quarta-feira, 8 de maio de 2024

Hoje faz anos o lixeiro em França que virou campeão pelo Boavista. Quem se lembra de Quevedo?

Quevedo somou 87 jogos e cinco golos pelo Boavista
Era muito raçudo, combativo e resistente. William Quevedo era uma espécie Robocop com um bom pé esquerdo, um lateral/extremo francês que parecia destinado aos campeonatos amadores do seu país, mas que foi a tempo de ajudar o Boavista a escrever a sua página mais bonita, o título nacional conquistado em 2000-01.
 
“Fiz a formação no Montpellier, depois deixei o futebol porque fui para a tropa e quando saí fui jogar futebol numa equipa amadora. Ao mesmo tempo trabalhava para a empresa do presidente desse clube. Era uma empresa de recolha de lixo. Eu fui lixeiro em França e depois campeão de futebol em Portugal. Trabalhava das quatro da manhã à uma da tarde. Tudo mudou quando um agente me viu a jogar na equipa amadora e me fez um convite para apostar no futebol. Por isso é que eu dava o máximo no futebol. Para mim não era trabalho. Eu levantava-me de madrugada para apanhar merda”, contou ao Maisfutebol em julho de 2020.

De Manuel Bento a Deco e Cristiano Ronaldo. A minha coleção de autógrafos

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Felgueiras 1932 no Campeonato de Portugal

Felgueiras competiu no Campeonato de Portugal entre 2013 e 2021
Fundado a 8 de maio de 2006, o Futebol Club de Felgueiras 1932 começou por se chamar Club Académico de Felgueiras e nasceu após a extinção do Futebol Clube de Felgueiras, clube que acabou por incorporar.
 
Se o extinto emblema felgueirense atingiu o ponto mais alto da sua história em 1995-96, quando participou na I Liga, o novo tem feito uma caminhada consistente com o objetivo de chegar às ligas profissionais.
 
Entre 2013-14 e 2020-21 competiu no Campeonato de Portugal, tendo conseguido apurar-se para a fase de promoção à II Liga em 2017-18. Em 2020-21 qualificou-se para a edição inaugural da Liga 3 e, nas duas primeiras épocas da nova competição foi em ambas as ocasiões primeiro classificado da Série A (a mais a norte).
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Felgueiras 1932 no Campeonato de Portugal.

terça-feira, 7 de maio de 2024

“Entre 4 e 6 semanas posso aprender a falar inglês tão bem que qualquer alemão me entende”. As melhores frases de Matthäus

Matthäus somou 150 internacionalizações pela Alemanha
Bola de Ouro em 1990, Lothar Matthäus teve uma carreira longuíssima ao mais alto nível. Para se ter a noção, marcou presença no Euro 1980 e 20 anos depois esteve no Euro 2000 – e pelo meio participou nos Campeonatos da Europa de 1984 e 1988 e nos Mundiais de 1982, 1986, 1990, 1994 e 1998.
 
Foi campeão mundial em 1990, campeão europeu em 1980 e um dos três alemães de um grande Inter, juntamente com Jurgen Klinsmann e Andreas Brehme, tendo ajudado os nerazzurri a conquistar o campeonato italiano em 1988-89 e a Taça UEFA em 1990-91. Pelo Bayern também ganhou muito: uma Taça UEFA, sete campeonatos, três taças, três Taças da Liga e uma Supertaça da Alemanha. Começou como médio e acabou como líbero, mas apresentou sempre um elevadíssimo número de golos: marcou 227 em toda a carreira, em 932 jogos.

Morreu César Luis Menotti, selecionador campeão mundial pela Argentina em 1978. Quem se lembra dele?

Menotti foi selecionador da Argentina entre 1974 e 1982
Antigo jogador e treinador argentino, César Luis Menotti, viveu o ponto alto do seu percurso futebolístico quando se se sagrou campeão mundial em 1978 ao comando técnico da seleção sul-americana.
 
Nascido na cidade de Rosário, em 5 de novembro de 1938, Menotti foi um dos elementos mais destacados do futebol argentino e um dos principais responsáveis pela conquista do primeiro título mundial da seleção albiceleste, em 1978, no campeonato realizado na Argentina.
 
Como futebolista, Menotti jogou na posição de avançado e representou alguns dos mais importantes clubes argentinos, como o Rosário Central, Racing e Boca Juniors, tendo mesmo chegado a ser internacional, mas foi depois de pendurar as botas que conheceu o maior sucesso.

