sexta-feira, 30 de maio de 2025

A sombra de Acosta que facilitou ao Sporting a contratação de Jardel. Quem se lembra de Spehar?

Spehar marcou sete golos em 14 jogos pelo Sporting
Possante avançado croata (1,85 m) nascido em Osijek, começou por dar nas vistas no clube local entre 1988 e 1992, o que lhe permitiu inclusivamente ser convocado para o primeiro jogo da seleção da Croácia desde a readmissão na FIFA, em julho de 1992, diante da Austrália.
 
Depois de uma passagem pelo NK Zagreb, atual Dínamo Zagreb, regressou ao Osijek em 1994-95 para se sagrar melhor marcador da liga croata, com 23 golos. No final dessa época também foi eleito o melhor jogador do campeonato por parte do jornal desportivo Sportske novosti.

O lateral bicampeão pelo FC Porto que também passou pelo Sporting. Quem se lembra de Gabriel?

Gabriel somou 20 internacionalizações pela seleção nacional A
Lateral direito inventado por José Maria Pedroto, fez a formação no FC Porto, inicialmente como médio defensivo, mas quando transitou para sénior foi obrigado a ganhar rodagem no Sp. Espinho para não ficar sem jogar.
 
Em 1973-74 ajudou os tigres da Costa Verde a subir à I Divisão e na época seguinte regressou às Antas para se afirmar como titular nos dragões e, posteriormente, como uma presença habitual nas convocatórias da seleção nacional A, pela qual somou 20 internacionalizações.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

Um desceu de divisão e dois partilharam uma caminhada até ao Jamor. Recorde os espanhóis que treinaram o Sp. Braga

Três espanhóis orientaram o Sp. Braga antes de Carlos Vicens
O espanhol Carlos Vicens, ex-adjunto de Pep Guardiola do Manchester City, será o quarto treinador espanhol a orientar o Sp. Braga.
 
Antes de Vicens, que será o primeiro técnico estrangeiro a passar pelo comando técnico dos bracarenses na era António Salvador, sentaram-se no banco arsenalista três compatriotas, com resultados para todos os gostos: um desceu de divisão e dois partilharam uma caminhada até à final da Taça de Portugal.

Neste dia em 1968, o Benfica disputou a sua quinta final da Taça dos Campeões. Recorde a caminhada até Wembley

Bobby Charlton e Coluna trocam galhardetes em Wembley
Depois do bicampeonato europeu (1960-61 e 1961-62) e de duas finais perdidas nos anos seguintes, às mãos de AC Milan (1962-63) e Inter de Milão (1964-65), o Benfica regressou à final da Taça dos Campeões Europeus em 1967-68 para disputar pela quinta vez o jogo de atribuição do troféu.
 
A caminhada até nova final em Wembley – onde os encarnados já haviam estado em 1963 – foi atribulada e contemplou a passagem de três treinadores pelo comando técnico ao longo da campanha: Fernando Riera, Fernando Cabrita e Otto Glória.
 

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Neste dia em 2003, Rui Costa venceu a única Champions sem clubes portugueses

Pela primeira e única vez desde que se chama Liga dos Campeões (1992-93), a prova não contou com a presença de qualquer equipa portuguesa na fase de grupos em 2002-03. Nessa época, o campeão Sporting precisou de jogar a terceira pré-eliminatória, mas foi afastado pelo Inter de Milão. O vice-campeão Boavista também esteve na fase preliminar, mas depois de eliminar os malteses do Hibernians acabou por cair na terceira pré-eliminatória, aos pés dos franceses do Auxerre. Ambos foram recambiados para a então Taça UEFA, que acabou por ser conquistada pelo... FC Porto.

segunda-feira, 26 de maio de 2025

O craque do Brasil campeão mundial de sub-17 que não vingou em Portugal. Quem se lembra de Roncatto?

Evandro Roncatto passou duas temporadas no Belenenses
Grande promessa brasileira, formado no Guarani, deu nas vistas no Campeonato do Mundo de sub-17 de 2003, contribuindo com quatro golos para a conquista do título por parte do BrasilPortugal foi uma das vítimas, numa goleada por 5-0. Os seus desempenhos valeram-lhe ainda o prémio de segundo melhor jogador do torneio, apenas atrás do espanhol Cesc Fàbregas e à frente de outro espanhol, David Silva.
 
Logo a seguir a esse Mundial foi promovido à equipa principal do Guarani, mas nunca se conseguiu destacar, tendo deixado o clube em 2005, ao fim de apenas oito golos em 56 jogos. Pelo meio esteve à experiência no Arsenal em 2004 e virou fenómeno no videojogo Football Manager, graças às boas avaliações que lhe atribuíam.

