quinta-feira, 2 de maio de 2024

E a Alemanha, Mourinho? Foram só 14 titulares (e 19 utilizados) nas meias-finais da Champions

A Alemanha será a seleção anfitriã do Euro 2024
José Mourinho afirmou esta quarta-feira, à margem das comemorações do 40.º aniversário da primeira participação do Rio Ave (então orientado pelo pai, Félix Mourinho) numa final da Taça de Portugal, que “Portugal, França e Inglaterra são as três seleções mais fortes” que vão estar no Euro 2024.
 
Entendo que França e Inglaterra tenham uma panóplia de jogadores que davam para fazer várias seleções candidatas a chegar longe no torneio, compreendo que Portugal tem hoje uma das suas melhores seleções de sempre e somou dez vitórias em dez jogos na fase de qualificação, mas não consigo conceber que se exclua a Alemanha. Porque é a Alemanha, que mesmo com geração não tão boas é sempre uma candidata à vitória, mas que neste caso tem uma belíssima geração e é, inclusivamente, a seleção anfitriã.
 
Para se ter a noção, só na primeira-mão das meias-finais da Liga dos Campeões houve 14 jogadores alemães titulares pelas respetivas equipas, o que atesta bem a qualidade à disposição do selecionador Julian Nagelsmann em praticamente todas as posições: O guarda-redes Manuel Neuer (Bayern); os centrais Antonio Rudiger (Real Madrid), Nico Schlotterbeck e Mats Hummels (ambos Borussia Dortmund); o lateral direito Joshua Kimmich (Bayern); os médios centro Leon Goretzka (Bayern), Toni Kroos (Real Madrid) e Emre Can (Dortmund); os médios ofensivos/extremos Thomas Müller, Leroy Sané e Jamal Musiala (todos Bayern), Julian Brandt e Karim Adeyemi (ambos Dortmund); e o ponta de lança Niclas Füllkrug (Dortmund).
 
Houve ainda cinco germânicos suplentes utilizados – não é coisa pouca ser suplente utilizado numa meia-final de Champions –, entre os quais os internacionais A Sèrge Gnabry (Bayern) e Marius Wolf, Felix Nmecha, Marco Reus e Youssoufa Moukoko (todos Dortmund).
 
Provavelmente, teremos de nascer mais dez vezes, como diria Jorge Jesus, para ver 14 titulares ou 19 utilizados portugueses numas meias-finais de Liga dos Campeões.
 
Além dos que estiveram nas meias-finais da Champions, há os campeões pelo ainda invicto em todas as competições Bayer Leverkusen, nomeadamente os habituais titulares Jonathan Tah (central), Robert Andrich (médio centro) e Florian Wirtz (médio ofensivo/extremo).
 
De um Leipzig que cada vez mais se tem vindo a perfilar como uma das 10 ou 15 melhores equipas europeias dá ainda para extrair os laterais Benjamin Henrichs (direito) e David Raum (esquerdo).
 
E há ainda o guarda-redes Marc ter Stegen e o médio Ilkay Gundogan (ambos Barcelona) e o médio ofensivo/avançado Kai Havertz (Arsenal), só para citar os que jogam em clubes mais importantes.
 
Sem forçar muito, sem sequer ter de me socorrer de belíssimos jogadores de equipas médias da Premier League (como Bernd Leno ou Pascal Gross), dos bons valores do sensacional Estugarda ou de futebolistas de emblemas que nos últimos anos até passaram pela Champions, como Eintracht Frankfurt, Hoffenheim, Wolfsburgo, Borussia Mönchengladbach ou Union Berlim, chegamos facilmente a pelo menos duas dezenas de craques. E vão jogar em casa!



 

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