sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Hoje faz anos um dos pilares do FC Porto campeão europeu em 1987. Quem se lembra do central brasileiro Celso?

Celso somou 99 jogos e 16 golos pelo FC Porto entre 1985 e 1988
Madjer marcou de calcanhar na final, Juary deu o título, Futre passou pelos jogadores do Bayern com uma arrancada maradoniana que merecia golo, Artur Jorge era o homem do leme e Pinto da Costa o presidente que redimensionou o clube, mas houve mais heróis no FC Porto campeão europeu de 1986-87.
 
Um deles foi Celso, um central brasileiro até nem muito alto (1,79 m), mas que era um dos pilares dessa equipa e também um especialista na execução de livres diretos. Cumpriu os 90 minutos da final de Viena, até meio da segunda parte ao lado de Eduardo Luís e a partir de então com o adaptado André como companheiro no eixo defensivo, e esteve na jogada do segundo golo.
 
“Vi o Madjer fora de campo e olhei em volta para ver quem estava livre para receber a bola, mas de repente ele já estava em jogo. Fiz um passe longo, para a linha de fundo e fiquei a assistir ao resto da história, com o Madjer e o amigão Juary”, recordou ao Diário de Notícias em janeiro de 2018.
 
Na caminhada até ao jogo decisivo, marcou três golos que ajudaram os dragões a tocar o céu da Europa. Primeiro na goleada aos malteses do Rabat Ajax (9-0) na primeira ronda, depois na receção aos checoslovacos do Vítkovice (3-0) na segunda eliminatória e por fim na segunda-mão das meias-finais, abrindo o ativo em Kiev no triunfo sobre Dínamo (2-1).
 
O defesa, recrutado ao Bahia em 1985, esteve cinco anos nas Antas, tendo conquistado a titularidade após uma grave lesão de Eurico, mas só jogou até 1988. Além da Taça dos Campeões Europeus, venceu dois campeonatos (1985-86 e 1987-88), uma Supertaça Cândido de Oliveira (1986), uma Taça de Portugal (1987-88). Fazia parte do plantel, mas não esteve nas fichas dos jogos que permitiram erguer a Taça Intercontinental e a Supertaça Europeia em 1987-88.
 
Enquanto jogava no FC Porto, atuou uma vez pela Seleção do Resto do Mundo, ao lado de Diego Maradona e Michel Platini.
 
 
Antes dessa passagem pelo futebol português, dividiu a formação entre Santos e Guarani. No início do seu percurso como sénior venceu títulos estaduais ao serviço de Grêmio Maringá (Paranaense em 1977), Ferroviário (Cearense em 1979), Vasco da Gama (Carioca em 1982), Fortaleza (Cearense em 1982) e Atlético Paranaense (Paranaense em 1983). Paralelamente, foi citado no escândalo da Máfia da Loteria Esportiva, um esquema criminoso de manipulação de resultados do futebol brasileiro que visava favorecia apostadores.
 
Em 1991 regressou ao Brasil, onde encerrou a carreira de jogador e iniciou um percurso modesto como treinador, tendo trabalhado nas camadas jovens do Fortaleza e chegado mesmo a assumir interinamente o comando técnico da equipa principal em 2013. Foi também presidente da Associação de Garantia ao Atleta do Ceará (2011 a 2014). Atualmente é dono de uma padaria no Bairro do Castelão, em Fortaleza.
  


 




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