Fundado a 25 de maio de 1927, o Futebol
Clube do Marco viveu o seu período áureo já no século XXI, quando participou
por cinco vezes na II Liga.
Após viver mergulhado nos
distritais da AF
Porto até ao início da década de 1980 – entre 1941 e 1944 chegou mesmo a
estar inativo -, o emblema de Marco de Canaveses tornou-se presença regular nos
campeonatos nacionais, primeiro na III Divisão, depois na II Divisão B.
Com um crescimento impulsionado
por Avelino Ferreira Torres, empresário, autarca e presidente do clube, o
emblema canavês ascendeu pela primeira vez ao segundo escalão em 2000. Na época
seguinte o Marco alcançou a permanência dentro de campo, mas foi despromovido
na secretaria por ter atrasado a partida da última jornada, com o Rio
Ave, alegadamente devido ao desaparecimento das chaves do autocarro. Porém,
voltou a subir logo a seguir, em 2002, mantendo-se na II Liga por mais quatro
épocas, tendo alcançado o 4.º lugar em 2004-05.
Em 2006 viria a descer à II
Divisão B e um ano depois foi obrigado a encerrar a atividade, ressurgindo em
2009 como Associação Desportiva de Marco de Canaveses 09, mas ainda sem
conseguir sair dos distritais da AF
Porto.
Em cinco temporadas de II Liga, 112
futebolistas jogaram pelo Marco no segundo escalão. Vale por isso a pena
recordar os dez que o fizeram por mais vezes.
10. Sérgio Luís (50 jogos)
Sérgio Luís |
Médio defensivo brasileiro, mas
com quase toda a carreira feita em Portugal, trocou o Sport Recife pelo
Felgueiras no verão de 1993, iniciando aí um percurso de uma década e meia no
futebol luso.
Depois de passagens por
Torreense, novamente Felgueiras, Lixa, Guarda e Atlético, reforçou o Marco no
arranque da época 2000-01, assumindo de imediato um papel importante na equipa,
tendo disputado 27 jogos (24 a titular) e marcado dois golos, a Leça e Sp.
Espinho.
Após a descida administrativa
continuou no clube e foi campeão da II Divisão B – Zona Norte na temporada
seguinte. Em 2002-03 voltou a ser maioritariamente titular, tendo participado
em 22 encontros (19 a titular) e apontado dois golos, frente a Naval e
Ovarense.
Em 2003 deixou o clube, mas
continuou no futebol português, vestindo as camisolas de clubes como Paredes,
Atlético, Juventude Évora, Valpaços e Portel.
9. Emerson (50 jogos)
Emerson Figueiredo |
Disputou 50 jogos tal como Sérgio
Luís, mas esteve em campo durante mais 880 minutos – 4384 contra 3504. Central
brasileiro e canhoto que jogou no Fluminense,
atuou pelo Salgueiros na I Liga e pelo Estrela
da Amadora na II Liga antes de reforçar o Marco no verão de 2003.
Em duas temporadas em Marco de
Canaveses, foi sempre uma das pedras basilares da equipa. Em 2003-04 disputou
26 jogos (todos a titular) e marcou dois golos, a Vitória
de Setúbal e Naval, contribuindo ainda para a caminhada até aos oitavos de
final da Taça
de Portugal.
Na época seguinte, com Jorge
Regadas no comando técnico, participou em 24 encontros (23 a titular) e voltou
a apontar dois golos, a Ovarense e Sp. Espinho, contribuindo para a obtenção de
um honroso quarto lugar.
Depois prosseguiu a carreira em
Portugal ao serviço de Paços
de Ferreira, Santa
Clara e União da Madeira.
Atualmente vive no Porto
e é empresário de futebolistas.
8. Bruno Ferraz (53 jogos)
Bruno Ferraz |
Central de elevada estatura (1,88
m) formado e revelado pelo Penafiel,
chegou à I Liga pelo Nacional
e ainda passou pela Naval antes de reforçar o Marco no verão de 2004.
