sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Onze ideal de jogadores que jogaram por Fabril e Almada

Almada e Fabril defrontam-se este domingo na Charneca de Caparica
Atualmente estão ambos na segunda metade da tabela da I Divisão Distrital da AF Setúbal, mas são dois históricos do distrito. O Almada Atlético Clube nunca esteve na I Divisão, ao contrário do Grupo Desportivo Fabril do Barreiro (antiga CUF e Quimigal), que somou 23 presenças no primeiro escalão e participou nas competições europeias, mas foi cliente assíduo dos campeonatos nacionais até pouco depois da viragem do milénio: contabilizou 25 presenças na II Divisão e 22 na III Divisão.
 
Adversários frequentes até ao final da década de 1950 e desde o final dos anos 1970, os dois clubes têm também como ponto de interseção o facto de várias dezenas de jogadores terem representado as equipas principais de ambos.
 
Vale por isso a pena conferir o nosso onze ideal de jogadores que jogaram por Almada e Fabril, que este domingo (15h) se defrontam no Campo do Cassapo, na Charneca de Caparica, distribuídos em campo num 3x4x3.
 

Palma Lopes (guarda-redes)

Palma Lopes
Guarda-redes algarvio, natural de Olhão, fez grande parte do seu percurso futebolístico em equipas do distrito de Setúbal. Começou pelo Luso, onde se formou e estreou como sénior na antiga II Divisão Nacional, e em 1971-72 ingressou na CUF, então no primeiro escalão, mas não disputou qualquer encontro.
Seguiram-se passagens por Portimonense, Moxico (Angola) e União de Montemor antes de regressar ao Alfredo da Silva em 1976-77, já com os lavradienses na II Divisão.
Na temporada seguinte representou o Almada, também na II Divisão, tendo defendido a baliza dos almadenses num jogo diante do FC Porto nos oitavos de final da Taça de Portugal (1-3), no Pragal.
Depois mudou-se para o Paio Pires.

Palma Lopes no Almada-FC Porto da Taça de Portugal em 1977-78

 

Carlos Sério (defesa central)

Carlos Sério
Defesa central/médio defensivo lisboeta que passou pelas camadas jovens de Belenenses e Benfica e foi internacional sub-18 por Portugal, não encontrou espaço no plantel principal dos encarnados e por isso teve de tentar a sorte noutras paragens.
A primeira experiência fora da Luz foi precisamente ao serviço do Almada, então na II Divisão Nacional, em 1966-67.
Na temporada seguinte iniciou um trajeto de quatro anos na CUF, tendo amealhado nessa fase pouco mais de 60 jogos pelos lavradienses, tendo apontado dois golos. Em 1968-69 contribuiu para a caminhada até às meias-finais da Taça de Portugal.
No verão de 1971 mudou-se para o Farense e a partir daí prosseguiu no Algarve uma carreira que se viria a estender até 1986.
 
 

Tó Loureiro (defesa central)

Tó Loureiro
Defesa central com toda a formação feita no Almada, transitou para a equipa principal em 2002-03 e sagrou-se campeão distrital da AF Setúbal na temporada seguinte.
No verão de 2005 mudou-se para o Amora e a meio da época 2006-07 ingressou no Fabril, tendo festejado então mais um título distrital.
Seguiram-se três anos a competir pelos fabrilistas na antiga III Divisão Nacional, nos quais disputou cerca de 90 jogos contribuindo para o apuramento para a fase de promoção à II Divisão B em 2007-08.
No verão de 2010 voltou ao Amora.
 
 

Pina (defesa central)

Pina
Defesa central com formação dividida entre Amora e Paio Pires, também dividiu as primeiras épocas de sénior nesses clubes.
No verão de 2001 trocou os amorenses pelo Fabril e em 2002-03 ajudou os lavradienses a conquistar o título distrital da AF Setúbal.
Entretanto passou por Montijo, Alcochetense e Pescadores antes de voltar a defender as cores dos fabrilistas entre 2010 e 2012 na antiga III Divisão Nacional, tendo contribuído para o apuramento para a fase de promoção à II Divisão B em 2010-11.
Em janeiro de 2013 mudou-se para o Almada, tendo atuado no Pragal no último meio ano da carreira.
 
 

Galo (lateral direito)

João António Galo
Lateral direito natural de Almada, jogou pelos juniores do Almada entre 1978 e 1980 e depois pela equipa principal até 1984, sempre na III Divisão.
Depois de uma passagem de dois anos pelo Atlético, ingressou no Belenenses em 1986 e fez parte do melhor período dos azuis do Restelo no pós-Matateu, com a conquista da Taça de Portugal em 1988-89 e boas campanhas nas competições europeias.
A 29 de agosto de 1990 acabou mesmo por disputar um jogo pela seleção nacional, um empate a um golo numa partida de preparação diante da campeã mundial Alemanha, no antigo Estádio da Luz. Galo foi rendido ao intervalo por José Carlos, enquanto do outro lado estavam Andreas Brehme, Lothar Matthäus, Rudi Völler e Jürgen Klinsmann.
Em 1992 colocou um ponto final da carreira, aos 30 anos, mas em 1995-96 voltou aos relvados para jogar pela Quimigal na I Divisão Distrital da AF Setúbal.
 