Neste dia em 2004, o FC Porto de Mourinho venceu a Liga dos Campeões em Gelsenkirchen ao bater o Mónaco


sábado, 24 de maio de 2025

Jesualdo Ferreira: professor, fã de 4x3x3 e único treinador português tricampeão nacional

Jesualdo Ferreira viveu o ponto alto da carreira no FC Porto
Mais do que um treinador: um professor.
 
Um professor no sentido literal, porque se licenciou em Educação Física pelo Instituto Superior de Educação Física (ISEF) e lecionou no mesmo estabelecimento de ensino, onde esteve na génese da criação da cadeira de futebol e do gabinete de futebol.
 
Mas um professor também no sentido mais figurativo, pela forma como muitos jogadores lhe atribuem ensinamentos cruciais para a evolução deles. “Foi o Jesualdo Ferreira, no FC Porto, que me ensinou aquilo que um avançado deve fazer e, sobretudo, que me corrigiu”, afirmou, por exemplo, Radamel Falcao à France Football em março de 2019. “Jesualdo Ferreira, um velho rabugento português, que tive três anos no FC Porto. Ensinou-me detalhes do jogo, um passe, uma receção orientada...Foi o que mais me marcou”, afirmou por sua vez Lisandro López em 2017, em entrevista ao jornal argentino Clarín.

sexta-feira, 23 de maio de 2025

O único jogador (duplamente) campeão pelos três grandes de Portugal. Quem se lembra de Eurico Gomes?

Eurico Gomes brilhou nas defesas de Benfica, Sporting e FC Porto
Transmontano nascido em Santa Marta de Penaguião, foi viver para a Grande Lisboa ainda em tenra idade. Aos 14 anos começou a trabalhar como aprendiz de mecânico numa oficina de automóveis na Póvoa de Santo Adrião, concelho de Odivelas, enquanto jogava futebol num emblema local, o Várzea, ao serviço do qual captou a atenção de Mário Coluna, que o quis levar para o Benfica. Eurico recusou, uma vez que passaria a ganhar cinco vezes menos do que na oficina, e foi jogar de graça para o Odivelas.
 
Contudo, as águias voltaram à carga e levaram-no em 1970, numa altura em que ainda atuava como médio. Foi nas camadas jovens dos encarnados que recuou para o centro da defesa e chegou às seleções jovens, tendo feito a estreia por uma equipa das quinas, no caso a de sub-18, em março de 1974.

O herói do Beira-Mar no Jamor e um dos melhores não internacionais A das últimas décadas. Quem se lembra de Ricardo Sousa?

Ricardo Sousa amealhou 89 jogos e 31 golos pelo Beira-Mar
Filho do antigo médio internacional português António Sousa, seguiu as pisadas do pai na profissão, na posição e em três dos clubes que representou: Sanjoanense, Beira-Mar e FC Porto. Não chegou a jogar pela seleção principal, mas foi protagonista numa final da Taça de Portugal e é certamente um dos melhores jogadores portugueses das últimas décadas sem internacionalizações pelos AA.
 
Nascido em São João da Madeira a 11 de janeiro de 1979, numa altura em que o pai se afirmava no clube de Aveiro pouco tempo antes de se mudar para as Antas, começou a jogar futebol ainda em tenra idade nas camadas jovens da Sanjoanense, que o catapultou, inclusivamente para as seleções jovens de Portugal em 1995, quando se estreou pelos sub-16.

Neste dia em 2001, o Valencia jogou a segunda final da Champions consecutiva mas caiu nos penáltis aos pés do Bayern

Olivier Kahn protagonista na final de San Siro, em 2000/01
Não é propriamente a final da Liga dos Campeões mais recordada pelos adeptos de futebol, mas foi a primeira a que assisti, numa época em que eu ainda tinha pouca noção do significado desta competição e em que conhecia pouco do futebol internacional.

Recordo-me que assisti ao jogo através da transmissão televisiva da RTP 1 e dos nomes dos marcadores dos golos em tempo regulamentar (Mendieta e Effenberg) e dos guarda-redes (Cañizares e Kahn), que também viriam a ser protagonistas.

quinta-feira, 22 de maio de 2025

O filho de peixe que soube nadar, trocou o Benfica pelo FC Porto e vice-versa. Quem se lembra de Rui Águas?

Rui Águas brilhou de dragão e águia ao peito
Filho da antiga glória benfiquista José Águas, começou a jogar futebol nas camadas jovens do Benfica, mas em 1974 deixou o clube em que o pai se celebrizou e teve que penar muito para lá voltar, tendo passado pela formação do CAC da Pontinha e do Sporting, assim como pelos seniores de Sesimbra, Atlético e Portimonense.
 
