Santa Eulália competiu no Campeonato de Portugal em 2014-15
Fundado oficialmente a 6 de maio
de 1989, o Centro Cultural e Desportivo de Santa Eulália nasceu da junção das
equipas Águias do Adro e Estrela, que representavam duas partes da freguesia, depois
de vários jovens da localidade terem conseguido levar a cabo a construção de um
complexo desportivo através da recolha de dinheiro pela freguesia.
Clube eclético, que teve futebol
feminino, futebol de salão, andebol e atletismo, só em 2000-01 teve pela
primeira vez futebol sénior, conseguindo logo nessa temporada subir à I Divisão
da Associação
de Futebol de Braga. Apesar de ser uma equipa nova no
futebol distrital, o conjunto do concelho de Vizela conseguiu estrear-se nos
patamares nacionais em 2012-13, quando competiu na III Divisão e defrontou o FC
Porto para a Taça
de Portugal.
Duas épocas depois, os minhotos
regressaram aos campeonatos sob a égide da Federação Portuguesa de Futebol para
participar no Campeonato
de Portugal. Em ambas as ocasiões, o desfecho foi a descida de divisão. Paralelamente, o Santa Eulália
sagrou-se campeão do patamar maior do distrito em 2011-12 e 2013-14, tendo
ainda conquistado a Taça AF
Braga em 2006-07 e 2010-11. Vale por isso a pena conferir a
lista de dez jogadores com mais jogos de sempre pelo Santa Eulália no Campeonato
de Portugal.
Kvaratskhelia deverá ganhar prémio de melhor jogador da Série A em 2022-23
Feche os olhos e experimente
escrever o nome da grande revelação do futebol mundial em 2022-23: Khvicha
Kvaratskhelia. É difícil, não é? Tanto quanto travá-lo em campo. Do anonimato,
o extremo georgiano contratado pelo Nápoles
ao Dínamo Batumi há menos de um ano deverá com toda a certeza saltar para a
lista de nomeados à Bola de Ouro.
Titular indiscutível para Luciano
Spalletti desde o início da temporada, o talentoso, irrequieto e imprevisível
atacante de 22 anos é um dos raros futebolistas das principais ligas europeias
que esta época já superou a marca dos dois dígitos tanto em golos (14) como
assistências (14) em todas as competições e é um dos principais responsáveis
pela boa campanha que o conjunto
do sul de Itália tem estado a fazer: chegou aos quartos de final da Liga
dos Campeões e está prestes a conquistar o seu primeiro título nacional
desde 1990.
Karagounis, aqui ao serviço do Inter, entre Zahovic e Miguel
Ainda os meus pais eram umas
crianças quando o Inter
bateu o Benfica
na final da Taça
dos Campeões Europeus em 1964-65, pelo que a minha primeira memória de um
jogo oficial entre as duas equipas é relativa aos oitavos de final da Taça
UEFA em 2003-04. Digo jogo oficial porque também me recordo de um encontro de
caráter particular, de pré-época, realizado em julho de 2002 em Palermo e no
qual a formação transalpina praticamente só se apresentou com segundas linhas
(0-0).
Ambas as equipas surgiram na Taça
UEFA por via da repescagem, depois de terem tentado ficar na Liga
dos Campeões. As águias
de José Antonio Camacho, que estavam há dois anos sem participar nas competições
europeias, viram a Lazio
negar-lhe o sonho de voltar à Champions,
mas na prova continental secundário eliminaram os
belgas do La Louvière e os noruegueses do Molde e do Rosenborg. Já os nerazzurri
de Alberto Zaccheroni, semifinalistas da Liga
dos Campeões na época anterior, ficaram atrás de Arsenal
e Lokomotiv Moscovo (e à frente do Dínamo Kiev) na fase de grupos da Champions,
tendo depois eliminado os franceses do Sochaux na Taça
UEFA.
Centenas de adeptos do Barreirense invadiram Municipal de Palmela
A minha primeira memória de um
jogo entre Barreirense
e Palmelense
é de um encontro ao qual não assisti, mas cujas imagens da invasão de adeptos alvirrubros
ao Complexo Municipal de Palmela me impressionaram.
Após cair a pique desde a II
Liga aos distritais
em cerca de três anos, com a demolição do emblemático Campo
Dom Manuel de Mello e um período de casa às costas pelo meio, o histórico
clube do Barreiro deu grandes sinais de vitalidade na temporada 2011-12.
Desportivamente, a equipa sénior sagrou-se campeã distrital, batendo o Vasco
da Gama de Sines no photo finish, e socialmente arrastou centenas de
adeptos para os seus jogos de norte a sul do distrito.
Um dos momentos mais marcantes
dessa temporada foi vivido precisamente em Palmela, na tarde de 27 de maio de
2012. As estimativas podem variar, mas as imagens provam que estavam presentes
no recinto várias centenas de adeptos do Barreirense.
Talvez 200, 300 ou até mais.
