segunda-feira, 20 de abril de 2020

Os 10 brasileiros com mais jogos pelo Portimonense na I Divisão

Dez jogadores brasileiros que deixaram marca no Portimonense
É impossível escrever a história futebolística do Portimonense sem fazer referência a jogadores brasileiras. A presença de nativos de terras de Vera Cruz tem sido uma constante ao longo das 17 presenças do emblema algarvio na I Divisão.

Logo na primeira participação no primeiro escalão, em 1976-77, os alvinegros utilizaram quatro futebolistas brasileiros: Sapinho, Jaílson, Hilton e Aírton.


Daí para cá, foram-se sucedendo. No total, foram 70 a jogar pelo Portimonense na I Divisão. Em termos relativos, 28 por cento dos futebolistas que representaram a formação de Portimão no patamar maior do futebol português eram brasileiros. Uma tradição que tem vindo a ganhar maior expressão nos últimos anos, desde que Rodiney Sampaio está à frente dos destinos da SAD.

Vale por isso a pena recordar os 10 futebolistas brasileiros com mais jogos pelo Portimonense na I Divisão.



10. Lucas Fernandes (56 jogos)

Lucas Fernandes
Médio de características ofensivas formado no São Paulo e que somou mais de meia centena de jogos oficiais pela equipa principal do tricolor paulista, chegou pela primeira vez a Portimão por empréstimo do histórico clube brasileiro no verão de 2018.
Maioritariamente titular, disputou 29 jogos (21 a titular) e marcou um golo no campeonato em 2018-19. Valorizado pelo seu desempenho ao serviço do Portimonense, disputou e venceu o Torneio de Toulon no final dessa época ao lado do companheiro de equipa Tabata, do sportinguista Wendel e do agora benfiquista Pedrinho ao serviço da seleção brasileira de sub-20.
Na temporada seguinte atuou em 27 partidas (23 a titular) e apontou dois golos.

Ao que tudo indica continuará em Portimão em 2020-21, mas tem mercado e poderá sair até ao fecho do mercado de verão. Os franceses do Rennes e do Marselha estão na corrida.



9. Paulo Campos (56 jogos)

Paulo Campos
Disputou 56 jogos tal como Lucas Fernandes, mas amealhou mais 975 minutos em campo - 4803 contra 3828.
Médio ofensivo/extremo formado no Botafogo e proveniente do Goiás, chegou a Portugal no verão de 1978 para, com 11 golos, ajudar o Portimonense a sagrar-se campeão nacional da II Divisão e consequentemente a subir ao patamar maior do futebol português.
Entre a elite continuou a mostrar qualidades, tendo apontado oito golos em 30 jogos (29 a titular) em 1979-80. Na época seguinte foi mais longe e faturou por 9 vezes em 26 encontros (todos a titular).
As exibições e os números de Paulo Campos despertaram a cobiça de maior dimensão e no verão de 1981 deu o salto para o Benfica, tornando-se num dos primeiros brasileiros a jogar de águia ao peito. Porém, não foi feliz na Luz e voltou ao Algarve, mas desta feita para o Farense. Passaria ainda por Marítimo, Recreio de Águeda, Penafiel, Beira-Mar, União de Santiago e Desp. Beja.
Depois tornou-se treinador e orientou diversos clubes algarvios, tendo como melhor trabalho duas subidas consecutivas no comando técnico do Padernense: em 2000 para a III Divisão e no ano seguinte para a II Divisão B.


8. Major (60 jogos)

Major
Central nascido em Recife, Pernambuco, reforçou o Portimonense no verão de 1987 e permaneceu no clube durante cinco temporadas, as três primeiras na I Divisão.
Logo na época de estreia mostrou ao que vinha, fixando-se como titular, cumprindo 23 jogos (21 a titular) e tendo feito parte de uma equipa que chegou às meias-finais da Taça de Portugal. Em 1988-89 perdeu um pouco de gás, tendo participado apenas em 11 encontros (oito a titular), mas na época seguinte, marcada pela descida de divisão, recuperou espaço, ao disputar 26 partidas (22 a titular).
Nas duas temporadas que passou na II Liga também não foi muito utilizado, sendo que na segunda esteve ligado à despromoção à II Divisão B.
Depois prosseguiu a carreira nas divisões inferiores ao serviço de Montijo, Amora, Torreense, Juventude Évora, Quarteirense e Monchiquense.