Percorreu todas as divisões nacionais, desde a terceira à primeira, tendo feito a estreia no patamar maior do futebol português ao serviço dos alvinegros de Portimão em 1983-84. Na temporada seguinte, marcada pelo apuramento dos algarvios para a Taça UEFA, afirmou-se ao ponto de ter somado duas internacionalizações pelos sub-21 e o primeiro de 31 jogos pela seleção nacional A, estreando-se na reta final de uma derrota em Itália (0-2) em abril de 1985.

Recorde aqui grandes jogos da UEFA Champions League

O troféu mais desejado da Europa
Vitórias inesperadas, triunfos inéditos, reviravoltas épicas, jogos marcados por grandes golos, goleadas que não estavam no programa, duelos renhidos entre titãs e muito mais. Tem sido essa a toada da mais prestigiada e elitista competição do velho continente, a Liga dos Campeões.
 
Recorde aqui alguns dos grandes jogos da história da prova.
 

Recorde aqui grandes jogos da I Liga portuguesa

O troféu de campeão da I Liga portuguesa
Vitórias inesperadas, triunfos inéditos, reviravoltas épicas, jogos marcados por grandes golos, goleadas que não estavam no programa, duelos renhidos entre titãs, partidas que deram títulos e muito mais. Tem sido assim ao longo de cerca de nove décadas na I Liga portuguesa.
 
Recorde aqui alguns dos grandes jogos da história da prova.
 

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Francisco Stromp, um dos fundadores e a primeira grande figura do Sporting

Francisco Stromp jogou pelo Sporting entre 1908 e 1924
A primeira figura emblemática da história do Sporting. Foi um dos fundadores, jogador, capitão, treinador e, claro, campeão.
 
Filho de um médico, Francisco dos Reis Stromp nasceu a 21 de maio de 1982, no Largo do Intendente, em Lisboa, e foi um de seis. Adoeceu aos três anos, o que levou colegas de profissão do pai a aconselhar a família a sair de Lisboa, para respirar um ar mais puro, o que levou a uma mudança para o Lumiar, que na altura ficava fora da cidade.
 
Foi nessa zona que conheceu José Alvalade. Ambos dissidentes do Campo Grande Football Club, juntaram-se para fundar um novo clube em 1906, o Sporting Clube de Portugal.

Neste dia em 2003, o FC Porto de Mourinho venceu a Taça UEFA. Recorde a caminhada até à final de Sevilha

FC Porto levantou o troféu após final emocionante em Sevilha
Não foi a primeira conquista europeia do FC Porto e também não foi a última. Em termos de prestígio da competição também não foi a mais importante. Mas, para muitos, foi a mais marcante, pelo autoritarismo como os homens de José Mourinho superaram alguns adversários e pela forma épica como bateram outros.
 
Tudo começou a 26 de janeiro de 2002, dia do 39.º aniversário do treinador setubalense e também da sua estreia ao leme dos dragões. O jovem técnico pegou na equipa azul e branca em quinto lugar e conseguiu guiá-la ao terceiro posto, o último de acesso à Taça UEFA – o Benfica foi quarto classificado e, por isso, ficou fora das provas europeias em 2002-03.

terça-feira, 20 de maio de 2025

O mais jovem jogador a marcar pelo Sporting nas provas europeias. Quem se lembra de Litos?

Litos esteve no Sporting entre 1982 e 1992
O seu nome é Luís Filipe Vieira Carvalha, mas todos no futebol o conhecem por Litos. Natural de São João da Madeira, começou a jogar à bola na Sanjoanense, de onde saiu para o Sporting ainda com idade de iniciado, em 1982, tornando-se rapidamente numa presença habitual nas convocatórias das seleções jovens.
 
Ainda com idade de júnior, foi integrado no plantel principal dos leões pelo galês John Toshack em 1984-85 e logo nessa época se afirmou como um habitual titular, tendo atuado em 36 encontros (25 como titular) e apontado nove golos, destacando-se como um médio dotado de grande qualidade técnica.

Dos 9-0 em Vila do Conde à valsa de Viena. Recorde a caminhada do FC Porto rumo ao primeiro título europeu

FC Porto sagrou-se campeão europeu pela primeira vez em 1986-87
A caminhada do FC Porto rumo ao primeiro título europeu, em 1986-87, coincidiu com um período em que as condições de trabalho não eram as melhores. Tudo porque, por essa altura, o Estádio das Antas sofreu obras de rebaixamento que serviram para aumentar a sua capacidade em 20 mil lugares.
 
Devido a esse condicionamento, os dragões disputaram o jogo da primeira eliminatória da Taça dos Campeões Europeus, diante dos malteses do Rabat Ajax, no Estádio dos Arcos, propriedade do Rio Ave. Nada que incomodasse os homens orientados por Artur Jorge, que golearam por 9-0 em Vila do Conde na primeira-mão, a 17 de setembro de 1986. Fernando Gomes foi autor de um póquer (20, 49, 68 e 83 minutos), André bisou da marca do penálti (59’ e 65’) e Elói (25’), Madjer (54’) e Celso (80’) também faturaram.

