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França e Inglaterra protagonizaram grande jogo no Euro 2004 |
No primeiro grande torneio a que
assisti, o Euro
2000, fiquei marcado pela conquista de uma França cujos futebolistas passei
a colocar no mais alto pedestal do futebol mundial. Com Zinédine
Zidane à cabeça, havia ainda Thierry Henry, David Trezeguet, Robert Pirès, Patrick
Vieira, Fabien Barthez e Lilian Thuram, uns dos que ainda resistiam na seleção de
2004, comandada por Jacques Santini. Também a Inglaterra de Sven-Göran Eriksson
tinha uma geração fantástica, com David Beckham e alguns dos melhores jogadores
da Premier
League na altura, como Sol Campbell, Ashley Cole, Steven Gerrard, Paul
Scholes, Frank Lampard, Michael Owen, Wayne Rooney e John Terry.
Quando ambas as seleções se
defrontaram na jornada inaugural do Grupo B do Euro 2004, não era propriamente
um exagero falar em final antecipada. Foi por acaso, mas veio mesmo a calhar o
sorteio ter ditado que este jogo se ia realizar no maior estádio do torneio, o
Estádio da Luz.
Embora França tivesse disposto
das melhores ocasiões de golo até então, foi a Inglaterra que abriu o ativo,
aos 38 minutos: livre magistralmente executado por Beckham a partir do corredor
direito e cabeceamento certeiro de Lampard ao primeiro poste. Barthez ficou
pregado ao relvado a ver a bola entrar.
Os gauleses carregaram,
carregaram, mas a seleção dos três leões dispôs de uma grande penalidade a
cerca de 20 minutos do fim, a castigar falta de Mikael Silvestre sobre Rooney.
Na conversão, Barthez defendeu o remate de Beckham.
O 1-0 haveria de resistir até ao
tempo de compensação, quando apareceu o génio de Zidane.
Aos 90+1’, empatou a partir através da execução de um livre direto, com David
James a ficar pregado ao relvado. No minuto seguinte, o então jogador do Real
Madrid fez o segundo golo dos franceses, na execução de um penálti a punir
falta de James sobre Henry.
“Inacreditável reviravolta e um
grande galo. A equipa de Jacques Santini foi às cordas, esteve quase rendida,
mas reanimou-se pelos pés mágicos de Zidane,
de onde saíram os dois golpes fatais no grande rival britânico. Num Estádio da
Luz repleto e em permanente vibração pelo apoio fantástico dos adeptos
(especialmente ingleses), ninguém poderia prever semelhante epílogo. Um
volte-face inesperado até pela resposta que Campbell (grande exibição) e seus
pares foram dando num até aí irrepreensível trabalho defensivo, que quase
eclipsou a dupla Henry-Trezeguet. A seleção comandada por Eriksson soubera
tirar proveito do melhor jogo aéreo – Lampard inaugurou o marcador com um
cabeceamento em resposta ao cruzamento de Beckham, num livre, no primeiro lance
de perigo para Barthez – mas desperdiçou uma grande penalidade que seria
decisiva”, resumiu o jornal O Jogo.
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