quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Hoje faz anos o brasileiro com potente remate que brilhou no Sporting. Quem se lembra de Rochemback?

Rochemback somou 100 jogos e 14 golos de leão ao peito
“Joga à defesa e ao ataque… Fábio Rochemback”, entoavam as claques do Sporting entre 2003 e 2005, período em que este médio brasileiro mostrou a sua melhor versão de leão ao peito.
 
Possante (1,83 m), dinâmico e dotado de qualidade técnica, visão de jogo e potente remate, este centrocampista de ascendência alemã nasceu a 10 de dezembro de 1981 em Soledade, no estado do Rio Grande do Sul. Começou por jogar futebol no Esporte Clube Missões, da sua cidade-natal, mas depressa captou a atenção dos olheiros de um dos principais clubes gaúchos, o Internacional de Porto Alegre.
 
Nas camadas jovens do colorado destacou-se pelo estilo de execução de livres a fazer lembrar Roberto Carlos e também pela qualidade de drible, estreou-se pela equipa profissional em 1999, ano em que se sagrou vice-campeão gaúcho.
 
 
Com impacto imediato no colorado, destacou-se com 12 golos em 40 jogos, ao ponto de se ter estreado pela seleção brasileira e de ter acertado a transferência para o Barcelona, por um valor a rondar os 9 milhões de euros, em maio de 2001. Acabou por ter um verão agitado nesse ano, com as participações na Taça das Confederações e na Copa América, torneios em que somou todas as sete internacionalizações que tem no currículo – havia sido convocado pela primeira vez para o escrete numa partida na Venezuela a 8 de outubro de 2000, na qualificação para o Mundial 2002, mas não saiu do banco.
 
 
Em Camp Nou nunca foi um titular indiscutível, mas foi bastante utilizado nas duas temporadas que passou na equipa principal dos catalães. Em 2001-02 atuou em 38 jogos (26 a titular) e apontou três golos, ao passo que na época seguinte disputou 30 partidas (12 a titular) e faturou por uma vez. Esteve em encontros importantes como clássicos com o Real Madrid, entre os quais dois nas meias-finais da Liga dos Campeões.
 
 
Ainda assim, acabou por rumar ao Sporting, por empréstimo, no verão de 2003, no âmbito do negócio que levou Ricardo Quaresma para a Catalunha.
 
Em Alvalade teve um impacto imediato, afirmando-se rapidamente como uma das figuras da equipa então orientada por Fernando Santos. Em 2003-04 apontou oito golos e quatro assistências em 25 jogos, um registo que poderia ter sido superior se não fosse a participação no torneio pré-olímpico da CONMEBOL em janeiro e uma grave lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito sofrida em março e que o afastou dos relvados durante meio ano. Para se ter a noção da sua influência no conjunto verde e branco, o Sporting seguia em 2.º lugar no campeonato, com sete pontos de avanço sobre o Benfica e sete de desvantagem para o líder FC Porto, até à lesão de Rochemback, e acabou na terceira posição, a um das águias e a nove dos dragões.
 
 
O regresso aos relvados fez-se no último dia de setembro, já com José Peseiro no comando técnico, e não tardou a recuperar o nível exibido na temporada anterior, tendo fechado a época com cinco golos e onze assistências em 38 jogos. Foi um dos pilares da caminhada até à final da Taça UEFA, tendo marcado na vitória em Roterdão sobre o Feyenoord nos 16 avos de final (2-1) e na goleada ao Newcastle em Alvalade nos quartos de final (4-1).
 
 
 
No início da temporada seguinte transferiu-se para o Middlesbrough, num negócio algo complexo, uma vez que o jogador estava no plantel leonino, mas pertencia ao Barcelona, que por sua vez teria de indemnizar o Sporting caso o médio não cumprisse os três anos de empréstimo em Alvalade. Acabou por ser o emblema inglês a suportar todos os custos, fechando a transferência mesmo no último dia do mercado de verão de 2005.
 
A aventura no Boro foi maioritariamente positiva, tendo atuado em 91 jogos (dos quais 81 a titular) e apontado sete golos no espaço de três anos. Foi importante na caminhada até à final da Taça UEFA em 2005-06, perdida para o Sevilha, marcou numa vitória na receção ao Chelsea de José Mourinho em fevereiro de 2006 (3-0) e faturou de livre direto e assinou duas assistências numa goleada das antigas ao Manchester City em maio de 2008, naquele que foi o seu jogo de despedida (8-1).
 
  
 
No verão de 2008 terminou contrato e decidiu voltar ao Sporting, mas durante o cerca de um ano da sua segunda passagem pelo clube esteve bastantes furos abaixo do nível exibido durante a sua primeira aventura em Alvalade. Começou por ganhar a Supertaça Cândido de Oliveira na partida de reestreia, diante do FC Porto no Algarve (2-0), mas não foi além de um golo e três assistências em 34 jogos entre agosto de 2008 e agosto de 2009.
 
 
Acusado de estar pesado e, numa altura em que estava sem espaço no onze inicial de Paulo Bento, decidiu regressar ao Brasil para representar o grande rival do Internacional, o Grêmio, numa transferência que rendeu 928 mil euros aos cofres leoninos e permitiu aos leões reter 40 por cento do passe do atleta.
 
Em dois anos e meio no tricolor conquistou um campeonato gaúcho (2010), seguindo-se duas temporadas nos chineses do Dalian Aerbin antes de pendurar as botas em 2014, aos 32 anos.
 
 
Desde que encerrou a carreira que tem pautado pela discrição, mas é comum vê-lo a partilhar momentos dos torneios de futevolei em que vai participando no Instagram.



 




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