7. Carlos Alberto (71 jogos)

Carlos Alberto
Médio natural de Santos Dumont, Minas Gerais, reforçou o Portimonense no último semestre de 1979, numa temporada marcada pelo regresso do clube algarvio ao primeiro escalão, afirmando-se como titular sobretudo na segunda volta, fechando o campeonato com 13 jogos (11 a titular) e um golo, apontado numa goleada caseira ao Estoril.
Nas épocas seguintes contribuiu para a consolidação dos alvinegros no patamar maior do futebol português, tendo participado em 27 jogos (todos a titular) e marcado três golos em 1980-81 e cumpriu 23 encontros (21 a titular) e faturado por uma vez em 1981-82.
Na época seguinte não foi além de oito partidas (três a titular), mas teve um pequeno contributo para a caminhada até às meias-finais da Taça de Portugal. Em 1983-84 fez parte do plantel, mas não atuou em um único jogo, despedindo-se com 71 jogos.
Depois prosseguiu a carreira no Olhanense, Leixões e Sp. Covilhã, voltando à I Divisão em 1987-88 como jogador dos serranos.


6. Tabata (76 jogos)

Bruno Tabata




5. Dener (80 jogos)

Dener
Mais um elemento da fornada Rodiney Sampaio. Formado no São Paulo, da sua cidade-natal, chegou ao Portimonense em janeiro de 2015, ainda na II Liga. Médio possante (1,85 m), está há mais de cinco anos no emblema alvinegro, mas nunca se impor verdadeiramente como um titular indiscutível.
Nas duas primeiras temporadas e meia, ainda no segundo escalão, participou num total de 35 encontros (31 a titular) e apontou cinco golos, tendo feito parte da equipa que se sagrou campeã da II Liga e subiu ao patamar maior do futebol português em 2017.
Entre elite competiu já em 80 partidas, entre as quais 62 a titular, e marcou 12 golos, incluindo um na temporada transata frente ao FC Porto. Embora a época passada não tivesse corrido de feição aos algarvios, uma vez que terminaram o campeonato na zona de despromoção, foi a melhor de Dener em Portugal em termos de remates certeiros (seis) e uma das mais conseguidas ao nível de utilização, pois somou 26 encontros (22 a titular) na I Liga.
Em 2020-21 vai continuar a jogar no Portimonense.




4. Lucas Possignolo (80 jogos)

Lucas Possignolo
Disputou 80 jogos tal como Dener, mas amealhou mais 1591 minutos em campo - 7027 contra 5436.
Central paulista de elevada estatura (1,87 m), natural de Piracicaba, fez a formação no São Paulo e foi de lá que saiu pela primeira vez para o Portimonense em janeiro de 2014, tendo conseguido roubar a titularidade a Rui Correia e estabelecer-se ao lado de Ivo Nicolau durante a fase final da época, tendo cumprido sete jogos (seis a titular) na II Liga.
Depois voltou ao São Paulo, mas regressou a Portimão no verão de 2015, cumprindo 50 encontros e marcado quatro golos no segundo escalão, contribuindo para a caminhada até às meias-finais da Taça da Liga em 2015-16 e para o primeiro lugar na II Liga e consequente promoção em 2016-17.
No patamar maior do futebol português também tem dado cartas. Primeiro ao lado de Rúben Fernandes, depois ao formar dupla com o compatriota Jadson. Titular indiscutível para os técnicos que têm passado pelo clube algarvio, efetuou 26 partidas e marcou um golo, ao FC Porto em 2017-18; 28 jogos (27 a titular) na época seguinte; e 26 encontros e dois remates certeiros na temporada passada.
Em 2020-21 vai continuar em Portimão.



