quarta-feira, 2 de junho de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo União de Coimbra na I Divisão

União de Coimbra participou na I Divisão em 1972-73
Fundado a 2 de junho de 1919 por um grupo de jovens ligados ao comércio e indústria da cidade de Coimbra, o União Foot-Ball Coimbra Club nasceu na sequência de reuniões na loja do sapateiro Afonso Chato, no Largo do Romal, e Largo de Sansão, atual Praça 8 de Maio, no coração da baixa conimbricense.
 
Já com a designação Clube de Futebol União de Coimbra, os unionistas atingiram o ponto alto da sua história em 1972-73, quando participaram pela única vez na sua história na I Divisão, não indo além do 14.º (e antepenúltimo) lugar, que haveria de ditar a presença numa liguilha de permanência/promoção e consequente despromoção à II Divisão.
 
Curiosamente, nessa temporada a rival Académica competiu no segundo escalão, ainda que se tivesse sagrado campeã nacional da II Divisão, sucedendo ao… União, que em 1972 bateu o Montijo na final.
 
Até 2007 os unionistas continuaram a militar nos campeonatos nacionais, mas depois mergulharam numa crise profunda que culminou na impossibilidade de inscrição na III Divisão Nacional em 2009-10 e na insolvência do clube em 2016.
 
No entanto, alguns sócios e antigos dirigentes decidiram criar o Clube União 1919, que em 2018 regressou ao futebol sénior nos distritais da AF Coimbra.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo União de Coimbra na I Divisão.
 
 

10. Damião (21 jogos)

Damião
Médio proveniente do Tirsense, reforçou o União de Coimbra em 1972-73, época da participação dos coimbrenses na I Divisão, tendo participado em 21 jogos (15 a titular) e marcado um golo ao Barreirense, insuficiente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão, Damião permaneceu no clube por mais… 12 anos, tornando-se numa das figuras do emblema da Cruz de Santiago. Até 1985 viveu uma descida à III Divisão (em 1980) e uma subida à II Divisão (em 1981).
Após 13 longas temporadas nos unionistas, transferiu-se para o Mealhada.
 
 

9. Reis (21 jogos)

Fernando Reis
Disputou o mesmo número de jogos de Damião, mas amealhou mais 295 minutos em campo – 1674 contra 1379.
Avançado natural de Maceira, no concelho de Leiria, concluiu a formação na Académica e passou pelos seniores do Marialvas antes de ingressar no União de Coimbra no verão de 1972, aquando da subida dos unionistas à I Divisão.
Na única temporada que passou no clube participou em 21 encontros (20 a titular) e somou seis remates certeiros, frente a União de Tomar, Benfica, Atlético, Leixões, Sporting e Belenenses, ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão permaneceu mais dois anos no clube, não conseguindo evitar a queda até à III Divisão em 1975.
Depois mudou-se para o Lusitânia Lourosa, regressando posteriormente ao primeiro escalão com as camisolas de Sp. Espinho, Vitória de Setúbal e Académica.
Entretanto tornou-se treinador, tendo vindo a falecer em julho de 2011, aos 59 anos.
 
 

8. Vítor Gomes (22 jogos)

Vítor Gomes
Médio natural de Nogueira do Cravo, concelho de Oliveira de Azeméis, concluiu a formação e iniciou o trajeto no futebol sénior com a camisola do FC Porto. Seguiram-se três anos na Académica antes de assinar pela vizinha União de Coimbra no verão de 1972.
Na única época que passou no clube da Cruz de Santiago atuou em 22 partidas (16 a titular), mas mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão transferiu-se para o Penafiel, tendo depois passado pelo Famalicão e por emblemas importantes na região Centro, como Recreio de Águeda, Sanjoanense, Oliveirense e Arouca.
 
 

7. Luís Pinto (26 jogos)

Luís Pinto
Defesa central nascido em Moçambique, mas internacional jovem português, concluiu a formação e iniciou o seu trajeto no futebol sénior no FC Porto, tendo ainda passado três anos no Tirsense antes de reforçar a União de Coimbra no verão de 1972.
Na única época que passou no emblema coimbrense atuou em 26 partidas (23 a titular) na I Divisão, não conseguindo evitar a despromoção.
Após a descida de divisão terá deixado de jogar futebol.
 
