terça-feira, 22 de outubro de 2024

Hoje faz anos o guardião que chegou a destronar Damas no Sporting e foi bicampeão no FC Porto. Quem se lembra de Rui Correia?

Rui Correia disputou um total de 264 jogos na I Divisão
A carreira de um futebolista é feita de altos e baixos e o guarda-redes Rui Correia que o diga. O mesmo que ainda muito jovem chegou a destronar Vítor Damas no Sporting e mais tarde foi convocado para o Euro 1996 quando defendia a baliza do Sp. Braga e conquistou dois títulos nacionais pelo FC Porto viveu três anos de quase completa inatividade no Vitória de Setúbal, dois sem um único minuto de competição quando ainda pertencia aos dragões e desceu de divisão pelo Salgueiros.
 
Guarda-redes de baixa estatura (1,79 m) natural de São João da Madeira, começou a jogar futebol nas camadas jovens da Sanjoanense, de onde saltou para os juniores do Sporting em 1984-85. Duas épocas depois foi integrado no plantel principal dos leões, mas só fez a estreia em 1987-88, temporada em que dividiu a titularidade com Vítor Damas – ambos disputaram 19 jogos, mas o mítico guardião leonino foi o dono da baliza nos últimos jogos, já com António Morais no comando técnico.
 
O então promissor guarda-redes prosseguiu a carreira no Vitória de Setúbal, mas passou praticamente três anos em branco no Bonfim, uma vez que não foi além de três jogos pelos sadinos entre 1988 e 1991, na sombra de Mészáros e Jorge Martins.

 
Acabou por reencontrar a felicidade no Desp. Chaves em 1991-92 e sobretudo no Sp. Braga entre 1992 e 1997, tendo optado por assinar pelos arsenalistas em detrimento de Bordéus e Rayo Vallecano. 


Ao serviço dos bracarenses amealhou 167 jogos ao longo de cinco anos, tendo contribuído para a obtenção de um muito honroso quarto lugar em 1996-97. Os bons desempenhos no Minho permitiram-lhe estrear-se pela seleção nacional A em agosto de 1995, numa goleada no Liechtenstein (0-7), ser convocado para o Euro 1996 e dar o salto para o FC Porto.

 
Entre agosto de 1997 e janeiro de 1999 foi dono e senhor da baliza dos dragões, tendo vencido dois campeonatos e uma Taça de Portugal nesse período, mas depois perdeu a baliza para o regressado Vítor Baía e experimentou mais um longo período de inatividade.

 
Só voltou a jogar futebol em agosto de 2001, à beira do 34.º aniversário, ao serviço do Salgueiros, mas não conseguiu impedir a despromoção do emblema de Paranhos à II Liga. Pelo meio chegou a assinar pelo Sp. Braga, mas perante a permanência de Quim optou por se mudar para os salgueiristas. “Não foi só a parte de descer que foi má, foi uma época terrível. Havia uma grande falta de condições de trabalho, ordenados em atraso, 11 meses ou 10 meses. Eu em 11 meses recebi um ou dois, não tenho bem a precisão já. Toda a envolvência que houve essa época não foi positiva. Troca de treinadores, as condições más que nós tínhamos para trabalhar. Balneários algo deficientes, fracos. A descida foi o pior marco, uma equipa que desce é sempre negativa e temos depois que levar com todas as críticas e foi o que veio a acontecer. Mesmo que a gente possa ter algumas atenuantes, as mesmas deixam de fazer sentido, porque os associados não pensam nisso. Foi isso que aconteceu”, afirmou ao portal Bola na Rede em abril de 2024.

 
Seguiram-se experiências nas divisões secundárias ao serviço de Feirense, Ovarense e Estoril, tendo pendurado as luvas em 2007, quando estava prestes a completar 40 anos de vida.
 
Depois tornou-se treinador de guarda-redes, tendo voltado a trabalhar no Sp. Braga (2011-12), no Sporting (2017 a 2019) e no FC Porto (2020 a 2023). Atualmente desempenha essa função no Lusitânia de Lourosa


 
 




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