Logo na primeira época no clube
formou uma dupla sólida com Emerson, tendo disputado 25 jogos (24 a titular) e
marcado dois golos, a Portimonense
e Feirense, contribuindo para a obtenção do quarto lugar, a melhor
classificação de sempre da história do clube. Na época seguinte perdeu o
companheiro de setor e até participou em mais encontros, 28 (27 a titular), mas
não evitou a descida de divisão.
Apesar da despromoção, continuou
no Marco em 2006-07, na II Divisão B, antes de prosseguir a carreira no Freamunde.
7. Barbosa (56 jogos)
António Barbosa |
Médio de características
defensivas formado no FC
Porto ao lado de Jorge Costa, Rui Jorge, Nélson, Bino e Sá
Pinto, representou pela primeira vez o Marco entre 1992 e 1996, então na II
Divisão B, contribuindo para a estabilização do clube nesse patamar
competitivo.
Entretanto passou pelo Leixões e
jogou na I Liga com a camisola do Desp. Chaves antes de regressar a Marco de
Canaveses em 2000-01, para participar na estreia do clube na II Liga. Nessa
época marcada pela despromoção na secretaria disputou 26 jogos (22 a titular) e
marcou um golo, ao Ovarense.
Na temporada seguinte manteve-se
no clube, na II Divisão B, ajudando os marcuenses a voltar à II Liga. De
regresso ao segundo escalão, participou em 28 encontros (27 a titular) em
2002-03.
Depois deixou o clube e prosseguiu
a carreira em formações como Vilanovense, Lixa, Marítimo Graciosa, Candal e
Perosinho.
6. João Filipe (57 jogos)
João Filipe |
Lateral direito formado no Sporting
ao lado de Simão Sabrosa e Marco Caneira, cortou o cordão umbilical com os
leões no verão de 2001, precisamente para se mudar para o Marco.
Logo na primeira temporada ajudou
o emblema canavês a subir à II Liga, seguindo-se quatro anos no segundo escalão,
quase todos marcados por problemas físicos. Em 2002-03 disputou 14 jogos (12 a
titular) e na época seguinte participou em 16 encontros (todos a titular), mas
em 2004-05 ficou todo o campeonato em branco, não tendo sido convocado uma
única vez, devido a lesão. Na quarta e última temporada em Marco de Canaveses
disputou 27 partidas (todas a titular).
Em 2006-07 jogou pelo Maia na II
Divisão B e depois voltou ao Barreiro,
de onde é natural, para representar Barreirense
e Fabril.
5. Rui Gomes (60 jogos)
Rui Gomes |
Ponta de lança nascido em Angola,
mas desde tenra idade radicado no norte do país, reforçou o Marco no verão de
2002 depois de ter adquirido alguma experiência na I Liga com a camisola do Vitória
de Setúbal e na II Liga ao serviço do Penafiel.
Na época de estreia pelos
marcuenses disputou 33 jogos (31 a titular) e marcou nove golos, frente a
Naval, Sp. Covilhã, União da Madeira, Salgueiros (dois), Portimonense,
Rio
Ave, Penafiel
e Felgueiras (dois), contribuindo para uma época tranquilo, que culminou no
13.º lugar.
Na temporada seguinte perdeu gás,
também por força da concorrência de Júlio César e Jurandir. Ainda assim,
participou em 27 encontros (13 a titular) e somou quatro remates certeiros,
diante de Sp. Covilhã, Desp. Chaves, Naval e Feirense, e esteve no percurso até
aos oitavos de final da Taça
de Portugal.
Depois prosseguiu a carreira no
Olivais e Moscavide, tendo conhecido 17 clubes durante a carreira.
4. Ico (60 jogos)
Ico |
Disputou 60 jogos tal como Rui
Gomes, mas esteve em campo durante mais 374 minutos – 4388 contra 4014. Médio
brasileiro de características defensivas, chegou a Marco de Canaveses no verão
de 2003 já depois de ter adquirido alguma experiência na I Liga ao serviço de
Marítimo, Vitória
de Setúbal e Boavista, além de ter jogado por Nacional
e Desp. Aves na II Liga e pela Camacha na II Divisão B.