3. Aurélio (86 jogos)

Aurélio
Mais um central, mas este natural do Rio de Janeiro e com passagem pelo Portimonense no final da década de 1980 e no início da de 1990. Desenvolvido em jovem pelo Vasco da Gama, chegou a Portugal em janeiro de 1986 pela porta do Marítimo, na altura cedido pelos vascaínos.
Após época e meia nos Barreiros mudou-se para Portimão, onde rapidamente conquistou um lugar no eixo defensivo. Em três épocas na I Divisão pelos algarvios somou 86 jogos, dos quais apenas um como suplente utilizado, e apontou um golo, curiosamente numa deslocação ao terreno do… Marítimo, na jornada inaugural do campeonato 1988-89. Paralelamente, ajudou os alvinegros a chegarem às meias-finais da Taça de Portugal na temporada de estreia, em 1987-88.
Após a descida à II Liga continuou no Portimonense por mais dois anos, encerrando o seu trajeto no Algarve com a descida à II Divisão B. Depois mudou-se para os alentejanos do Campomaiorense, contribuindo para a promoção à I Liga em 1995.
Com a missão cumprida, encerrou a carreira em 1996 no campeonato de Hong Kong, ao serviço do South China.


2. Tião (98 jogos)

Tião
Médio carioca, natural de Valenças, fez boa parte da carreira no futebol português, ao qual chegou nos últimos meses de 1977 pela porta do Portimonense. Estreou-se à 8.ª jornada, pegou de estaca e não mais perdeu o lugar no onze de Mário Lino, tendo disputado os 23 jogos que restavam até ao final do campeonato e apontado dois golos, nas vitórias caseiras sobre Feirense e Sporting. Ainda assim, não conseguiu ajudar os algarvios a evitar a despromoção.
No entanto, na temporada seguinte contribuiu para a conquista do título nacional da II Divisão e consequente subida ao patamar maior do futebol português, no qual jogou com a camisola alvinegra por mais quatro anos, embora tenha perdido o estatuto de titular indiscutível. Nesse período, participou 75 jogos (56 a titular) e marcou nove golos, entre os quais nas receções a FC Porto e Sporting em 1982. Paralelamente, contribuiu para a caminhada até às meias-finais da Taça de Portugal em 1982-83.
Depois mudou-se para o Estoril, permanecendo na I Divisão mais uma época. Seguiram-se passagens por Estrela da Amadora, Recreio de Águeda, Pessegueirense e Oliveirense, tendo encerrado a carreira de jogador e iniciado a de treinador no clube de Oliveira de Azeméis.
Viria a falecer em agosto de 2014, aos 64 anos.



1. Nivaldo (109 jogos)

Nivaldo
Médio defensivo natural de Ferreiros, Pernambuco, passou por clube como o Sport Recife e Cruzeiro antes de aterrar em Portugal no verão de 1980 para reforçar o Vitória de Guimarães. Após quatro anos no D. Afonso Henriques deu o salto para o Benfica, rejeitando então uma proposta mais vantajosa do Portimonense. Porém, não foi feliz nas águias e um ano depois mudou-se mesmo para o Algarve.
Com a camisola alvinegra disputou 109 encontros (105 a titular) e marcou cinco golos, entre os quais um ao Sporting e outro ao FC Porto, ao longo de quatro temporadas na I Divisão, tendo conquistado o estatuto de capitão. Logo na época de estreia participou na célebre eliminatória europeia com o Partizan, tendo jogado tanto na vitória caseira por 1-0 como na derrota por 0-4 sofrida em Belgrado. Contribuiu ainda para as caminhadas até às meias-finais da Taça de Portugal em 1986-87 e 1987-88.
No verão de 1989 mudou-se para a União de Leiria, então na II Divisão. Já o Portimonense sentiu a ausência do seu capitão nas épocas anteriores e acabou por cair no segundo escalão.























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