segunda-feira, 21 de outubro de 2024

O sucessor de Baía que se transferiu do Nacional para o Chelsea. Quem se lembra de Hilário?

Hilário disputou um total de 59 jogos pelo FC Porto entre 1996 e 2000
Guarda-redes natural de São Pedro da Cova, concelho de Gondomar, e com toda a formação feita no FC Porto, foi ganhar rodagem para a Naval na II Divisão B e para a Académica na II Liga quando transitou para sénior.
 
Em 1996-97, pouco depois de quase ter descido à II B nos estudantes e de ter sido suplente de Quim no Torneio de Toulon, ingressou na equipa principal dos dragões, então comandada por António Oliveira, e acabou por se tornar rapidamente no guarda-redes titular, destronando o polaco Andrzej Wozniak e ultrapassando o sueco Lars Eriksson na hierarquia, numa altura em que Vítor Baía tinha acabado de se transferir para o Barcelona.
 
Nessa época disputou 26 jogos e sofreu 21 golos, não tendo sofrido qualquer golo nos seus primeiros sete encontros – incluindo numa vitória em Alvalade, na sua estreia –, mas foi destronado por Silvino já em março de 1997. Ainda assim, contribuiu para a conquista do título nacional.
 
 
Na temporada seguinte, porém, perdeu espaço para Rui Correia, não indo além de quatro jogos, todos em janeiro de 1998, tendo sofrido nove golos. Contudo, festejou a dobradinha.
 
 
Em 1998-99 foi emprestado ao Estrela da Amadora de Jorge Jesus, ajudando os tricolores a obter um honroso 8.º lugar na I Liga.
 
 
Na época que se seguiu voltou ao FC Porto e dividiu a titularidade com Vítor Baía, que na altura lidava com alguns problemas físicos. Disputou 29 jogos (e sofreu 28 golos) contra os 28 encontros (e 20 golos sofridos) do n.º 99 portista, ajudando os dragões a vencer a Taça de Portugal e a chegar aos quartos de final da Liga dos Campeões.
 
O último jogo que disputou pelos azuis e brancos foi a final da Taça de Portugal diante do Sporting em 25 de maio de 2000, que terminou com um empate a um golo – na finalíssima jogou Baía.
 
 
Em 2000-01 não somou um único minuto de competição, tal como na primeira metade de 2002-03. Pelo meio, foi o habitual titular do Varzim em 2001-02, ajudando os poveiros a conseguir a permanência na I Liga.
 
 
Depois de ter passado o primeiro semestre de 2003 ao serviço da Académica, ajudando os estudantes a manter-se no primeiro escalão, no verão desse ano transferiu-se para o Nacional, emblema ao serviço do qual redescobriu a felicidade. Até começou como suplente de Nuno Carrapato e terminou a aventura na Madeira com dificuldades para bater a concorrência do suíço Diego Benaglio, mas nos três anos que passou na Choupana totalizou 68 jogos – o máximo pessoal por um clube – e contribuiu para dois apuramentos para a Taça UEFA, em 2004 e 2006.
 
 
No verão de 2006 foi convidado por um treinador que não lhe deu um único minuto de jogo no FC Porto, José Mourinho, para se juntar a ele no Chelsea. E Hilário pertenceu ao plantel dos londrinos entre 2006 e 2014, conseguindo aproveitar lesões de Petr Cech e Carlo Cudicini para disputar, por exemplo, 18 jogos em 2006-07. Nesses oito anos contribuiu para conquistas como a Taça da Liga e Taça de Inglaterra na época de estreia e o campeonato e a Taça de Inglaterra em 2009-10. Ainda que sem jogar nessas competições, também festejou a conquista da Liga dos Campeões em 2011-12 e a Liga Europa em 2012-13.
 
 
Numa das épocas em que disputou mais jogos, 2009-10, já com Carlo Ancelotti no comando técnico, foi pela primeira vez chamado à seleção nacional A, por Carlos Queiroz, tendo conseguido a sua primeira e única internacionalização num particular diante da China, em março de 2010.
 
Após pendurar as luvas, em agosto de 2014, permaneceu na estrutura dos blues. Depois de ter estado no departamento de scouting até 2018, passou a trabalhar como treinador de guarda-redes em 2018-19, cargo que ainda desempenha e que deverá passar a conciliar com o de treinador de guarda-redes da seleção inglesa agora que Thomas Tuchel é selecionador.
  






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