e 12.º na eleição de melhor jogador mundial
do século da IFFHS. Dez anos após pendurar as botas
tornou-se treinador. Após ter sido adjunto de John van 't Schip na equipa B do Ajax
em 2003-04, foi nomeado selecionador dos Países
Baixos em julho de 2004 (com Van 't Schip como seu adjunto), o que gerou
polémica dada a falta de experiência como treinador. Ainda assim, guiou a seleção
laranja aos oitavos de final do Mundial
2006 e aos quartos de final do Euro 2008. Após uma aventura não muito
positiva no comando técnico do Ajax
em 2008-09 e de dois anos sem trabalhar, foi escolhido pelo então candidato Bruno
de Carvalho para treinar o Sporting
em caso de vitória nas eleições de março de 2011. Chegou a estar em Lisboa, tendo sido recebido
em apoteose por mais de 100 apoiantes da candidatura e afirmado que “os adeptos
merecem o Sporting
campeão”. No entanto, quem venceu esse ato eleitoral foi Godinho Lopes, com apenas
mais 360 votos que Bruno
de Carvalho.
Depois ainda comandou Heerenveen
(2012 a 2014) e AZ
(2014), sem grande sucesso. “Não sou um bom treinador. Posso treinar jogadores
e falar sobre futebol. Mas perder como treinador era tão doloroso que não podia
viver com aquilo. Como treinador, tens de ser positivo para os jogadores, como
um pai para o filho, e isso era algo que não tinha. (…) A profissão também é má
para a saúde. Quando me tornei adjunto, era inteligente e útil. Tinha
paciência. Como treinador, era o oposto. Tomei uma boa decisão ao desistir.
Agora, faço outras coisas e sinto-me muito mais livre”, confessou em novembro
de 2020, em entrevista ao The
Guardian.
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