Novo Juventus Stadium já recebeu visitas de Benfica, FC Porto e Sporting
Desde que há competições
europeias que a Juventus
já jogou em casa em três estádios: Olímpico de Turim (anteriormente denominado
Estádio Benito Mussolini e Estádio Comunale Vittorio Pozzo, 1933-1990 e
2006-2011), Delle Alpi (1990-2006) e Juventus Stadium (desde 2011). Em qualquer
um a vecchia
signora mostrou-se sempre poderosa, embora também tenha vivido alguns
dissabores nas receções às equipas portuguesas.
O Olímpico de Turim, propriedade
do município, mas atual casa do Torino, era o mais pequeno (lotação inferior a
30 mil lugares), recebeu duas visitas de equipas portuguesas. O Delle Alpi era
o maior (69 mil lugares) durou apenas 16 anos, porque se chegou a conclusão que
a pista de atletismo arruinava o ambiente criado pelos adeptos, mas foi
visitado por três conjuntos lusos. Mais moderno, o Juventus Stadium
(41 507 lugares) já foi visitado seis vezes por equipas portuguesas no
espaço de pouco mais de uma década – cinco em duelos frente aos bianconerie a final da Liga
Europa de 2013-14 entre Benfica
e Sevilha.
Nos dez encontros em que a Juventus
defrontou em casa conjuntos lusitanos, a turma de Turim averbou sete vitórias,
um empate e duas derrotas, ainda que um dos triunfos e a igualdade tenham
significado a eliminação bianconerade uma competição.
Vale por isso a pena recordar as
oito visitas de equipas portuguesas ao terreno da Juventus
para defrontar a vecchia
signora.
Fundado a 12 de abril de 1957,
a União
Desportiva Vilafranquense resultou da fusão de quatro coletividades
existentes em Vila Franca de Xira: Operário, Águia, Hóquei e Ginásio. O intuito
passava por criar um clube maior e mais representativo, que tem tido o ponto
mais alto da sua história desde 2019, com a subida à II
Liga.
Em termos futebolísticos, a União
Desportiva Vilafranquense acabou por suceder ao Grupo Futebol Operário Vilafranquense,
nascido a 6 de março de 1913 e que no final da década de 1930 e nos anos 1940
participou na II Divisão Nacional; e ao Águia Sport Clube Vilafranquense,
clube satélite do Belenenses,
fundado a 3 de maio de 1924 e que também competiu na II Divisão durante a
década de 1940.
Até à ascensão às ligas
profissionais o mais significativo que as Piranhas
do Tejo tinham alcançado foram duas presenças nos oitavos de final
da Taça
de Portugal, em 2003-04 e 2016-17, quando foram eliminadas por FC
Porto e Vitória
de Guimarães, respetivamente.
Em termos de II Divisão B
acumulou oito presenças, uma em 1995-96 e as outras sete entre 1998 e 2005,
tendo alcançado o 2.º lugar na Zona Centro em 1999-00.
A competir presentemente na II
Liga pela quarta época consecutiva, o conjunto
de Vila Franca de Xira tem sido forçado a jogar em Rio Maior devido à falta
de condições do Campo do Cevadeiro para receber jogos das ligas profissionais.
Entretanto, o Vilafranquense
tornou-se protagonista de mais uma rutura entre clube e SAD, tendo os sócios do
clube aprovado em dezembro de 2022 a venda dos 10 por cento da SAD que ainda estavam
na posse da União
Desportiva Vilafranquense. Nessa mesma assembleia-geral, os associados
expressaram o desejo de findar parte da atividade do clube que será assumida
por uma “nova associação desportiva, herdeira da União
Desportiva Vilafranquense”, criada já em 2023 e cuja equipa de futebol sénior
arrancará na III Divisão Distrital da Associação
de Futebol de Lisboa, devido a uma dívida superior a um milhão de euros
considerada “impagável”.
Paralelamente, a SAD do Vilafranquense
já mostrou intenção de se fundir com o Sp. Espinho.
Vale por isso a pena recordar os
dez jogadores com mais jogos pelo Vilafranquense na
II
Liga.
Dez futebolistas que jogaram pelo Barreirense na II Liga
No início do século XX, um grupo
de aprendizes das oficinas dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste fundaram uma
agremiação a que deram o nome de Sport Recreativo Operário Barreirense,
que foi crescendo e beneficiando da extinção de outras coletividades para
aumentar o número de sócios. No entanto, dificuldades financeiras levaram o
clube a proceder a uma profunda reorganização interna e, em assembleia geral
realizada a 11 de abril de 1911, foi decidido que tendo como base esse clube
nascesse o Foot-Ball
Club Barreirense.
Hoje nos campeonatos distritais,
o Barreirense já
foi um dos clubes mais importantes do futebol nacional. Na década de 1930, foi
duas vezes finalista do Campeonato de Portugal, perdendo em 1930 para o Benfica no
prolongamento e em 1934 para o Sporting.
