sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Tirsense na II Liga

Tirsense sagrou-se campeão da II Liga em 1993-94
Fundado a 5 de janeiro de 1938, o Futebol Clube Tirsense teve várias denominações antes de assumir a atual, tendo somado a primeira de oito presenças na I Divisão em 1967-68. Porém, foi na década de 1990 que teve mais protagonismo, tendo nessa altura alcançado a melhor classificação de sempre da sua história, o 8.º lugar em 1994-95.
 
Um dos clubes mais representativos do concelho de Santo Tirso, a par do Desportivo das Aves, o emblema jesuíta tem no palmarés um título nacional da II Divisão (1969-70) e um da II Liga (1993-94).
 
Em termos de Taça de Portugal, o melhor que conseguiu foi atingir as meias-finais em 1970-71, tendo ainda chegado aos quartos de final em 1969-70, 1989-90 e 1990-91.
 
Depois do período áureo nos anos 1990, o Tirsense sofreu uma queda abrupta até aos distritais da AF Porto, tendo procurado recuperar algum ímpeto na segunda década do século XXI, quando participaram na antiga II Divisão B e agora no Campeonato de Portugal.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo emblema de Santo Tirso na II Liga.
 
 

10. Tozé (34 jogos)

Tozé
Disputou o mesmo número de jogos de Paulo Pires, mas amealhou mais 49 minutos em campo – 3045 contra 2996.
Médio defensivo natural de Matosinhos campeão mundial de sub-20 em 1989, em Riade, na condição de capitão de equipa da jovem seleção nacional, fez a formação e os primeiros anos de sénior no Leixões, de onde se transferiu para o Tirsense durante o verão de 1992.
Na primeira época em Santo Tirso jogou na I Divisão, mas não conseguiu impedir a despromoção.
Já em 1993-94 sagrou-se campeão da II Liga, numa campanha na qual foi utilizado nas 34 jornadas, sempre na condição de titular.
Haveria de permanecer nos jesuítas até ao final da temporada 1995-96, marcada por nova descida de divisão ao segundo escalão.
Após nova despromoção transferiu-se para o Leça.

 

9. José Mota (35 jogos)

José Mota
Lateral direito de baixa estatura (1,65 m) natural de Santo Tirso e formado no Tirsense, transitou para a equipa principal em 1988-89, época marcada pela subida da II Divisão à I Divisão.
Depois de dois anos sem jogar no primeiro escalão, foi utilizado em três encontros (um como titular) na II Liga em 1991-92, dando um pequeno contributo para a promoção ao patamar maior do futebol português.
Na época seguinte não conseguiu impedir nova descida de divisão, mas em 1993-94 atuou em 32 jogos (todos como titular) e marcou um golo à Ovarense na campanha que culminou na conquista do título nacional da II Liga.
Haveria de permanecer nos jesuítas até meados de 1996, mudando-se para o Freamunde após nova despromoção ao segundo escalão.
Após pendurar as botas tornou-se treinador, tendo trabalhado no Tirsense enquanto técnico de guarda-redes entre 2006 e 2012 e posteriormente como treinador dos juniores em 2013-14 e 2016-17.
 
 

8. Dreyffus (41 jogos)

Dreyffus
Extremo brasileiro que passou pela formação do Vasco da Gama, entrou no futebol português em 1986-87 pela porta do Beira-Mar, de onde saiu para o Tirsense durante o verão de 1989.
Depois de dois anos a jogar na I Divisão, em 1991-92 participou em 27 jogos (15 a titular) na II Liga e apontou quatro golos, diante de Benfica Castelo Branco, Vitória de Setúbal, Feirense e União de Leiria, ajudando os jesuítas a regressar ao primeiro escalão.
Após mais uma temporada a competir no patamar maior do futebol português, foi utilizado em 14 partidas (uma a titular) na II Liga e marcou dois golos, frente a Desp. Chaves e Felgueiras, numa campanha que culminou na conquista do título nacional do segundo escalão.
Após mais uma subida de divisão mudou-se para o Vianense.
 