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Recorde aqui grandes jogos da Liga Espanhola

O troféu de campeão da Liga Espanhola
Vitórias inesperadas, triunfos inéditos, reviravoltas épicas, jogos marcados por grandes golos, goleadas que não estavam no programa, duelos renhidos entre titãs, partidas que deram títulos e muito mais. Tem sido assim ao longo de quase um século na Liga Espanhola.
 
Recorde aqui alguns dos grandes jogos da história da prova.

O “Zé Gato” que defendeu a baliza do Benfica em 307 jogos. Quem se lembra de José Henrique?

José Henrique defendeu a baliza do Benfica entre 1966 e 1979
Era filho de um homem que na Arrentela tinha como alcunha “Zé da Gata”. E, graças à agilidade felina exibida entre os postes e à coragem patenteada nas saídas da baliza, ficou com uma adaptação do epíteto e tornou-se no “Zé Gato” do Benfica e da seleção.
 
Após começar a jogar futebol nas camadas jovens do Arrentela, José Henrique chegou ao Benfica na primeira época de júnior, em 1959-60, e teve muito que penar até conquistar o seu espaço na equipa principal, onde pontificava Costa Pereira, tendo passado por Amora, Seixal e Atlético antes de regressar à Luz em 1966-67. Porém, foi somente na época seguinte que se afirmou como titular, estatuto que manteve durante cerca de uma década, até à ascensão de Manuel Bento.

Recorde aqui grandes jogos da Taça das Taças

Taça das Taças esteve ativa entre 1960-61 e 1998-99
Vitórias inesperadas, triunfos inéditos, reviravoltas épicas, jogos marcados por grandes golos, goleadas que não estavam no programa, duelos renhidos entre titãs e muito mais. Era esta a toada da já extinta competição de clubes do velho continente que reunia os vencedores das taças nacionais, a Taça dos Vencedores das Taças, e que esteve ativa entre 1960-61 e 1998-99.
 
Recorde aqui alguns dos grandes jogos da história da prova.

sábado, 17 de maio de 2025

Neste dia em 2006, o Barça de Deco venceu a Champions na única presença do Arsenal na final

Deco tenta fugir a Gilberto Silva na final de Paris
Não fiz a coisa por menos. A minha primeira memória de um jogo entre Barcelona e Arsenal é de uma final da Liga dos Campeões, a de 2005-06, a única vez em que os gunners pisaram o palco da principal decisão europeia e a segunda ocasião em que os catalães conquistaram o título continental.
 
Na altura, o Barça de Frank Rijkaard era uma das melhores equipas da Europa, apesar de andar há muito afastado das principais decisões continentais. A estrela da equipa era o grande craque da altura, Ronaldinho Gaúcho, que foi o mais genial e imprevisível futebolista que alguma vez vi – tendo em conta o que aprecio no futebol, é o meu GOAT. Mas havia também um Samuel Eto’o a marcar golos em catadupa, um Deco a viver um grande momento e ainda futebolistas de muito bom nível como Victor Valdés, Rafa Márquez, Carles Puyol, Giovanni van Bronckhorst, Mark van Bommel, Ludovic Giuly, Edmílson, Belletti, Sylvinho, Thiago Motta, Xavi, Iniesta e Henrik Larsson.

sexta-feira, 16 de maio de 2025

“Foi curto, foi bom. Divertimo-nos imenso". Quando Eusébio e Simões se juntaram no União de Tomar

Eusébio (1.ª em cima, à esq.) e Simões (2.º em baixo, à dir.) no União
Foram companheiros de equipa no Benfica entre 1961 e 1975, nos norte-americanos do Boston Minutemen em 1975 e ainda na seleção militar, seleção nacional A e seleção da UEFA. Mas, já muito perto de pendurar as botas, Eusébio da Silva Ferreira e António Simões ainda foram a tempo de jogar juntos novamente ao serviço do União de Tomar na II Divisão Nacional em 1977-78.
 
“Foi curto, foi bom. Divertimo-nos imenso em Tomar. Não subimos à I Divisão, é verdade, só ficámos em quarto lugar, mas a experiência foi de valor acrescentado por tudo e mais alguma coisa, desde o carinho de todos os adeptos, seja em Tomar ou nos jogos fora, até ao profissionalismo dos envolvidos num clube da II Divisão – Zona Centro”, começou por contar António Simões no livro autobiográfico António Simões – As Minhas Memórias (2024), de Rui Miguel Tovar.
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