Em três anos emblema canavês, foi
titular indiscutível nos dois primeiros. Em 2003-04 disputou 25 jogos (23 a
titular) e marcou três golos no campeonato, diante de Santa
Clara, Sp. Covilhã e Feirense, contribuindo ainda para a caminhada até aos
oitavos de final da Taça
de Portugal.
Na época seguinte manteve a
influência, tendo participado em 27 encontros (24 a titular) e apontado dois
golos, ambos na receção ao Gondomar na penúltima jornada, ajudando os
marcuenses a alcançarem a melhor classificação de sempre na II Liga, o quarto
lugar.
Na terceira e última temporada
disputou oito partidas (quatro a titular) e marcou um golo ao Moreirense até ao
início de novembro, mas depois voltou ao Brasil, onde encerrou a carreira de
jogador e iniciou a de treinador.
3. Marquinhos (61 jogos)
Marquinhos |
Extremo madeirense que jogou na
formação do FC
Porto ao lado de Sérgio
Conceição, Hilário e Rui Óscar, reforçou o Marco no arranque da época
2001-02, na II Divisão B, já depois de ter passado por Nacional,
Camacha, Gil
Vicente e Desp. Chaves.
Fundamental para a promoção do
emblema canavês à II Liga, manteve o estatuto para a permanência do clube no
segundo escalão nos dois anos que se seguiram. Em 2002-03 disputou 31 jogos (30
a titular) e marcou três golos, frente a União de Madeira, Naval e Salgueiros.
Na época seguinte participou em
30 encontros (27 a titular) e somou quatro remates certeiros, frente a Sp.
Covilhã, Penafiel,
Desp. Aves e Salgueiros, contribuindo ainda para a caminhada até aos oitavos de
final da Taça
de Portugal.
Embora fosse bastante utilizado,
no verão de 2004 voltou à Madeira para competir durante mais sete anos na II
Divisão B com as camisolas de Ribeira Brava, Pontassolense e Camacha.
2. Filipe Fernandes (64 jogos)
Filipe Fernandes |
Médio de características
defensivas, chegou ao Marco no verão de 2003, depois de ter concluído a
formação e de se ter iniciado no futebol sénior no Benfica Castelo Branco e de se
ter estreado na II Liga com a camisola do Campomaiorense.
A primeira época no emblema
canavês não foi particularmente feliz, tendo apenas disputado sete jogos (cinco
a titular). Em 2004-05 ganhou protagonismo, participando em 28 encontros (24 a
titular) no campeonato, ajudando os marcuenses a alcançarem o quarto lugar, a
melhor classificação de sempre da história do clube. Na terceira e última
temporada foi mais longe a nível individual, tendo marcado presença em 29 partidas
(todas a titular), mas não evitou a despromoção.
Depois da descida de divisão
continuou na II Liga ao serviço do Gil
Vicente, clube que ajudaria a promover à I Liga em 2011.
1. Vitinha (79 jogos)
Vitinha |
Lateral esquerdo formado e revelado
pelo Paços
de Ferreira, chegou pela primeira vez ao Marco em 2000-01, época de estreia
do clube na II Liga, tendo disputado 31 jogos e contribuído dentro de campo
para a permanência, ainda que na secretaria fosse decidida a despromoção do
emblema canavês.
Entretanto voltou aos pacenses e
regressou aos marcuenses em 2003-04, participando em 22 jogos (19 a titular) no
campeonato, além de ter participado na caminhada até aos oitavos de final da Taça
de Portugal.
Na época seguinte esteve em 26
partidas (15 a titular), ajudando o Marco a alcançar o quarto lugar, a melhor
classificação da história do clube.
No verão de 2005 mudou-se para o
Gondomar, ainda na II Liga, e depois prosseguiu a carreira nos campeonatos não
profissionais ao serviço de Ribeirão, Maria da Fonte, Moreirense e Aliados
Lordelo.
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