“Não sou obrigado a estar de acordo com o que penso”. O craque chileno que recusou cumprimentar Pinochet

Caszely somou 48 jogos e 29 golos pela seleção chilena
Carlos Caszely foi um dos melhores jogadores chilenos. Foi melhor marcador da Taça Libertadores ao serviço do Colo-Colo em 1973 e eleito melhor jogador da Copa América em 1979, marcou presença em dois Mundiais (1974 e 1982) e jogou em Espanha ao serviço de Levante e Espanyol. Era um avançado baixinho (1,67 m), rápido, tecnicista e goleador, assim como portador de um bigode impecável, ao estilo de Manuel Bento.
 
Por outro lado, foi também o primeiro jogador a ver um cartão vermelho num Campeonato do Mundo (1974) – até então, os futebolistas apenas recebiam ordem de expulsão.

PPV Review - WWE Backlash France (2024)

 
Data: 4 de maio de 2024
Arena: LDLC Arena
Localidade: Décines-Charpieu, Área Metropolitana de Lyon, França
 

segunda-feira, 6 de maio de 2024

Quem se lembra do malogrado Esquerdinha?

Esquerdinha representou o FC Porto entre 1999 e 2001
Chegou como um perfeito desconhecido às Antas em janeiro de 1999, proveniente do Vitória da Bahia, e demorou a conquistar o seu espaço, mas quando o fez, nunca mais perdeu o lugar. Terminou a época do pentacampeonato como titular no lado esquerdo da defesa do FC Porto e manteve o lugar no onze nas duas temporadas que se seguiram, sempre com Fernando Santos.
 
“Estava no Vitória da Bahia e tinha sido tricampeão baiano. Estava a jogar muito bem e fui indicado ao FC Porto por um amigo que tinha jogado lá como central, o Lula. (…) Foi ele que falou de mim ao FC Porto. Eles andavam à procura de um lateral esquerdo e tinham observado muitos no Brasil, como o Serginho ou o Júnior. Mas o Lula indicou-me, até porque nesse ano estava a ser o melhor lateral esquerdo do campeonato brasileiro. Vieram ver-me jogar, gostaram de mim e fizeram a transferência. Graças a Deus não desapontei”, contou Esquerdinha ao Maisfutebol em novembro de 2017, menos de um ano de falecer inesperadamente enquanto jogava futebol com amigos, aos 46 anos.

O craque escocês que treinou o Benfica. Quem se lembra de Graeme Souness?

Souness orientou o Benfica entre novembro de 1997 e maio de 1999
Graeme Souness teve uma carreira fantástica como futebolista, tendo vencido três Taças dos Campeões Europeus e cinco ligas inglesas pelo Liverpool, uma Taça UEFA pelo Tottenham, duas ligas escocesas pelo Rangers e uma Taça de Itália pela Sampdoria. Além disso, marcou presença e três Campeonatos do Mundo ao serviço da Escócia. Jogava no meio-campo e é considerado um dos melhores jogadores de sempre dos reds e da seleção escocesa.
 
Como treinador não teve o mesmo nível de sucesso, mas fez os seus bons trabalhos, tendo conquistado três campeonatos e quatro Taças da Liga pelo Rangers, uma Taça de Inglaterra pelo Liverpool e uma Taça da Liga pelo Blackburn Rovers.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

“Aqui no Flamengo eles fingem que pagam e eu finjo que jogo”. As melhores frases de Vampeta

Vampeta representou o Flamengo em 2001
Vampeta é um dos futebolistas mais amados do Brasil. Em primeiro lugar, fez uma carreira muito razoável: ganhou um Mundial e uma Copa América, somou 39 internacionalizações e representou clubes importantes como PSV, Inter de Milão, Paris Saint-Germain, Fluminense, Corinthians e Flamengo.
 
Além dos dotes futebolísticos, era muito bem-humorado, brincalhão e inconveniente. Esta última faceta levava-o a contar histórias de balneário que não devia. Uma delas atingiu Mário Zagallo, uma das figuras mais importantes do futebol brasileiro, campeão mundial em 1958 e 1962 como jogador, em 1970 como selecionador e em 1994 como coordenador técnico. Em 2001, numa fase em que já era acusado de não estar na posse de todas as faculdades mentais, orientou Vampeta no Flamengo. Anos depois, o médio defensivo recordou esses tempos: “Ele dava a equipa no balneário e começava: ‘Júlio César, Alessandro, Juan, Ayala…’ Então alguém dizia: ‘professor, o nome dele não é Ayala, é Gamarra.’ O Zagallo olhava para o jogador… ‘Ayala, Gamarra, é tudo paraguaio.” 

