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| António Morais venceu uma Supertaça e uma Taça pelo FC Porto em 1983-84 |
António Morais nasceu em Vila
Nova de Gaia a 30 de dezembro de 1934 e começou o seu trajeto futebolístico
enquanto jogador, tendo integrado o plantel principal do
FC
Porto entre 1952 e 1962. Nesse período sagrou-se campeão nacional em
1958-59 e venceu a
Taça
de Portugal em 1957-58, além de cinco taças da
Associação
de Futebol do Porto (1956-57, 1957-58, 1959-60, 1960-61 e 1961-62). Depois
passou por
Sp.
Braga e
Tirsense,
ajudando os
arsenalistas
a conquistar o título de campeão nacional da II Divisão em 1963-64.
Após pendurar as botas tornou-se
no braço-direito de
José
Maria Pedroto. Juntos guiaram o
FC
Porto à conquista da
Taça
de Portugal em 1967-68, levaram o
Vitória
de Setúbal à melhor classificação da sua história (2.º lugar em 1971-72) e
aos quartos de final da
Taça
UEFA em 1972-73 e 1973-74, venceram duas
Taças
de Portugal ao leme do
Boavista
(1974-75 e 1975-76) e fizeram ressurgir os
dragões
enquanto clube ganhador no final da década de 1970.
No primeiro regresso às
Antas,
entre 1976 e 1980, conquistaram o célebre bicampeonato após 19 anos de jejum
(1977-78 e 1978-79) e uma
Taça
de Portugal (1976-77). Após uma passagem de dois anos pelo
Vitória
de Guimarães, voltaram à Invicta em 1982, já com
Pinto
da Costa na presidência, até que uma doença grave impediu
Pedroto
de trabalhar no decorrer da temporada 1983-84.
Nessa altura, António Morais
assumiu interinamente o comando da equipa – já o tinha feito em abril de 1969
quando o “
mestre”
foi afastado depois de uma polémica que envolveu alguns dos principais
jogadores portistas –, guiou-a à conquista da
Supertaça
Cândido de Oliveira e da
Taça
de Portugal e levou-a à
final
da Taça das Taças, perdida para a Juventus em Basileia, naquela que foi a
primeira grande campanha europeia da história dos
azuis
e brancos.
No final dessa temporada integrou
a comissão técnica, liderada por
Toni
e que incluía também
Fernando Cabrita e
José Augusto, que levou
Portugal
às meias-finais do
Euro 1984.
Esquecido após a retirada
definitiva de
Pedroto,
prosseguiu a carreira a solo noutras paragens. Depois de guiar o
Vitória
de Guimarães ao quarto lugar na
I
Divisão em 1985-86, assegurou a permanência no
Rio
Ave na época que se seguiu e passou pelo comando técnico do
Sporting
na segunda metade da temporada 1987-88, sucedendo ao inglês
Keith
Burkinshaw. Pegou na
equipa
leonina em oitavo lugar, no final da primeira volta, e deixou-a na quarta
posição, conseguindo ganhar pontos a quase todas as equipas durante a segunda metade
do campeonato, mas acabou dispensado pelo recém-empossado presidente Jorge
Gonçalves.
Seguiu-se uma aventura no
Leixões
em 1988-89, deixando a equipa em zona de despromoção já no último terço da
temporada.
Viria a morrer a 1 de julho de
1989, aos 54 anos, na sequência de um brutal acidente de viação.
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