A Liga
dos Campeões desta época tem-nos obrigado a olhar novamente para várias
equipas italianas que há muito andavam afastadas das principais decisões do
futebol europeu, como o Nápoles,
o AC
Milan e sobretudo o Inter
de Milão, que na terça-feira carimbou o apuramento para a final de Istambul
já depois de ter sido o carrasco de FC
Porto e Benfica.
Entre nomes sonantes e jovens
valores em afirmação, os nerazzurri
têm um plantel riquíssimo, com profundidade em todas as posições. Quantos
treinadores no mundo se podem dar ao luxo de deixar futebolistas como Robin
Gosens, Marcelo Brozovic e Romelu Lukaku fora do seu onze de gala? É o luxo a
que Simone Inzaghi tem direito.
Em 1991-92, o Leça
competiu na III Divisão Nacional – na altura o quarto escalão, abaixo de II
Divisão B, II
Liga e I
Liga – e conseguiu a promoção à II Divisão B, fruto de um 2.º lugar na sua
série. Na temporada que se seguiu sagrou-se campeão nacional da II B e alcançou
a consequente subida à II
Liga. Em 1993-94 não foi além do 8.º lugar no segundo
escalão, mas na época seguinte conquistou o título da II
Liga, o que lhe valeu o regresso à I
Liga em 1995-96.
Fundado a 10 de maio de 1939, o Rio
Ave Futebol Clube foi o nome escolhido por um grupo de vila-condenses
para batizar o clube desportivo que estavam a formar, preterindo assim as designações
Vilacondense Futebol Clube e Vila do Conde Sport Club.
A primeira direção do clube teve
pela frente a árdua tarefa de encontrar jogadores, equipamentos e um estádio. A
29 de janeiro do ano seguinte surgiu o primeiro estádio dos rioavistas,
designado de Estádio da Avenida, por se situar na Avenida Baltazar Couto. E já
na década de 1940 apareceram os primeiros títulos, os de campeão promocional da
AF
Porto (1941-42) e de campeão regional da III Divisão da AF
Porto (1942-43).
Nos anos 1950 o Rio
Ave conseguiu pela primeira vez chegar aos campeonatos nacionais, mas foram
quase necessários mais 30 anos para chegar à I
Divisão. Esse feito foi alcançado em 1979 – dois anos antes o clube estava
na III Divisão e seis anos antes participava nas competições distritais.
A década de 1980 ficou marcado
por um dos momentos altos da história dos vila-condenses,
a participação na final da Taça
de Portugal (1983-84), mas também pelo início de um percurso oscilante, com
várias subidas e descidas de divisão.
Porém, após a promoção em 2008
conseguiu estabelecer-se como nunca no patamar
maior do futebol nacional. Desde então que passou a ser sempre um sério
candidato aos lugares de acesso às provas europeias, tendo alcançado já por
três vezes o apuramento para a Liga
Europa. Em 2014 fê-lo através do estatuto de finalista vencido da Taça
de Portugal e em 2016, 2018 e 2020 por via de boas classificações na I
Liga – o sexto lugar no primeiro caso e a quinta posição no segundo e no
terceiro. Pelo meio, foi também finalista vencido da Taça
da Liga e da Supertaça
Cândido de Oliveira em 2014.
Contudo, em 2020-21 os vila-condenses
foram surpreendentemente despromovidos ao segundo
escalão, ao qual regressaram na época que se seguiu para somar a 11.ª
presença e o terceiro título (depois de 1995-96 e 2002-03) na competição – em 2007-08
também alcançaram a promoção à I
Liga, mas na condição de segundo classificado.
Vale por isso a pena recordar os
dez jogadores com mais jogos pelo Rio
Ave na II
Liga.
Ainda estou a digerir a despromoção do ‘meu’
Vitória.
Que dor. Que azia. A permanência estava na mão depois de uma montanha russa de
emoções nas últimas semanas e tudo foi por água abaixo ao cair do pano. Só agora,
mais de 48 horas depois de ter ficado petrificado no Bonfim
e de me ter arrastado até ao carro na zona da Algodeia, me sinto capaz de
escrever qualquer coisa sobre o assunto.
Quando no início da temporada vi
um plantel que me parecia equilibrado, com duas opções para cada posição, e que
mesclava titulares da época passada, alguns produtos da cantera, futebolistas
que procuravam relançar a carreira após temporadas menos conseguidas na II
Liga, outros que eram presenças habituais em equipas de topo do terceiro
escalão e ainda jogadores que andavam perdidos no Campeonato
de Portugal e na Liga Revelação, nunca imaginei um desfecho destes.
