Nome: Rúben Filipe Inácio Guerreiro
Data de Nascimento: 12 de Dezembro de 1988 (24 anos)
Naturalidade: Almada
Nacionalidade: Portuguesa
Posição: Médio-Ofensivo/Extremo/Avançado
Altura: 185 cm
Peso: 76 kgs
Clube atual: GD Fabril (desde 2011/12)
Clubes anteriores: Cova da Piedade (2007/08 a 2009/10) e
Casa Pia (2010/11)
GD FABRIL
David Pereira – Qual foi
o sentimento quando aquele fatídico jogo a 1 de Junho frente ao Sacavenense
terminou? O que lhe passou pela cabeça?
Ruben Guerreiro - Foi sobretudo tristeza e muita frustração por não termos conseguido o principal objetivo da época e por mais nada poder fazer depois do último apito. Não consegui pensar em mais nada naquele momento.
Ruben Guerreiro - Foi sobretudo tristeza e muita frustração por não termos conseguido o principal objetivo da época e por mais nada poder fazer depois do último apito. Não consegui pensar em mais nada naquele momento.
DP – Quais julga que
foram os momentos cruciais na época que afastou o GD Fabril da subida de
divisão? O que poderia ter sido feito de uma melhor forma?
RG - Provavelmente a primeira
volta da segunda fase, onde fizemos um ponto apenas em quinze possíveis, depois
já tivemos de jogar sempre sobre pressão e atrás do prejuízo. Não é fácil
responder a esta segunda questão... No Futebol há sempre uma variedade de fatores
que influenciam o resultado final, não quero destacar nenhum.
RG - Nesta altura não, nem
sabemos se é possibilidade, pois há clubes que terminaram com melhor
classificação que nós.
DP – Que avaliação faz
da temporada, em termos gerais, incluindo a campanha na Taça de Portugal?
RG - Se não terminasse desta
forma teria sido perfeita, assim não o foi, mas em termos gerais faço um
balanço positivo, com um trajeto fantástico na Taça de Portugal, e um
campeonato em que sonhamos com a subida até ao último minuto.
DP – Quais as principais
diferenças entre Conhé e Manuel Correia? O que distinguia os seus métodos de
trabalho?
RG - Há diferenças acentuadas
sobretudo em termos de método de treino e tipo de liderança. O mister Conhé é
um treinador mais castiço e com métodos de treino mais antiquados, ao contrário
do mister Manuel que é mais moderno e atualizado, e que sabe muito bem como
motivar os jogadores.
DP – A nível coletivo os
objetivos não foram cumpridos. Mas em termos individuais, sente-se satisfeito?
RG - Em termos
individuais foi uma época muito positiva, mantive-me regular, com muitos jogos
e golos à mistura. Arrisco-me a dizer que, em paralelo com a de 2008/09, foi a
melhor.
DP – Vai continuar no GD
Fabril na próxima temporada ou irá dar o salto? O “seu” Cova da Piedade vai
participar no Campeonato Nacional de Séniores…
RG - Neste momento ainda não sei
qual será o meu futuro, não há propostas em concreto a não ser do GDF.
DP – Pode desvendar os
nomes dos clubes que eventualmente se tenham interessado pelos seus serviços?
RG - Prefiro não referir clubes
porque não iria passar de especulação. Vamos aguardar.
RG - Ele gostaria e eu certamente
também, mas não. Ele é um grande profissional e não se intromete nesses campos.
DP – Qual é a sua
opinião sobre o clube Grupo Desportivo Fabril e a sua massa adepta? Sendo ambos
do mesmo distrito, que comparação faz entre esse emblema e o Cova da Piedade?
RG - O GDF é em termos de
condições o melhor clube deste distrito, sem dúvida. Falta-lhe o apoio que
merecia para ser um grande do Futebol. Este ano penso que a massa adepta foi
melhor e espero que continue. O Cova da Piedade é igualmente um grande clube,
mais humilde e onde os adeptos se dedicam mais ao clube.