 

Niza (lateral esquerdo)

Niza
Lateral esquerdo com toda a carreira feita em clubes da margem sul do Tejo, representou a CUF em 1975-76, tendo atuado em nove jogos na I Divisão, naquela que foi a última época dos lavradienses no primeiro escalão.
Na temporada seguinte defendeu as cores do Almada na II Divisão e depois mudou-se para o Luso.
 
 


Matias (médio defensivo)

Matias
Médio defensivo lisboeta que jogou na I Liga ao serviço do Gil Vicente e que havia também passado por clubes como Atlético, Alverca, Desp. Aves, Santa Clara e Amora, reforçou o Fabril na temporada 2005-06, aos 36 anos, na altura para competir na I Divisão Distrital da AF Setúbal.
Seguiu-se uma passagem pelo Sesimbra antes de vestir a camisola do Almada em 2007-08, na II Distrital, não conseguindo ajudar a equipa do Pragal a subir de divisão.
Depois foi para o Beira-Mar Almada encerrar a carreira.
 
 

Zegre (médio centro)

Tomás Zegre
Médio de qualidade, surgiu no plantel da CUF em 1965-66, mas só atuou uma vez na I Divisão, numa derrota em Guimarães às mãos do Vitória local (0-3).
Na época que se seguiu iniciou uma longa ligação ao Almada, que viria a durar até 1980 – apenas interrompida entre 1970 e 1972, quando representou o Varzim. Em onze temporadas no Pragal, atuou em nove na II Divisão Nacional e em duas na III Divisão.
Diz, quem o viu jogar, que abdicou de ir mais longe no futebol porque tinha um emprego na banca que lhe garantia um maior sustento.
 
 


Luís Costa (avançado)

Luís Costa
Atacante móvel dotado de um pé esquerdo de qualidade e com capacidade para desempenhar várias funções no ataque, nasceu na Amora, no concelho do Seixal, e fez toda a formação no Amora.
Quando transitou para sénior mudou-se para o Paio Pires, tendo ainda passado pelo Palmelense antes de ingressar pela primeira vez no Fabril em 2002-03, época marcada pela conquista do título distrital da AF Setúbal.
Seguiram-se passagens por Casa Pia e Real SC antes de voltar ao Alfredo da Silva em 2007-08, na altura para competir na III Divisão Nacional, tendo marcado golos importantes que contribuíram para o apuramento para a fase de promoção à II Divisão B.
Após dois anos no Pescadores, voltou ao Lavradio em 2010-11, ajudando uma vez mais os fabrilistas a alcançar a fase de subida.
Depois de um ano no Alcochetense, defendeu as cores do Almada entre 2012 e 2014, ajudando a equipa do Pragal a atingir as meias-finais da Taça AF Setúbal em 2012-13 e 2013-14, tendo depois pendurado as botas, aos 35 anos.
 
 

Louro (avançado)

Louro
Avançado alentejano natural de Nisa e que se iniciou no Sport Nisa e Benfica, passou por Desportivo Portalegrense, clube pelo qual se sagrou melhor marcador da III Divisão em 1964-65, antes de entrar na I Divisão pela porta do Lusitano de Évora.
Rápido e ágil, não evitou a despromoção à II Divisão, mas o elevado número de golos permitiu-lhe voltar ao primeiro escalão em 1969, quando a CUF o contratou por quatro anos, acenando-lhe com 280 contos mais prémios de jogo.
Às ordens de prestigiados treinadores como Manuel de Oliveira ou Fernando Caiado, atuou seis vezes na I Divisão ao longo desse período, tendo marcado um golo.
Em 1973-74, na última época da carreira, representou o Almada na II Divisão.
 
 

Nelo (avançado)

Nelo
Avançado que se iniciou como sénior ao serviço do Seixal em 1979-80, então na II Divisão Nacional, passou ainda por Lusitano de Évora e O Elvas antes de ingressar na Quimigal em 1982-83, época marcada pela despromoção à III Divisão.
Na temporada seguinte representou o Almada e quase viveu o inverso, tendo ficado perto da subida à II Divisão.
Seguiram-se passagens por Sesimbra, Peniche, Pescadores e Seixal antes de voltar a vestir a camisola dos almadenses entre 1988 e 1991, tendo contribuído para a promoção à III Divisão em 1990.
Depois foi para o Cova da Piedade, clube pelo qual viria a encerrar a carreira em 1993, aos 35 anos. 









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