 
 

7. Evandro (44 jogos)

Evandro
Médio brasileiro que entrou no futebol português pela porta do Torreense em 1990-91, proveniente do Joinville, ingressou no Tirsense no verão de 1993.
Na primeira época em Santo Tirso atuou em 20 jogos (todos como titular) e marcou um golo ao Sp. Espinho na II Liga, contribuindo para a conquista do título nacional do segundo escalão.
Em 1994-95 contribuiu para a melhor classificação de sempre dos jesuítas na I Divisão, o 8.º lugar, e depois deu o salto para o Sp. Braga, mas haveria de regressar ao Tirsense em 1996-97 para participar em 24 encontros (todos como titular) na II Liga e apontar três golos, diante de Beira-Mar, Paços de Ferreira e Campomaiorense, não conseguindo impedir a despromoção à II Divisão B.
Após a descida de divisão mudou-se para o Marco.
 
 
 
 

6. Elias (49 jogos)

Elias
Médio natural de Paredes e que concluiu a formação e iniciou o percurso como sénior no Penafiel, passou ainda pelo Estrela da Amadora antes de ingressar no Tirsense no verão de 1991.
Na primeira época em Santo Tirso foi utilizado nos 34 jogos da II Liga, sempre na condição de titular, e marcou dois golos, diante de Ovarense e Olhanense, contribuiu para a promoção à I Divisão.
Depois de não ter conseguido impedir a descida à II Liga em 1992-93, na temporada que se seguiu participou em 15 encontros (oito como titular) e marcou um golo ao Portimonense no segundo escalão, ajudando os jesuítas a vencer o campeonato.
Após nova subida de divisão regressou ao Penafiel.
 
 

5. Jorge (52 jogos)

Jorge Silva
Defesa nascido em Paços de Ferreira, iniciou a carreira no clube local, tendo cortado o cordão umbilical em 1987, precisamente quando se mudou para o Tirsense.
Na segunda época em Santo Tirso contribuiu para a promoção à I Divisão, patamar em que competiu entre 1989 e 1991, mostrando-se impotente para evitar a despromoção à II Liga em 1990-91, uma temporada em que o emblema de Santo Tirso chegou aos quartos de final da Taça de Portugal pela segunda vez consecutiva.
Em 1991-92 disputou 31 jogos (27 a titular) no segundo escalão, contribuindo para a subida ao patamar maior do futebol português.
Na época que se seguiu não conseguiu impedir mais uma descida de divisão e em 1993-94 atuou em 21 encontros (19 a titular) e marcou um golo ao Rio Ave na II Liga, contribuindo para a conquista do título de campeão do segundo escalão.
Seguiram-se mais dois anos nos jesuítas, ambos na I Divisão.  Se em 1994-95 contribuiu para a obtenção da melhor classificação da história do clube, o 8.º lugar, na época seguinte voltou a mostrar-se impotente para evitar a descida de divisão.
 
 

4. Cabral (53 jogos)

Cabral
Lateral esquerdo nascido no Porto, internacional jovem português e com formação dividida entre Boavista e FC Porto, representou os seniores de Famalicão e Gil Vicente antes de assinar pelo Tirsense no verão de 1991.
Na primeira época ao serviço dos jesuítas foi utilizado em 30 encontros (todos como titular) e marcou um golo à Ovarense na II Liga, contribuindo para a promoção à I Divisão.
Na temporada seguinte não conseguiu impedir a descida à II Liga e em 1993-94 participou em 23 jogos (22 a titular) e marcou um golo ao Felgueiras numa campanha marcada pela conquista do título nacional do segundo escalão.
No verão de 1995, após contribuir para a obtenção da melhor classificação da história do clube no patamar maior do futebol português, o 8.º lugar, mudou-se para o Marítimo.
 
