“Não os subestimámos. Eles é que eram melhores do que pensávamos”. As melhores frases de Sir Bobby Robson
Bobby Robson orientou Sporting e FC Porto na década de 1990
Bobby Robson era um britânico à
moda antiga, um gentleman carregado de chã, educação, cortesia, boa
disposição e humor fino. Dedicou toda a vida ao futebol, mas gostava de ter
experimentado outras coisas. “Teria dado o meu braço direito para ser um
pianista”, afirmou um dia, numa típica frase bem-humorada da sua parte. Também
apreciava a natureza, sempre com muito humor à mistura. “Olhem para estas
oliveiras. Têm 200 anos, do tempo antes de Cristo”, brincou noutra ocasião.
Um dos nomes mais mediáticos da
história do desporto-rei, representou clubes como Fulham
e West Bromwich e foi internacional A por Inglaterra
enquanto futebolista, tendo marcado presença nos Mundiais de 1958 e 1962. Como treinador teve ainda mais
sucesso: venceu uma Taça de Inglaterra (1977-78) e uma Taça UEFA (1980-81) pelo
Ipswich Town, guiou
a seleção inglesa às meias-finais do Mundial 1990, ganhou dois campeonatos
holandeses (1990-91 e 1991-92) e uma Supertaça (1998) pelo PSV,
dois campeonatos (1994-95 e 1995-96), uma Taça
de Portugal (1993-94) e uma Supertaça
Cândido de Oliveira (1994) pelo FC
Porto e uma Taça do Rei (1996-97), uma Supertaça de Espanha (1996) e uma Taça
das Taças (1996-97) pelo Barcelona.
Pelo meio treinou o Sporting
durante um ano e meio, tendo sido despedido por Sousa
Cintra em pleno avião depois de uma eliminação às mãos dos austríacos do Casino
Salzburgo em dezembro de 1993, numa fase em que os leões
até colideravam a I
Divisão em igualdade pontual com Benfica
e FC
Porto.
Esteve em três grandes torneios
de seleções (Mundiais de 1986 e 1990 e Euro 1988), que só não foram quatro
porque não conseguiu qualificar Inglaterra
para o Euro 1984, por isso era um homem com propriedade para falar do assunto. “Um
dia destes alguém há-de acabar um jogo com mais golos do que o Brasil.
E esse será provavelmente o dia em que o Brasil vai perder”, comentou, mais uma
vez com um sorriso maroto. No último desses torneios que
disputou, o Campeonato do Mundo de 1990, em Itália, Inglaterra
precisou de jogar o prolongamento para eliminar a modesta seleção
dos Camarões, mas garantiu que as dificuldades sentidas não estavam
relacionadas com excesso de confiança. Apenas algo parecido: “Não os
subestimámos. Eles é que eram melhores do que nós pensávamos.”
Viria a morrer a 31 de julho de
2009, aos 76 anos, depois de uma longa batalha contra um cancro no pulmão.
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