O autor de um hat trick ao FC Porto que assinou por 8 anos pelo Sporting. Quem se lembra de Ivo Damas?
Ivo Damas somou cinco internacionalizações pelas seleções jovens
Médio natural de Penafiel, saiu
do anonimato diretamente para o estrelado na noite de 14 de janeiro de 1998,
quando apontou um hat trick e fez uma assistência pelo Maia
ao FC
Porto numa eliminatória da Taça
de Portugal imprópria para cardíacos e no qual os dragões
venceram por 5-4 após prolongamento.
Até então, era apenas um médio
que procurava o seu espaço na II
Liga, apesar de já ser na internacional sub-21
por Portugal, depois de ter começado a jogar futebol no Penafiel
e de ter iniciado o percurso como sénior ao serviço do Paredes.
Impressionado pelo feito deste
quase carrasco do FC
Porto, o Sporting
não perdeu tempo, bateu a concorrência aos principais rivais e ofereceu a Ivo
Damas um invulgar contrato de oito anos. O médio reforçou os leões
em março de 1998, menos de dois meses após o hat trick aos azuis
e brancos, e ainda foi a tempo de atuar em oito jogos até ao final da
época, todos como suplente utilizado, numa altura em que o treinador leonino
era Carlos Manuel. Em maio de 1998 representou a seleção
de sub-20 no Torneio de Toulon e nas duas temporadas que se seguiram atuou
somente pela equipa-satélite do Sporting,
o Lourinhanense,
na altura a militar na II Divisão B. Voltou à I
Liga em 2000-01 com a camisola do Alverca,
ainda por empréstimo dos verde
e brancos, mas não foi além de oito jogos (quatro a titular) às ordens de Jesualdo
Ferreira, que o conhecia das seleções jovens. Na época seguinte esteve cedido à
Ovarense,
da II
Liga, e após a desvinculação do Sporting
vestiu as camisolas de Penafiel,
Dragões Sandinenses, Vitória do Pico, Madalena, Lousada, Olympiakos Nicosia
(Chipre) e Vila Meã antes de pendurar as botas em 2010, aos 33 anos. “Orgulho-me
da carreira que tive, lutei por ser e fui. Queria um grande e a seleção
principal, joguei no Sporting
e cheguei aos sub-21.
Podia fazer mais, mas fui desaproveitado.
Na altura do Sporting
o Simão
Sabrosa era meu suplente, correspondi, mas depois tudo mudou, foram incorretos
comigo. Ainda hoje me custa falar disso. O futebol levou-me a várias desilusões
e também foi por isso que me afastei por completo quando acabei, precisava
desse tempo”, afirmou ao Maisfutebol,
em jeito de balanço, em outubro de 2014.
Depois tornou-se comercial no ramo
automóvel e treinador. O último trabalho que teve como técnico foi como adjunto
do Várzea do Douro, de Marco de Canaveses, na Divisão de Honra dos distritais
da AF
Porto, em 2022-23.
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