sexta-feira, 1 de novembro de 2024

“Não os subestimámos. Eles é que eram melhores do que pensávamos”. As melhores frases de Sir Bobby Robson

Bobby Robson orientou Sporting e FC Porto na década de 1990
Bobby Robson era um britânico à moda antiga, um gentleman carregado de chã, educação, cortesia, boa disposição e humor fino. Dedicou toda a vida ao futebol, mas gostava de ter experimentado outras coisas. “Teria dado o meu braço direito para ser um pianista”, afirmou um dia, numa típica frase bem-humorada da sua parte. Também apreciava a natureza, sempre com muito humor à mistura. “Olhem para estas oliveiras. Têm 200 anos, do tempo antes de Cristo”, brincou noutra ocasião.
 
Um dos nomes mais mediáticos da história do desporto-rei, representou clubes como Fulham e West Bromwich e foi internacional A por Inglaterra enquanto futebolista, tendo marcado presença nos Mundiais de 1958 e 1962.
 
Como treinador teve ainda mais sucesso: venceu uma Taça de Inglaterra (1977-78) e uma Taça UEFA (1980-81) pelo Ipswich Town, guiou a seleção inglesa às meias-finais do Mundial 1990, ganhou dois campeonatos holandeses (1990-91 e 1991-92) e uma Supertaça (1998) pelo PSV, dois campeonatos (1994-95 e 1995-96), uma Taça de Portugal (1993-94) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (1994) pelo FC Porto e uma Taça do Rei (1996-97), uma Supertaça de Espanha (1996) e uma Taça das Taças (1996-97) pelo Barcelona.
 
 
Pelo meio treinou o Sporting durante um ano e meio, tendo sido despedido por Sousa Cintra em pleno avião depois de uma eliminação às mãos dos austríacos do Casino Salzburgo em dezembro de 1993, numa fase em que os leões até colideravam a I Divisão em igualdade pontual com Benfica e FC Porto.
 
 
Esteve em três grandes torneios de seleções (Mundiais de 1986 e 1990 e Euro 1988), que só não foram quatro porque não conseguiu qualificar Inglaterra para o Euro 1984, por isso era um homem com propriedade para falar do assunto. “Um dia destes alguém há-de acabar um jogo com mais golos do que o Brasil. E esse será provavelmente o dia em que o Brasil vai perder”, comentou, mais uma vez com um sorriso maroto.
 
No último desses torneios que disputou, o Campeonato do Mundo de 1990, em Itália, Inglaterra precisou de jogar o prolongamento para eliminar a modesta seleção dos Camarões, mas garantiu que as dificuldades sentidas não estavam relacionadas com excesso de confiança. Apenas algo parecido: “Não os subestimámos. Eles é que eram melhores do que nós pensávamos.”
 
 
Viria a morrer a 31 de julho de 2009, aos 76 anos, depois de uma longa batalha contra um cancro no pulmão.


 

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