Santa Eulália competiu no Campeonato de Portugal em 2014-15
Fundado oficialmente a 6 de maio
de 1989, o Centro Cultural e Desportivo de Santa Eulália nasceu da junção das
equipas Águias do Adro e Estrela, que representavam duas partes da freguesia, depois
de vários jovens da localidade terem conseguido levar a cabo a construção de um
complexo desportivo através da recolha de dinheiro pela freguesia.
Clube eclético, que teve futebol
feminino, futebol de salão, andebol e atletismo, só em 2000-01 teve pela
primeira vez futebol sénior, conseguindo logo nessa temporada subir à I Divisão
da Associação
de Futebol de Braga. Apesar de ser uma equipa nova no
futebol distrital, o conjunto do concelho de Vizela conseguiu estrear-se nos
patamares nacionais em 2012-13, quando competiu na III Divisão e defrontou o FC
Porto para a Taça
de Portugal.
Duas épocas depois, os minhotos
regressaram aos campeonatos sob a égide da Federação Portuguesa de Futebol para
participar no Campeonato
de Portugal. Em ambas as ocasiões, o desfecho foi a descida de divisão. Paralelamente, o Santa Eulália
sagrou-se campeão do patamar maior do distrito em 2011-12 e 2013-14, tendo
ainda conquistado a Taça AF
Braga em 2006-07 e 2010-11. Vale por isso a pena conferir a
lista de dez jogadores com mais jogos de sempre pelo Santa Eulália no Campeonato
de Portugal.
Kvaratskhelia deverá ganhar prémio de melhor jogador da Série A em 2022-23
Feche os olhos e experimente
escrever o nome da grande revelação do futebol mundial em 2022-23: Khvicha
Kvaratskhelia. É difícil, não é? Tanto quanto travá-lo em campo. Do anonimato,
o extremo georgiano contratado pelo Nápoles
ao Dínamo Batumi há menos de um ano deverá com toda a certeza saltar para a
lista de nomeados à Bola de Ouro.
Titular indiscutível para Luciano
Spalletti desde o início da temporada, o talentoso, irrequieto e imprevisível
atacante de 22 anos é um dos raros futebolistas das principais ligas europeias
que esta época já superou a marca dos dois dígitos tanto em golos (14) como
assistências (14) em todas as competições e é um dos principais responsáveis
pela boa campanha que o conjunto
do sul de Itália tem estado a fazer: chegou aos quartos de final da Liga
dos Campeões e está prestes a conquistar o seu primeiro título nacional
desde 1990.
Karagounis, aqui ao serviço do Inter, entre Zahovic e Miguel
Ainda os meus pais eram umas
crianças quando o Inter
bateu o Benfica
na final da Taça
dos Campeões Europeus em 1964-65, pelo que a minha primeira memória de um
jogo oficial entre as duas equipas é relativa aos oitavos de final da Taça
UEFA em 2003-04. Digo jogo oficial porque também me recordo de um encontro de
caráter particular, de pré-época, realizado em julho de 2002 em Palermo e no
qual a formação transalpina praticamente só se apresentou com segundas linhas
(0-0).
Ambas as equipas surgiram na Taça
UEFA por via da repescagem, depois de terem tentado ficar na Liga
dos Campeões. As águias
de José Antonio Camacho, que estavam há dois anos sem participar nas competições
europeias, viram a Lazio
negar-lhe o sonho de voltar à Champions,
mas na prova continental secundário eliminaram os
belgas do La Louvière e os noruegueses do Molde e do Rosenborg. Já os nerazzurri
de Alberto Zaccheroni, semifinalistas da Liga
dos Campeões na época anterior, ficaram atrás de Arsenal
e Lokomotiv Moscovo (e à frente do Dínamo Kiev) na fase de grupos da Champions,
tendo depois eliminado os franceses do Sochaux na Taça
UEFA.
Centenas de adeptos do Barreirense invadiram Municipal de Palmela
A minha primeira memória de um
jogo entre Barreirense
e Palmelense
é de um encontro ao qual não assisti, mas cujas imagens da invasão de adeptos alvirrubros
ao Complexo Municipal de Palmela me impressionaram.
Após cair a pique desde a II
Liga aos distritais
em cerca de três anos, com a demolição do emblemático Campo
Dom Manuel de Mello e um período de casa às costas pelo meio, o histórico
clube do Barreiro deu grandes sinais de vitalidade na temporada 2011-12.
Desportivamente, a equipa sénior sagrou-se campeã distrital, batendo o Vasco
da Gama de Sines no photo finish, e socialmente arrastou centenas de
adeptos para os seus jogos de norte a sul do distrito.
Um dos momentos mais marcantes
dessa temporada foi vivido precisamente em Palmela, na tarde de 27 de maio de
2012. As estimativas podem variar, mas as imagens provam que estavam presentes
no recinto várias centenas de adeptos do Barreirense.
Talvez 200, 300 ou até mais.