Dez jogadores que ficaram na história do Olhanense |
Fundado a 27 de abril de 1912 por
um grupo de jovens apaixonados por futebol, o Sporting
Clube Olhanense viveu o maior momento da sua história em 1923-24, quando
venceu o Campeonato de Portugal, conquistando o título mais importante do país
na altura ainda antes do Benfica.
No palmarés constam ainda 20
presenças na I
Divisão, tendo obtido a sua melhor classificação de sempre em 1945-46, o
quarto lugar, à frente do FC
Porto. Um ano antes esteve na final da Taça
de Portugal, tendo perdido para o Sporting
com um golo ao cair do pano, da autoria de Jesus Correia.
Ao longo da história o Olhanense
tem revelado uma capacidade incrível para renascer das cinzas. Depois de uma
década completa entre a elite,
entre 1941-42 e 1950-51, voltou ao patamar
maior do futebol português nas décadas de 1960 e 1970 e também já no século
XXI.
Paralelamente, também participou
na II Divisão, na III Divisão, na II Divisão B, na II
Liga e no Campeonato
de Portugal. Em termos de II B somou 13 presenças, tendo vencido o
campeonato da Zona Sul na edição inaugural, em 1990-91, e em 2004-05.
Vale por isso a pena recordar os
dez com mais jogos pelos algarvios
na II Divisão B.
10. Paulo Russo (94 jogos)
No verão de 1993 regressou ao emblema
rubro negro, mas não se impôs como titular, tendo apenas sido titular em 17
dos 36 encontros que disputou na II Divisão B ao longo de duas épocas e
apontado dois golos. Em 1993-94 integrou a equipa que esteve perto da subida à II
Liga.
Em 1995-96 representou o Silves,
mas na época seguinte voltou ao Olhanense
para se fixar no onze inicial durante mais uma estadia de dois anos, tendo
amealhado 58 partidas (48 a titular) e apontado quatro golos na II B entre 1996
e 1998.
No verão de 1998 transferiu-se
para o Louletano
na companhia de Gomes.
9. Miguel Teixeira (108 jogos)
Miguel Teixeira |
Defesa
central portuense de baixa estatura (1,77 m) e formado no FC Porto ao lado de Sérgio Conceição,
Rui Jorge, Bino, Sá Pinto e Tulipa,
trocou a Invicta por Olhão quando subiu a sénior.
Em
três épocas no Olhanense, entre 1992 e
1995, acumulou um total de 81 encontros (76 a titular) e um golo na II Divisão
B, tendo ficado perto de subir à II Liga em 1993-94.
Valorizado
pelo percurso no emblema algarvio,
deu o salto para o Salgueiros, então na I Liga. No entanto, voltou ao Estádio José Arcanjo
no verão de 2003 depois de passagens por Felgueiras e União da Madeira.
Na
época de regresso aos rubro negros disputou 27
jogos (26 a titular) na II B e contribuiu para a promoção à II Liga, patamar em que competiu pelo Olhanense em 2004-05.
No
verão de 2005 transferiu-se para o Portosantense na companhia de Edinho e
Glaedson.
Em
2012-13 voltou a Olhão como treinador adjunto de Bruno Saraiva.
8. Ricardo (118 jogos)
Ricardo Viegas |
Avançado natural da Fuzeta, no
concelho de Olhão,
passou pelos juvenis do Benfica
e pelos seniores de Farense,
Lusitano
VRSA, Quarteirense
e Juventude
Évora antes de ingressar no Olhanense
no verão de 1990.
Na primeira temporada no Estádio
José Arcanjo disputou 33 jogos (26 a titular) e apontou sete golos que
contribuíram para a subida à II
Liga.
A estreia no segundo escalão
culminou em despromoção à II Divisão B, patamar em que atuou em 85 encontros
(74 a titular) e apontou 17 golos entre 1992 e 1995, tendo ficado perto de nova
promoção à II
Liga em 1993-94.
No verão de 1995 mudou-se para o Quarteirense
na companhia de Paulo Renato.
7. Có (119 jogos)
Có |
Extremo esquerdo guineense
que despontou no Sacavenense
e passou ainda por Olivais e Moscavide e Fafe,
reforçou o Olhanense
no verão de 1992.
Em quatro temporadas no José
Arcanjo, entre 1992 e 1996, amealhou um total de 119 jogos (112 a titular)
e 15 golos na II Divisão B, tendo ficado perto da subida à II
Liga em 1993-94 e contribuído para a caminhada até aos quartos de final da Taça
de Portugal em 1995-96.
No final da última época em Olhão
tornou-se internacional AA pela Guiné-Bissau
e transferiu-se para o União
de Montemor.
6. Branquinho (124 jogos)
Quando subiu a sénior passou por
clubes como Santa
Iria, O
Elvas, Campomaiorense, Alverca
e Vilafranquense
antes de ingressar no Olhanense
em 2000-01, época em que foi um dos destaques da equipa ao apontar oito golos
em 37 jogos (30 a titular) na II Divisão B.
Valorizado pela boa campanha, deu
o salto para o Rio
Ave no verão de 2001, mas passado meio ano voltou ao Estádio
José Arcanjo e voltou a assumir o papel de uma das figuras da equipa. Entre
março de 2002 e maio de 2004 amealhou um total de 87 encontros (79 a titular) e
nove golos na II B, tendo contribuído para a promoção à II
Liga em 2004.
