terça-feira, 30 de dezembro de 2025

Hoje faria anos o fiel adjunto de Pedroto que guiou o FC Porto à final da Taça das Taças. Quem se lembra de António Morais?

António Morais venceu uma Supertaça e uma Taça pelo FC Porto em 1983-84
Foi, durante década e meia, o fiel adjunto de José Maria Pedroto, acompanhando-o em quatro clubes entre 1967 e 1983: FC Porto, Vitória de Setúbal, Boavista e Vitória de Guimarães. Mas também escreveu história em nome próprio, tendo guiado os dragões à final da Taça das Taças em 1983-84 e orientado o Sporting em 1987-88.
 
António Morais nasceu em Vila Nova de Gaia a 30 de dezembro de 1934 e começou o seu trajeto futebolístico enquanto jogador, tendo integrado o plantel principal do FC Porto entre 1952 e 1962. Nesse período sagrou-se campeão nacional em 1958-59 e venceu a Taça de Portugal em 1957-58, além de cinco taças da Associação de Futebol do Porto (1956-57, 1957-58, 1959-60, 1960-61 e 1961-62). Depois passou por Sp. Braga e Tirsense, ajudando os arsenalistas a conquistar o título de campeão nacional da II Divisão em 1963-64.
 
Após pendurar as botas tornou-se no braço-direito de José Maria Pedroto. Juntos guiaram o FC Porto à conquista da Taça de Portugal em 1967-68, levaram o Vitória de Setúbal à melhor classificação da sua história (2.º lugar em 1971-72) e aos quartos de final da Taça UEFA em 1972-73 e 1973-74, venceram duas Taças de Portugal ao leme do Boavista (1974-75 e 1975-76) e fizeram ressurgir os dragões enquanto clube ganhador no final da década de 1970.
 
No primeiro regresso às Antas, entre 1976 e 1980, conquistaram o célebre bicampeonato após 19 anos de jejum (1977-78 e 1978-79) e uma Taça de Portugal (1976-77). Após uma passagem de dois anos pelo Vitória de Guimarães, voltaram à Invicta em 1982, já com Pinto da Costa na presidência, até que uma doença grave impediu Pedroto de trabalhar no decorrer da temporada 1983-84.
 
Nessa altura, António Morais assumiu interinamente o comando da equipa – já o tinha feito em abril de 1969 quando o “mestre” foi afastado depois de uma polémica que envolveu alguns dos principais jogadores portistas –, guiou-a à conquista da Supertaça Cândido de Oliveira e da Taça de Portugal e levou-a à final da Taça das Taças, perdida para a Juventus em Basileia, naquela que foi a primeira grande campanha europeia da história dos azuis e brancos.
 
No final dessa temporada integrou a comissão técnica, liderada por Toni e que incluía também Fernando Cabrita e José Augusto, que levou Portugal às meias-finais do Euro 1984.
 
Esquecido após a retirada definitiva de Pedroto, prosseguiu a carreira a solo noutras paragens. Depois de guiar o Vitória de Guimarães ao quarto lugar na I Divisão em 1985-86, assegurou a permanência no Rio Ave na época que se seguiu e passou pelo comando técnico do Sporting na segunda metade da temporada 1987-88, sucedendo ao inglês Keith Burkinshaw. Pegou na equipa leonina em oitavo lugar, no final da primeira volta, e deixou-a na quarta posição, conseguindo ganhar pontos a quase todas as equipas durante a segunda metade do campeonato, mas acabou dispensado pelo recém-empossado presidente Jorge Gonçalves.
 
Seguiu-se uma aventura no Leixões em 1988-89, deixando a equipa em zona de despromoção já no último terço da temporada.
 
Viria a morrer a 1 de julho de 1989, aos 54 anos, na sequência de um brutal acidente de viação.



 
  




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