Na I
Divisão também foi presença assídua nos anos 1950, 1960 e 1970, tendo
como melhor classificação o quarto lugar obtido em 1969-70, que valeu a
qualificação para a Taça das Cidades com Feiras, precursora da antiga
Taça UEFA e atualmente Liga Europa, em que defrontou o Dínamo Zagreb: 2-0
no Barreiro,
1-6 na Croácia.
Remetidos para as divisões
secundárias desde 1979, os alvirrubros assumiram-se
como uma das principais equipas da II Divisão B – Zona Sul entre 1991 e 2005,
numa fase em que conseguiam colocar vários produtos da formação na equipa
principal, arrastar multidões a todos os campos em que jogavam e obter honrosas
classificações. Em 2004-05, sagraram-se mesmo campeões e alcançaram a subida
à II
Liga.
Em termos de II
Liga, o histórico
clube do Barreiro participou na edição inaugural, em 1990-91, tendo lá
voltado em 2005-06. Em ambas as vezes a despromoção foi o desfecho. No total, os
camarros
somaram 12 vitórias, 24 empates, 36 derrotas e um saldo de 57-117 em golos em
72 jogos no segundo
escalão.
Vale por isso a pena recordar os
dez jogadores com mais jogos pelo Barreirense na
II
Liga.
Guadalupe competiu no Campeonato de Portugal em 2017-18
Fundado oficialmente a 7 de abril
de 1955, o Sporting Clube de Guadalupe nasceu com a designação Clube Central
Recreativo e Desportivo Sporting Clube de Guadalupe, por naquela altura ser sede
da Filarmónica União Progresso de Guadalupe, que, entretanto, se mudou para o
edifício da Casa do Povo de Guadalupe, a poucos metros de distância.
Depois de uma primeira
participação na III Divisão Nacional em 2011-12, os leões da Graciosa
regressaram aos campeonatos da Federação Portuguesa de Futebol em 2017-18,
quando competiram no Campeonato
de Portugal. Em ambas as ocasiões o emblema insular foi despromovido.
Campeão açoriano em 2016-17, o
clube verde e branco contabiliza ainda sete participações na Taça
de Portugal, mas nunca foi além da 2.ª eliminatória.
Vale por isso a pena conferir a
lista dos dez futebolistas com mais jogos pelo Guadalupe no Campeonato
de Portugal.
Fundado a 4 de abril de 1954, o Futebol
Clube da Maia viveu o melhor período da sua existência entre 1997 e 2006,
quando esteve nove épocas consecutivas na II
Liga, tendo ficado perto da subida à I
Liga em 2000-01, quando terminou o mesmo campeonato com os mesmos 64 pontos
de Vitória
de Setúbal e Varzim, que acabaram por ser promovidos.
Na última jornada dessa temporada,
os nortenhos venciam em casa do Sp. Espinho por 3-2, enquanto o Vitória
de Setúbal empatava em casa com a Naval por 1-1. Mas, nos derradeiros
instantes da partida do Bonfim,
Meyong
marcou o golo da vitória e colocou os sadinos
no primeiro
escalão.
Antes, os maiatos tinham
participado na edição inaugural do segundo
escalão, em 1990-91, mas foram despromovidos logo nessa época. Porém, em
1997 os maiatos regressaram em força, após se terem sagrado campeões nacionais
da II Divisão B.
Paralelamente, o emblema nortenho
atingiu os quartos de final da Taça
de Portugal em 1989-90 e 1996-97.
No entanto, após quase uma década
de bonança, surgiu a tempestade. Após duas despromoções consecutivas, em 2008 o
clube decidiu extinguir a equipa de futebol sénior, quando esta se encontrava na
III Divisão Nacional, e em 2011 desapareceu em definitivo, devido a problemas financeiros.
Contudo, em 2009 já tinha sido
criado o sucessor do Futebol Clube da Maia: o FC Maia Lidador, presentemente a
competir nos distritais da AF
Porto e assim batizado tendo em conta três princípios fundamentais:
praticar futebol, representar a cidade e homenagear Gonçalo Mendes da Maia, “O
Lidador”, a maior figura histórica do município.
Vale por isso a pena conferir a
lista dos dez jogadores com mais jogos pelo Maia na II
Liga.
União de Leiria festejou quatro golos em Alverca em março de 2004
A minha primeira memória de um
jogo entre União
de Leiria e Alverca
remonta precisamente ao último duelo entre ambos os clubes na I
Liga, a 21 de março de 2004. Não assisti ao encontro, mas recordo-me
perfeitamente de ficar algo surpreendido pelo resultado desnivelado e por um
grande golo – tinha a ideia, não sei porquê, que teria sido um pontapé de
bicicleta de Douala,
mas afinal foi uma bomba de Edson –, tendo assistido ao resumo da partida no
saudoso Domingo Desportivo da RTP 1.
Embora os leirienses
fossem presença assídua na primeira metade da tabela nas épocas anteriores e os
ribatejanos
tivessem o estatuto de recém-promovidos, os dois conjuntos partiram para a 27.ª
jornada com os mesmos 29 pontos – mais oito do que as primeiras equipas em zona
de despromoção.