 

6. Barros (26 jogos)

Barros
Disputou o mesmo número de jogos de Luís Pinto, mas amealhou mais 236 minutos em campo – 2307 contra 2071.
Polivalente defesa internacional jovem português formado e revelado pelo Leixões, chegou ao União de Coimbra em 1972-73 por empréstimo do Benfica, clube pelo qual se tinha sagrado campeão nacional dois anos antes.
Na única temporada que passou nos unionistas foi titular nos 26 jogos que disputou, mas mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Depois regressou ao Benfica, somou sete internacionalizações pela seleção nacional AA e conquistou mais três campeonatos (1974-75, 1975-76 e 1976-77).
Haveria de falecer em abril de 2018, aos 68 anos.
 
 

5. Niza (27 jogos)

Fernando Niza
Médio natural de Vieira de Leiria, no concelho da Marinha Grande, passou pelos juniores do Benfica e pelos seniores de União de Tomar, Nazarenos e Marinhense antes de ingressar no União de Coimbra em 1969-70, quando o emblema coimbrense militava na III Divisão.
Na primeira época no clube subiu à II Divisão e dois anos depois sagrou-se campeão nacional da II Divisão e alcançou a consequente subida ao primeiro escalão, no qual disputou 27 jogos (21 a titular) e marcou um golo ao Beira-Mar, insuficiente para evitar a despromoção dos unionistas.
Após a descida de divisão mudou-se para a União de Leiria, mas voltou a jogar com a Cruz de Santiago ao peito em 1974-75 e em 1977-78, em ambas as ocasiões na II Divisão.
Após pendurar as botas tornou-se treinador, tendo orientado o União de Coimbra em diversas ocasiões no final da década de 1980 e no início da de 1990.
 
 

4. Rui Silva (27 jogos)

Rui Silva
Disputou o meso número de jogos de Niza, mas amealhou mais 424 minutos em campo – 2567 contra 1843.
Médio proveniente do Norte e Soure no verão de 1971, contribuiu para a conquista do título nacional da II Divisão e consequente promoção ao primeiro escalão logo na primeira época nos unionistas.
Na I Divisão atuou em 27 partidas (24 a titular), mas mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Depois passou ainda por Atlético e Sintrense.
 
 

3. Melo (27 jogos)

Melo
Disputou o mesmo número de jogos de Niza e Rui Silva, mas amealhou mais minutos em campo: 2365.
Guarda-redes natural de Coimbra e formado no União, tinha como alcunha “o corvo” e transitou para a equipa principal em 1967-68, quando os unionistas militavam na III Divisão. Em 1970 esteve na subida à II Divisão e dois anos depois na promoção ao primeiro escalão.
Em 1972-73 estreou-se na I Divisão, tendo atuado em 27 partidas e sofrido 48 golos, não conseguindo evitar a despromoção.
Apesar da descida de divisão, valorizou-se e deu o salto para o Belenenses. Mais tarde tornou-se internacional B, conquistou um título nacional pelo Sporting (1981-82) e uma Taça de Portugal pelo Estrela da Amadora (1989-90).
 
 

2. Zeca (28 jogos)

Zeca
Extremo natural de Torres Vedras, surgiu na equipa principal da Académica no início da década de 1960.
Em 1972-73 integrou a equipa do União de Coimbra que disputou a I Divisão, tendo atuado em 28 encontros (26 a titular) e apontado seis golos, diante de CUF, Barreirense (dois), União de Tomar, Vitória de Guimarães e Leixões, registo que fez dele o melhor marcador da equipa – a par de Reis –, mas que foi insuficiente para evitar a despromoção.
Nessa temporada assumiu ainda o comando técnico dos unionistas em três jogos, já na reta final do campeonato.
 
 

1. Jerónimo (28 jogos)

Jerónimo
Disputou o mesmo número de jogos de Zeca, mas amealhou mais onze minutos em campo – 2352 contra 2341.
Defesa natural do país que atualmente se designa por República Democrática do Congo, mas que anteriormente era conhecido como Congo Belga ou Zaire, entrou no futebol português em 1968-69 pela porta da Naval, tendo ainda passado pelo Beira-Mar, clube pelo qual se estreou na I Divisão.
Em 1972-73 mudou-se para a União de Coimbra, tendo nessa temporada atuado em 28 jogos (26 a titular) no primeiro escalão, embora se tivesse mostrado impotente para evitar a despromoção.
Após a despromoção permaneceu no clube por mais dois anos, tendo descido à III Divisão na despedida, em 1975. Depois voltou ao Beira-Mar, mas acabou por falecer no início dessa temporada.




 








1 comentário:

  1. Gostaria de saber como ficou o espolio do clube SPORTING NACIONAL o qual foi dirigido pelo Exmo.Senhor MANUEL FERNANDES.Dignissimo alfaite de Coiombra

    ResponderEliminar

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...