Dez jogadores importantes na história recente do Barreirense |
Líder isolado da I
Distrital da AF Setúbal, ainda que com mais um jogo que o Comércio
e Indústria, o Futebol
Clube Barreirense está na pole
position para assegurar o primeiro lugar no campeonato e consequente subida
ao Campeonato
de Portugal.
Caso venham a regressar ao terceiro
escalão após quatro anos de ausência, os alvirrubros
vão regressar a uma prova
na qual competiram por três vezes, sendo que apenas uma delas (2015-16) não
culminou na descida aos distritais.
O emblema
do Barreiro, que também participou por 24 vezes na I
Divisão, 30 na II Divisão, 15 na II Divisão B e quatro na III Divisão,
procura regressar aos patamares nacionais
Em 98 jogos no Campeonato
de Portugal, o Barreirense
somou 25 vitórias, 35 empates, 38 derrotas e um saldo de 103-119 em golos.
Ao longo dessas três presenças, 70
futebolistas jogaram pelo Barreirense
na competição. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais
vezes.
10. Rúben Casimiro (36 jogos)
Rúben Casimiro |
Central filho do antigo lateral esquerdo Casimiro, que jogou no Barreirense
nas décadas de 1980 e 1990, passou pelas camadas jovens dos alvirrubros
entre 2005 e 2009, antes de concluir a formação no Belenenses
e de se iniciar no futebol sénior com a camisola do Pinhalnovense.
Em 2013-14 voltou ao Barreirense
para competir na edição inaugural do então designado por Campeonato
Nacional de Seniores, mas passou grande parte da época na sombra do
veterano Bruno
Costa e do jovem Fábio Fragoso, tendo disputado 18 jogos (15 a titular) e
marcado um golo ao Esperança
de Lagos, insuficiente para evitar a despromoção.
Depois rumou ao Armacenenses,
mas deixou o emblema
algarvio em dezembro de 2017 e não voltou a jogar futebol.
9. Janita (38 jogos)
Janita |
Mais um central com selo da formação do Barreirense,
tendo entrado no clube em 2008 para jogar nos infantis e chegado à equipa
principal sete anos depois.
Apesar da juventude, assumiu a
titularidade a meio da primeira época de sénior e foi a tempo de participar em
14 jogos (13 a titular) e marcar um golo ao Castrense até final do campeonato,
ajudando os alvirrubros
a assegurar a permanência.
Na temporada seguinte
estabeleceu-se em definitivo como titular, tendo atuado em 24 partidas (22 a
titular) no Campeonato
de Portugal, mas foi impotente para evitar a despromoção.
Ainda ao serviço do clube,
conquistou a Taça AF
Setúbal em 2017-18 e persegue agora o regresso aos patamares nacionais.
8. Amadeu (46 jogos)
Amadeu |
Ponta de lança cabo-verdiano,
já tinha 30 anos quando chegou ao Barreirense,
mas nem isso o impediu de vingar na Verderena,
apresentando sempre um registo de golos bastante assinalável.
Após ter sido fundamental para a
conquista do título distrital da AF
Setúbal em 2012 e para a subida ao então designado por Campeonato
Nacional de Seniores no ano seguinte, disputou 26 jogos (25 a titular) e
apontou 14 golos no CNS
em 2013-14, mas não evitou a despromoção. Quarteirense
(dois), Almodôvar (seis), Moura
(dois), União de Montemor (dois) e Cova
da Piedade (dois) foram as vítimas de Amadeu.
Entretanto teve uma curta
passagem pela União
de Santiago, mas regressou à Verderena
em dezembro de 2014, a tempo de marcar 22 golos que contribuíram para nova
conquista do título distrital e que fizeram dele o melhor marcador da I
Distrital da AF Setúbal.
Na temporada seguinte voltou a
jogar no Campeonato
de Portugal, aos 36 anos, tendo atuado em 20 partidas (16 a titular) e
faturou por quatro vezes, diante de Juventude
Évora, Cova
da Piedade, Castrense e Almancilense, ajudando a assegurar a permanência.