DP – Se tivesse que
apostar em um ou dois dos seus colegas para chegar à Primeira Liga, em quais
apostaria?
RG - Sem dúvida, Rui Correia e
Marinheiro.
DP – Esta época o seu
colega Catarino esteve abaixo do registo de 2011/12. Pensa que foi mal servido,
tratou-se de uma temporada em que as coisas não lhe correram de acordo do seu
valor ou que já não consegue acompanhar as andanças do futebol nacional?
RG - No Futebol acontecem épocas
assim a todos, não se trata de qualidade. Também jogou menos e talvez lhe tenha
faltado um pouco mais de sorte na finalização, mas ele já não tem que provar
nada a ninguém.
DP – Esta época teve a
oportunidade de disputar o derby do
Barreiro. O que achou da rivalidade entre GD Fabril e Barreirense?
RG - É um ambiente fantástico e
onde todos querem jogar. Há mais emoção que em muitos jogos das ligas
profissionais. É muito bom para jogadores e adeptos.
DP – Muitos adeptos, nas
bancadas no Estádio Alfredo da Silva, consideram estranho o Rúben jogar com os
calções em baixo, julgando mesmo que lhe pode travar os movimentos. Porque razão
os usa assim?
RG - Não é impeditivo, nem
dificulta os movimentos. Uso calções térmicos para prevenir lesões e estes
fazem os calções escorregar. Entre usar muito em cima ou em baixo, prefiro a
segunda hipótese.
CARREIRA
DP – O Rúben passou pela
formação do Sporting Clube de Portugal. O que falhou para não continuar a
representar tal clube?
RG - Na altura, era muito
baixinho e foi essa a razão que me deram para ser emprestado.
DP – Quais os nomes mais
sonantes com quem integrou um plantel no Sporting? Já aí adivinhava um futuro
risonho para eles?
RG - Daniel Carriço, Fábio Paim,
Rui Patrício, João Gonçalves, Chiquinho entre muitos outros. Naquelas alturas
todos pensamos nisso e somos promessas, daí estarmos lá entre os melhores. Uns
conseguiram, outros não e outros ainda continuam a tentar. A formação é muito
importante, mas o futebol sénior é muito diferente, e a diferença está no tempo
de adaptação e na insistência a esta realidade...qualidade e argumentos todos
tinham.
DP – O que tem a
formação do Sporting de tão especial para ser uma das melhores fábricas de
talentos da Europa? Ou acredita que boa parte do crédito advém do scouting?
RG - As duas vertentes, o Sporting
tem grandes profissionais, métodos de trabalho muito bons e trabalha-se a
excelência. Hoje em dia essa diferença entre o sporting e outros clubes de topo
já não é tão notável.
DP – Depois do Sporting
seguiu-se o Cova da Piedade, onde passou muitos anos. Tem um carinho especial
por esse emblema? Teria continuado se não tivessem descido aos distritais?
RG - É um clube que tenho um
carinho especial porque foi onde este sonho começou. Sempre acompanhei o Cova
da Piedade. Sai porque surgiu uma proposta da 2ª divisão, na altura ainda
estava na 3ª divisão.
DP – Em 2010/11 passou
pelo Casa Pia, na II Divisão, acabando por descer de divisão. O que de bom lhe trouxe
essa passagem pelo clube lisboeta?
RG - Foi uma experiência
positiva, conheci uma nova divisão, mas joguei muito pouco porque estive seis
meses lesionado.
RG - É um sonho que ainda tenho, sinto-me
mais que preparado, falta-me uma oportunidade. Há quem as tenha e desperdice,
eu também preferia desperdiçar do que nunca a poder ter.
DP – Gostaria de jogar
no estrangeiro? Muitos portugueses têm emigrado para países como Chipre e
Roménia. Essa hipótese agradar-lhe-ia?