 

3. Caetano (63 jogos)

Caetano
Extremo de baixa estatura (1,62 m) natural de Penafiel e formado no clube da terra e no FC Porto, jogou quatro épocas na equipa principal dos durienses e uma na dos dragões antes de ingressar no Tirsense durante o verão de 1990.
Na primeira época ao serviço dos jesuítas não conseguiu impedir a despromoção à II Liga, patamar no qual em 1991-92 disputou 30 jogos (todos como titular) e apontou cinco golos, diante de Ovarense (dois), Estrela da Amadora, Olhanense e Vitória de Setúbal, ajudando a equipa a subir de divisão.
Em 1992-93 voltou à I Divisão e a descer à II Liga, tendo na temporada seguinte participado em 33 partidas (todas como titular) e somado dez remates certeiros, frente a Penafiel, Campomaiorense (dois), Desp. Aves, Académica, Ovarense, Portimonense (dois), Académico de Viseu e Leixões, contribuindo para a conquista do título nacional do segundo escalão.
Seguiram-se duas épocas bem-sucedidas na I Divisão, que lhe permitiu inclusivamente se tornar internacional A por Portugal (por duas vezes, ambas em janeiro de 1995). Se em 1994-95 contribuiu para a obtenção da melhor classificação da história do clube, o 8.º lugar, na temporada seguinte voltou a mostrar-se impotente para evitar a descida de divisão.
No verão de 1996 transferiu-se para o Sp. Espinho, clube em que encerrou a carreira.
 
 

2. Rui Manuel (83 jogos)

Rui Manuel
Médio natural de Gondomar, foi subindo a pulso na carreira, desde os distritais da AF Porto à I Divisão, tendo passado por clubes como Gondomar, Desportivo das AvesPenafiel e Sp. Braga antes de ingressar no Tirsense durante o verão de 1991, aos 29 anos.
Na primeira época em Santo Tirso atuou em 21 jogos (20 a titular) e marcou um golo ao Leixões na II Liga, ajudando a equipa a subir de divisão.
Em 1992-93 não conseguiu impedir a despromoção ao segundo escalão, patamar no qual temporada seguinte foi utilizado em 32 encontros (todos como titular) e somou oito remates certeiros, diante de União de Leiria, Nacional, Portimonense, Leixões, Desp. Chaves, Torreense, Académico de Viseu e Académica, contribuindo para a conquista do título de campeão.
Seguiram-se dois anos na I Divisão nos quais viveu o céu e o inferno: se em 1994-95 contribuiu para a obtenção da melhor classificação da história do clube, o 8.º lugar, na época seguinte voltou a mostrar-se impotente para evitar a descida de divisão.
De regresso à II Liga, em 1996-97, disputou 30 jogos (29 a titular) numa campanha que culminou na despromoção à II Divisão B.
Após nova descida de divisão permaneceu no clube durante mais quatro anos, até 2001, tendo vivenciado as descidas à III Divisão em 1998 e aos distritais da AF Porto em 1999, assim como a subida à III Divisão em 2000.
 
 
 

1. Batista (90 jogos)

Batista
Defesa central internacional brasileiro, entrou no futebol português precisamente pela porta do Tirsense, no verão de 1991, numa altura em que já tinha 30 anos e para jogar na II Liga.
Na primeira época em Santo Tirso foi utilizado em 30 partidas (todas como titular), contribuindo para a subida à I Divisão.
Em 1992-93 não conseguiu impedir a descida à II Liga, patamar no qual na temporada que se seguiu participou em 32 encontros (todos como titular) e apontou dois golos, diante de Desp. Aves e Desp. Chaves, ajudando os jesuítas a conquistar o título de campeão do segundo escalão.
para a obtenção da melhor classificação da história do clube, o 8.º lugar, na época seguinte voltou a mostrar-se impotente para evitar a descida de divisão.
De regresso à II Liga, em 1996-97, disputou 28 jogos (todos como titular) e marcou um golo ao Académico de Viseu, despedindo-se do clube e da carreira de futebolista com a despromoção à II Divisão B.
 
 



 







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