No verão de 2016 despediu-se do Barreirense
como melhor marcador de sempre do clube no Campeonato
de Portugal, com 18 golos, e mudou-se para o Moitense,
clube pelo qual continuou a fazer o que tão bem sabe: marcar golos.
7. Ricardo Bulhão (50 jogos)
Ricardo Bulhão |
Lateral esquerdo formado no Benfica
ao lado de jogadores como Sílvio, Tiago Gomes e Manuel Fernandes, passou por
clubes como Sintrense,
Atlético,
Carregado,
Oeiras,
Loures
e Cova
da Piedade antes de reforçar o Barreirense
no verão de 2015.
Titularíssimo no lado canhoto da defesa alvirrubra,
disputou 27 jogos (todos como titular) e marcou um golo ao Juventude
Évora no Campeonato
de Portugal em 2015-16, ajudando a assegurar a permanência.
Na temporada seguinte atuou em 23 partidas (sempre a titular) e apontou
três golos, diante de Malveira
(dois) e 1º Dezembro, insuficientes para evitar a despromoção.
Ricardo Bulhão haveria de permanecer mais dois anos na Verderena,
tendo conquistado a Taça AF
Setúbal em 2017-18.
No verão de 2019 mudou-se para o Alcochetense.
6. Nélson Torres (51 jogos)
Nélson Torres |
Jogador de ascendência cabo-verdiana capaz de fazer todo o flanco
esquerdo, foi orientado por Paulo
Fonseca no Odivelas
e passou ainda por clubes como Malveira,
União
de Leiria, Futebol Benfica e Vitória de Sernache antes de reforçar o Barreirense
no verão de 2015.
Na primeira época na Verderena
foi utilizado em 30 jogos (19 a titular) no Campeonato
de Portugal e marcou três golos, frente a Almancilense e Castrense (dois),
ajudando a assegurar a permanência.
Após a descida de divisão mudou-se para o Sacavenense.
5. David Pinto (53 jogos)
David Pinto |
Médio de características ofensivas que passou pela formação de clubes
como Estrela
da Amadora e Atlético,
jogou nos distritais da AF
Setúbal ao serviço de Alfarim
e Cova
da Piedade antes de reforçar pela primeira vez o Barreirense
em 2012-13, época em que ajudou os alvirrubros
a ascender ao então designado por Campeonato
Nacional de Seniores.
Entretanto voltou ao Cova
da Piedade, mas regressou à Verderena
em janeiro de 2015 para se sagrar campeão distrital.
Em 2015-16 participou em 28 jogos (24 a titular) no Campeonato
de Portugal e apontou quatro golos, diante de Castrense, Pinhalnovense,
Almancilense e Atlético de Reguengos, ajudando a formação
do Barreiro a assegurar a permanência.
Após a descida de divisão permaneceu no clube até ao verão de 2019,
quando se mudou para o Alcochetense,
tendo regressado ao Barreirense
um ano depois.
4. Rúben Guerreiro (56 jogos)
Rúben Guerreiro |
Avançado possante (1,85 m) e móvel, capaz de fazer várias posições no
ataque, jogou ao lado de Rui
Patrício, Daniel Carriço e Fábio Paim na formação do Sporting
e passou por Cova
da Piedade, Casa
Pia e Fabril
antes de reforçar o Barreirense
no verão de 2013.
Com impacto imediato na equipa logo na primeira época na Verderena,
disputou 26 jogos (24 a titular) no então denominado Campeonato
Nacional de Seniores e apontou seis golos, diante de Almodôvar, Ferreiras,
Cova
da Piedade, Quarteirense,
Moura
e Louletano,
insuficientes para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão permaneceu no clube e sagrou-se campeão
distrital logo em 2014-15, garantindo assim a promoção ao Campeonato
de Portugal, patamar em que atuou em 30 partidas (26 a titular) e faturou
por oito vezes na época seguinte, frente a Lusitano
VRSA, Louletano,
Castrense (dois), Almancilense (dois), Atlético Reguengos e Juventude
Évora, ajudando os alvirrubros
a assegurar a permanência.