“Só três pessoas conseguiram calar o Maracanã com 200 mil pessoas lá dentro: Papa, Sinatra e eu”. Recorde o Maracanazo

Ghiggia foi herói do Uruguai e carrasco do Brasil no Mundial 1950
O Brasil é o recordista de títulos mundiais, cinco, mas teve de esperar até ao sexto Campeonato do Mundo, em 1958, para levantar pela primeira vez a taça. Antes disso passou inclusivamente pela humilhação de organizar o torneio e perder o jogo decisivo quando nada o fazia prever, 54 anos antes de Charisteas e a Grécia terem feito os portugueses vivenciarem um sentimento semelhante.
 
Em 1950, o Mundial não teve final. Em vez disso, foi decidido num minitorneio quadrangular. Nos dois primeiros jogos, o Brasil goleou a Suécia (7-1) e a Espanha (6-1). No derradeiro encontro, no Maracanã, um empate diante do Uruguai bastava para assegurar a conquista do troféu, ao passo que o rival sul-americano estava obrigado a ganhar, o que levou cerca de 200 mil pessoas a encher o recinto carioca.

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Um bom ano para os Países Baixos sonharem alto

Países Baixos estão no 7.º lugar do ranking FIFA
Depois de uma travessia no deserto marcada pela ausência no Euro 2016 e no Mundial 2018, os Países Baixos mostraram algum fulgor no Mundial 2022, tendo sido eliminados pela futura campeã Argentina somente no desempate por penáltis. Entretanto, ao núcleo duro dessa seleção tem-se vindo a juntar uma nova geração de talentos. E, quando se dá por isso, observamos que a seleção laranja poderá voltar a mostrar-se em modo mecânica no Euro 2024.
 
Encontrar um dono para a baliza tem sido tarefa difícil, mas ter um titular (Mark Flekken, do Brentford) e um meio titular (Bart Verbruggen, do Brighton) de equipas de Premier League já é um upgrade em relação ao passado recente.

E a Alemanha, Mourinho? Foram só 14 titulares (e 19 utilizados) nas meias-finais da Champions

A Alemanha será a seleção anfitriã do Euro 2024
José Mourinho afirmou esta quarta-feira, à margem das comemorações do 40.º aniversário da primeira participação do Rio Ave (então orientado pelo pai, Félix Mourinho) numa final da Taça de Portugal, que “Portugal, França e Inglaterra são as três seleções mais fortes” que vão estar no Euro 2024.
 
Entendo que França e Inglaterra tenham uma panóplia de jogadores que davam para fazer várias seleções candidatas a chegar longe no torneio, compreendo que Portugal tem hoje uma das suas melhores seleções de sempre e somou dez vitórias em dez jogos na fase de qualificação, mas não consigo conceber que se exclua a Alemanha. Porque é a Alemanha, que mesmo com geração não tão boas é sempre uma candidata à vitória, mas que neste caso tem uma belíssima geração e é, inclusivamente, a seleção anfitriã.

George Best: “Em 1969 larguei as mulheres e o álcool. Foram os piores 20 minutos da minha vida”

George Best era conhecido como "Quinto Beatle"
Considerado um dos jogadores mais dotados de todos os tempos, com técnica apuradíssima, veia goleadora e propensão para a espetacularidade, George Best era tão brilhante com os dois pés como excêntrico fora dos relvados.
 
Estreou-se pelo Manchester United em 1963, ano em que os Beatles atingiram o primeiro lugar do top britânico com o single Please Please Me. A partir daí, este antigo internacional norte-irlandês ganhou e consolidou a alcunha de “Quinto Beatle”. Entre os pontos em comum entre o craque dos red devils e a banda estavam o êxito nas respetivas áreas, a enorme popularidade junto das mulheres e a rebeldia.

terça-feira, 30 de abril de 2024

O “portista” das camadas jovens do Benfica. Quem se lembra de Cândido Costa no FC Porto?

Cândido Costa somou 57 jogos e três golos pelo FC Porto
Portista desde que se lembra, Cândido Costa nasceu em São João da Madeira e começou a jogar futebol no maior clube do seu concelho, a Sanjoanense, mas os bons desempenhos e a preferência clubística sempre o levaram a ter aspirações legítimas de representar o FC Porto.
 
“Houve ali um ano em que se falava que o FC Porto andava a ver a Sanjoanense, andava a ver a equipa. Eu andava com um peito…”, recordou à Tribuna Expresso em março de 2018. No entanto, quem saiu da Sanjoanense com destino às Antas foi um colega de Cândido, Gustavo, o que lhe provocou uma sensação de injustiça.

Quem se lembra de Cândido Costa no Vitória de Setúbal?

Cândido Costa disputou 14 jogos pelo Vitória em 2003
Apenas um salário recebido, uma descida de divisão, dificuldade em agarrar um lugar no onze e zero golos em seis meses. Assim se pode resumir a aventura de Cândido Costa no Vitória de Setúbal, no primeiro semestre de 2003.
 
