Bagagem não faltava a Carlos
Azenha, nascido a 4 de novembro de 1966, em Lisboa. Além de ter sido adjunto de
alguns dos principais treinadores portugueses, estagiou com Valeri
Lobanovskyi, Arrigo
Sacchi e Louis Van
Gaal após ter feito o curso de treinador com média de 17 valores. No início de junho de 2009, após
um ano a trabalhar como comentador televisivo, saltou para a ribalta quando um
candidato à presidência do Benfica,
Bruno Costa Carvalho, o anunciou como futuro treinador dos encarnados
caso viesse a ser eleito, numa altura em que o então presidente Luís
Filipe Vieira se preparava para anunciar Jorge
Jesus como novo técnico das águias. Como as eleições do Benfica
estavam agendadas apenas para julho, Carlos Azenha assinou, também no início de
junho, pelo Vitória
de Setúbal, naquela que foi a sua primeira experiência como treinador
principal. “O que o senhor Bruno Carvalho disse é uma verdade. Mas é um 'se'. E
eu, na minha vida, trabalho com coisas mais concretas. O que eu disse aos
dirigentes do Vitória
de Setúbal é que estou no Vitória
de Setúbal a 200 por cento”, assegurou.
Durante a apresentação como treinador
dos sadinos,
disse que a equipa iria jogar “com a defesa do Milan
de Sacchi
e o ataque do Barcelona
de Van
Gaal”, o que aguçou a expetativa dos adeptos. É verdade que o contexto não era
fácil, devido a uma grande indefinição na composição do plantel, com muitos
jogadores à experiência, uma situação motivada pelos eternos problemas
financeiros do Vitória,
mas a curta estadia de Azenha no Bonfim
revelou-se uma desilusão: quatro jogos, zero triunfos, um empate e três derrotas.
Acabou despedido ainda em meados de setembro, após uma goleada sofrida em casa
às mãos da União
de Leiria (0-4), na jornada seguinte a um desaire com números históricos às
mãos do Benfica
na Luz
(8-1). Ainda assim, o seu trabalho
seguinte também foi na I
Liga, ao leme do Portimonense,
clube que o contratou em dezembro de 2010.
Após descer de divisão com os algarvios,
assumiu o comando técnico do Al Sharjah, dos Emirados Árabes Unidos, uma
aventura que durou menos de três meses devido a problemas de saúde da mulher. Em fevereiro de 2015 regressou ao
Portimonense,
com a equipa a seis pontos dos lugares de promoção à I
Liga, mas deixou o cargo no final do mês seguinte, depois de apenas duas
vitórias e três empates em dez jogos. E desde então que não voltou a treinar.
Sem comentários:
Enviar um comentário