Após a subida de divisão
permaneceu no clube por mais quatro anos, tendo estado emprestado ao Atlético
em 2007-08 e dado uma pequena ajuda para a promoção à I
Liga na temporada que se seguiu.
No verão de 2009 transferiu-se
para o Fátima.
5. Zé Maria (131 jogos)
Zé Maria |
Extremo esquerdo brasileiro, entrou
no futebol português no verão de 2002 pela porta do Paços
de Ferreira, tendo passado ainda por Ovarense,
Marco,
Sp.
Covilhã e Naval antes de reforçar o Olhanense
no início da época 1999-00.
Em quatro temporadas no Estádio
José Arcanjo amealhou um total de 131 encontros (119 a titular) e 14 golos
na II Divisão B.
No verão de 2003 deixou Olhão,
mas permaneceu no Algarve
para representar o Imortal
e depois o Farense.
4. Hélder (161 jogos)
Hélder Rocha |
Defesa central nascido em Angola,
fez toda a carreira no futebol
algarvio. No Olhanense
concluiu a formação e iniciou o trajeto no futebol sénior em 1983-84, na II
Divisão Nacional, tendo depois passado por clubes como Índia Olhanense,
Marítimo Olhanense, Lusitano
VRSA e Quarteirense
antes de voltar ao Estádio
José Arcanjo no verão de 1994.
Em duas épocas em Olhão
acumulou um total de 60 jogos (todos a titular) e apontou cinco golos na II
Divisão B, tendo contribuído para a caminhada até aos quartos de final da Taça
de Portugal em 1995-96.
No verão de 1996 mudou-se para o Portimonense,
mas dois anos depois regressou ao emblema
rubro negro para mais quatro temporadas na II B, nas quais amealhou 101
encontros (100 a titular) e apontou três golos. Em 2001-02, quando já tinha
anunciado encerrado a carreira de futebolista e iniciado a de treinador, tendo
desempenhado as funções de técnico adjunto e interinamente de treinador
principal, voltou a ser inscrito como jogador e participou mesmo em alguns
jogos.
Em 2002-03 voltou a assumir
interinamente o comando técnico da equipa principal e ao longo da década e meia
que se seguiu trabalhou por várias vezes como adjunto dos seniores (auxiliando Álvaro
Magalhães, Jorge Costa, Daúto Faquirá e Sérgio
Conceição, entre outros) e como técnico principal dos juniores do Olhanense.
3. Bila (162 jogos)
Entretanto voltou ao Imortal
e passou ainda por Alcains
e Nacional
antes de regressar a Olhão
no verão de 1995. Seguiram-se mais dúzia de anos no Estádio
José Arcanjo, sempre a competir na II Divisão B, patamar em que disputou
162 jogos (150 a titular) e marcou um golo entre 1995 e 2001. Paralelamente, assumiu
o estatuto de capitão de equipa e contribuiu para a caminhada até aos quartos
de final da Taça
de Portugal em 1995-96.
No verão de 2001 transferiu-se
para o Quarteirense.
2. Bruno Veríssimo (181 jogos)
A história de amor entre o
guardião natural de Tavira e os leões
de Olhão começou a ser escrita em 1995-96, na II Divisão B, naquela que foi
a sua primeira passagem pelo clube, tendo amealhado um total de 117 jogos (116
a titular) e 130 golos sofridos até ao final da época 1998-99, tendo
contribuído para a caminhada até aos quartos de final da Taça
de Portugal logo na temporada de estreia.
Entretanto passou por Torre de
Moncorvo, Marco
e Seixal
antes de voltar ao José
Arcanjo no verão de 2002 para mais 11 épocas no clube, as primeiras duas na
II B, patamar em que atuou em 64 encontros e sofreu 63 golos, ajudando os rubro
negros a subir à II
Liga em 2003-04.
No segundo escalão manteve o
estatuto de titular, mas após a promoção I
Liga viveu na sombra de Ventura, Moretto,
Ricardo Batista, Fabiano e Rafael Bracali, mas ainda assim conseguiu amealhar
dez encontros no patamar
maior do futebol português, tendo pendurado as botas no final da temporada
2012-13.
1. Paulo Renato (228 jogos)
Paulo Renato |
Lateral natural de Olhão
capaz de jogar nos dois corredores e formado no Olhanense,
transitou para a equipa principal em 1988, quando os rubro
negros militavam na II Divisão Nacional.
Em 1990-91 representou o União
de Tomar, mas na época seguinte regressou à casa-mãe para jogar na II
Liga, mostrando-se impotente para evitar a despromoção.
Seguiram-se três anos a competir pelo
emblema do Estádio
José Arcanjo na II Divisão B, patamar em que amealhou 80 jogos (79 a
titular) e apontou três golos entre 1992 e 1995, tendo ficado perto da promoção
à II
Liga em 1993-94.
Entretanto passou por Quarteirense,
Louletano
e Juventude
Évora, tendo regressado ao Olhanense
no verão de 1998 para mais meia dúzia de anos na II B, período em que acumulou
148 partidas (136 a titular) e nove golos, tendo dado um pequeno contributo
para a ansiada subida à II
Liga.
Após a promoção regressou ao Quarteirense.
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