Entretanto sofreu uma grave lesão que o afastou dos relvados durante ano
e meio. Regressou a tempo de conquistar a Taça AF
Setúbal em 2017-18, mas no verão de 2019 mudou-se para o Alcochetense,
reencontrando o treinador Pedro
Duarte.
3. Bailão (58 jogos)
Bailão |
Um dos melhores e mais marcantes futebolistas do Barreirense
na última década, senão mesmo o melhor e mais marcante.
Formado no Vitória
de Setúbal, teve dificuldades em impor-se nos primeiros anos de sénior, mas
mostrou a sua melhor versão quando em 2011 trocou o Alfarim
pelo Barreirense,
tendo conquistado o título distrital e a Taça AF
Setúbal logo na primeira época na Verderena.
Em 2012-13 fez parte da equipa
que alcançou a segunda promoção consecutiva, desta vez ao então denominado Campeonato
Nacional de Seniores, patamar em que na época seguinte disputou 29 jogos
(28 a titular) e apontou três golos, frente a Quarteirense
(dois) e Cova
da Piedade, insuficientes para evitar a despromoção.
Em 2014-15 voltou a sagrar-se
campeão distrital e na temporada que se seguiu voltou ao Campeonato
de Portugal para brilhar, tendo atuado em 29 partidas (27 a titular) e
apontado onze golos, diante de Louletano,
Pinhalnovense
(três), Juventude
Évora (dois), Lusitano
VRSA (quatro) e Atlético Reguengos, ajudando os alvirrubros
a assegurar a permanência.
Valorizado, deu o salto para o Casa
Pia. No entanto, voltou ao Alfarim
ao fim de meio ano e regressou ao Barreirense
no verão de 2018 para jogar mais uma temporada na Verderena
antes de pendurar as botas.
Em 2020-21 voltou ao clube para
assumir a função de treinador adjunto na equipa principal.
2. Carlos André (67 jogos)
Carlos André |
Lateral direito bastante consistente, que iniciou a sua formação no Barreirense,
fez parte da geração de Marco Véstia, Marco Soares, Vasco Firmino e Bruno
Severino, mas quando subiu a juvenil mudou-se para o Vitória
de Setúbal, onde concluiu a formação. Quando ascendeu a sénior rumou
a norte para representar o Joane, mas entre 2005 e 2013 esteve ao serviço do Fabril.
Após a descida dos fabrilistas
aos distritais, Carlos André regressou ao Barreirense,
clube pelo qual disputou 28 jogos (todos como titular) e marcou um golo à União
de Montemor, insuficiente para evitar a despromoção.
Em 2014-15 sagrou-se campeão distrital da AF
Setúbal e nas duas épocas que se seguiram voltou a competir no Campeonato
de Portugal, tendo participado em 27 jogos na primeira e 12 na segunda,
sempre no onze inicial.
Após nova descida aos distritais, em 2017, regressou ao Fabril
para encerrar a carreira.
1. Crisanto (84 jogos)
Crisanto |
Médio luso-cabo-verdiano
que fez toda a formação e os primeiros anos de sénior no Fabril,
passou por 1º Maio Sarilhense, Sesimbra
e Eléctrico antes de ingressar no Barreirense
no verão de 2013, aquando da promoção ao recém-criado Campeonato
Nacional de Seniores.
Com impacto imediato na equipa,
tornou-se desde cedo titular indiscutível, tendo em 2013-14 disputado 30 jogos
(todos no onze inicial) no CNS
e apontado dois golos, diante de Ferreiras
e Almodôvar, ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Após a descida permaneceu no
clube e sagrou-se campeão distrital em 2014-15, repetindo (tal como Carlos
André) um feito que já tinha alcançado no Fabril
em 2006-07.
Na temporada seguinte regressou
ao Campeonato
de Portugal para atuar em 28 partidas, marcar um golo ao Louletano
e outro ao Castrense, e ajudar os alvirrubros
a assegurar a permanência.
Já em 2015-16 foi utilizado em 26
encontros (25 a titular), mas foi impotente para evitar a despromoção.
Embora seja um futebolista com um
passado extenso no clube
rival, está na Verderena
há cerca de oito anos e conquistou o estatuto de capitão. Em 2017-18 venceu a
Taça AF
Setúbal.
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