RG - É uma hipótese que não
descarto, tudo dependeria das condições, se fosse bom para mim...porque não!?
DP – Quais foram os
melhores amigos que fez ao longo da sua carreira?
RG - É impossível enumerar, foram
muitos em todos os balneários. É o melhor, e o que fica.
DP – Proponho-lhe um
desafio: Elabore um Onze Ideal com jogadores que foram (ou são) seus colegas de
equipa?
RG - GR Crespo, DD
Carlos André, DC Rui Correia, DC Marinheiro, DE Zinho, MC Gonçalo, MC Gabi, MC
Ruben Ferreira, MD Dani Pinto, ME Bolinhas e PL Pedro Augusto.
DP – As lesões já
condicionaram o seu percurso desportivo? Em que momentos?
RG - Principalmente em 2009 que
me impediram de jogar a 2ª fase quando estava na minha melhor forma. E no Casa
Pia que estive quase um ano parado.
RG - Pela positiva, Lívio Semedo
porque talvez tenha sido o treinador que explorou as minhas características ao máximo.
Pela negativa, ninguém, tudo serviu para aprender e evoluir.
DP – O Rúben tem jogado
à direita, à esquerda e ao meio, seja no eixo do ataque, seja atrás do
ponta-de-lança. Onde se sente mais confortável?
RG - Sinto-me bem em todas, mas
10 é a minha posição base.
DP – Quais julga ser as
suas melhores qualidades como futebolista? E em que aspetos pensa ser
absolutamente necessário evoluir?
RG - Para mim qualquer jogador tem de ser evoluído
tecnicamente. Hoje em dia é essencial um jogador ser forte fisicamente e
sobretudo explosivo, porque a velocidade é a característica mais evidente de desequilíbrio.
DP – Já pensou em ser
treinador no futuro?
RG - Já pensei e já dei o
primeiro passo com os estudos, mas é algo para realizar num futuro mais longínquo.
DP – O Rúben é professor
de Educação Física. Como tem conseguido conciliar trabalho e a carreira
futebolística?
RG - Enquanto não se é
profissional, com alguma flexibilidade é fácil conciliar. Até hoje tenho
conseguido.
RG - Claro que sim e é importante
controlar muitos fatores pois não sendo profissional, tem-se um desgaste maior
na atividade laboral, mas com esforço e alguns cuidados tudo se consegue.
DP – Quais são os seus
ídolos no mundo do futebol?
RG - Ronaldinho Gaúcho e
Cristiano Ronaldo.
OUTRAS QUESTÕES
DP – Acredita que o
futebol português beneficiou com a extinção da III Divisão?
RG - Penso que não, ficou um
vazio entre as distritais e a 2ª divisão e vai ser um grande choque tanto para
as equipas que sobem como para as que descem. O futuro dirá se foi bom ou mau.
DP – O Rúben é um
confesso sportinguista. Qual pensa que é o problema do clube para estar tantos
anos seguidos longe da ribalta?
RG - O Sporting não tem já há
algum tempo uma estrutura forte, aliada a uma situação financeira não muito
forte para um grande, o que faz com que não se consiga criar uma base na equipa
que seja suficientemente forte e regular. Penso que seja esse o verdadeiro
problema do Sporting a nível desportivo.
RG - Claro que sim, é impensável
um Mundial sem Portugal. Também não consigo explicar... Talvez falta de
concentração em jogos teoricamente mais acessíveis nos tenha posto nesta
situação.
DP – Que opinião tem
sobre a página no facebook “Futebol no Barreiro” (https://www.facebook.com/FutebolNoBarreiro)?
RG - É um bom incentivo ao
Futebol no concelho do Barreiro, mantem-nos informados e é importante os clubes
serem falados e projetados. Que continuem. Parabéns.
DP – Muito obrigado pelo
tempo concedido! Foi um prazer! Tudo de bom para si!
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