Internacional sub-21 que vinha de apenas cinco jogos pelo FC Porto na primeira metade da temporada, sentiu que estava a perder o comboio no clube e na seleção, numa altura em que apareciam Ricardo Quaresma e Cristiano Ronaldo, e decidiu, contra a vontade de José Mourinho, deixar as Antas. “Certo dia, no final de um treino, vou ter ao gabinete do mister para ter uma palavrinha com ele. Manda-me entrar e eu disse que estava a jogar pouco, que ele tinha o Capucho, que vinha o Marco Ferreira e que se calhar o melhor era sair. O Mourinho diz algo do género: 'Vais sair e vais jogar para onde?'. Eu digo que o Vitória de Setúbal me quer e ele: 'Espera aí para ver se compreendo: estás a pedir-me para sair do FC Porto, quando eu não te estou a dizer para tu saíres e queres ir para o Vitória de Setúbal?'”, recordou ao zerozero em dezembro de 2023.

PPV Review - AEW Dynasty


Data: 21 de abril de 2024
Arena: Chaifetz Arena
Localidade: St. Louis, Missouri
 

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Crouch: “O que eu seria se não fosse jogador de futebol? Virgem”

Crouch somou 22 golos em 42 jogos por Inglaterra
Peter Crouch não é propriamente um homem muito atraente. Mede 2,01 m e, no auge da carreira, pesava cerca de 80 quilos. Um gigante em altura, mas muito franzino. Só pele e osso. Até a sua locomoção era esquisita, quase robótica.
 
Mas, verdade seja dita, não era propriamente um tosco. Apontou 227 golos ao longo da carreira, foi 42 vezes internacional inglês, esteve em dois Mundiais e representou clubes importantes como Aston Villa, Liverpool ou Tottenham. Entre as mais de duas centenas de remates certeiros que amealhou, alguns foram mesmo gestos acrobáticos muito bonitos.

“Tenho um boneco com a cara do Maradona em casa e todos os dias lhe espeto um alfinete”. O outro lado do Golo do Século

Butcher não conseguiu impedir Maradona de marcar
O Argentina-Inglaterra do Mundial 1986, disputado a 22 de junho desse ano no Estádio Azteca, no México, é um dos jogos mais míticos do futebol mundial. Aos 51 minutos, Diego Maradona adianta a seleção albiceleste com um golo marcado com a mão, que ficou celebrizado como a “Mão de Deus”. Quatro minutos depois, Maradona percorreu 60 metros com a bola controlada, tocou-lhe 12 vezes, passou por seis adversários e aumentou a vantagem para 2-0.
 
Embora tivesse recebido a bola ainda no meio-campo defensivo, onde rodopiou sobre si próprio no início de um balizado que só se haveria de ser concluir na área adversária. Há quem tivesse, em jeito de brincadeira, reclamado méritos, nomeadamente quem passou a bola a El Pibe, o médio Hector Enrique. “Depois daquele passe de qualidade, difícil era o Maradona não fazer golo”, atirou.

“Agradeço aos meus progenitores pela minha carreira, especialmente à minha mãe e ao meu pai”

Altobelli somou 466 jogos e 209 golos pelo Inter
Um dos jogadores mais importantes da história do Inter de Milão e o homem que saltou do banco na final do Mundial 1982 para marcar o terceiro golo da vitória de Itália sobre a Alemanha (3-1), tornando-se assim no primeiro suplente utilizado a marcar numa final de um Campeonato do Mundo.
 
Alessandro Altobelli foi também um dos melhores marcadores do Mundial 1986 (quatro golos) e é ainda hoje o sexto melhor marcador de sempre da squadra azzurra (com os mesmos 25 golos que Adolfo Baloncieri e Filippo Inzaghi). Esteve igualmente nos Campeonatos da Europa de 1980 e 1988.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

“Marcar golos é como fazer amor: toda a gente o faz, mas ninguém o faz como eu”. As melhores frases de Di Stéfano

Di Stéfano conquistou cinco títulos europeus
Alfredo Di Stéfano foi um dos melhores futebolistas de todos os tempos, que só não é mais engrandecido porque jogou numa era pré-globalização, não disputou qualquer encontro num Campeonato do Mundo e já tinha quase 30 anos quando foi inventada a Taça dos Campeões Europeus – mas foi a tempo de ganhá-la por cinco vezes (seguidas).
 
Era o ídolo de Eusébio e Bobby Charlton, o que diz muito deste atacante que nasceu argentino, mas tornou-se espanhol. Pela velocidade e pela cor do cabelo, ganhou a alcunha de la saeta rubia [a flecha loira].
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