Cinco treinadores orientaram o Sp. Braga em mais de 130 jogos |
Carlos Carvalhal isolou-se no
domingo, na vitória caseira sobre o Gil
Vicente (2-0) a contar para a 21.ª jornada da I
Liga e que valeu a colagem ao FC
Porto no terceiro lugar do campeonato, como segundo treinador com mais
jogos pelo Sp.
Braga, passando a contabilizar 153 encontros à frente dos bracarenses.
5. Vítor Manuel (132 jogos)
Vítor Manuel |
Figura com grande ligação à Académica,
único clube que representou como jogador e também o único onde havia trabalhado
como treinador, saiu da zona de conforto quando assumiu o comando técnico do Sp.
Braga no final da temporada 1987-88, conseguindo livrar a equipa da
despromoção nas onze jornadas finais do campeonato.
Na primeira época completa no emblema
minhoto alcançou um 7.º lugar na I
Divisão e chegou às meias-finais da Taça
de Portugal, mas na temporada seguinte não foi além da 13.ª posição,
interrompendo depois a ligação ao clube, ao fim de 94 jogos.Voltaria ao comando técnico dos bracarenses em abril de 1992, conseguindo afastar a equipa da zona de despromoção. Ficou para a época seguinte, mas deixou o cargo em março de 1993, com a equipa algo aflita na luta pela permanência, despedindo-se da sua segunda passagem pelos arsenalistas ao depois de 38 partidas.
4. Joseph Szabo (133 jogos)
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Joseph Szabo |
Antigo médio húngaro que tinha
terminado a carreira no FC
Porto, tornou-se num treinador muito bem-sucedido, graças ao seu caráter
disciplinador e extremamente rigoroso.
Enquanto estava ao leme dos dragões,
efetuou um estágio com o Arsenal
em Londres e no início de 1936 assumiu o comando técnico do Sp.
Braga, sendo-lhe atribuída a responsabilidade pela mudança de equipamento
que levou os minhotos
a passar a equipar como os londrinos,
em vez da camisola verde e branca bipartida utilizada até aí. Na altura, orientou
a equipa apenas na II Divisão Nacional e no Campeonato de Portugal,
despedindo-se ao fim de cerca de um ano, com a conquista de um Campeonato de
Braga.Haveria de regressar brevemente à Cidade dos Arcebispos em 1945, depois de um longo período no Sporting e de uma curta passagem pelo Farense, novamente para comandar a equipa na II Divisão.
Depois de ter orientado FC Porto, Olhanense, Portimonense e Oriental, comandou os arsenalistas na I Divisão entre 1950 e 1952.
Após passar por Atlético, novamente Sporting e Caldas, voltou a Braga em 1956-57 para alcançar a subida à I Divisão.
Seguiram-se passagens por Leixões, Torreense e uma vez mais pelo Caldas antes de uma última aventura no comando do Sp. Braga em 1960-61, não conseguindo evitar a descida à II Divisão.
Feitas as contas, amealhou um total de 133 jogos (sem contar com o Campeonato de Braga) ao leme dos bracarenses ao longo de cinco estadias no Minho.
3. Jesualdo Ferreira (152 jogos)
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Jesualdo Ferreira |
O homem que, juntamente com
António Salvador, lançou os alicerces deste Sp.
Braga pujante. Assumiu o comando técnico da equipa em abril de 2003,
perante um real risco de descida de divisão, e conseguiu assegurar a
permanência com seis pontos nas derradeiras seis jornadas.
Depois começou a construir uma
equipa com um misto de jogadores da casa, excedentários dos três grandes e atletas
que se estavam a destacar noutros conjuntos do campeonato, conseguindo
estabelecer os bracarenses
como a quarta potência do futebol nacional e presença assídua na Taça
UEFA.Nunca ficou à frente dos grandes, mas começou a morder-lhes os calcanhares e a liderar a I Liga em fases ainda precoces da prova, tendo obtido um quinto lugar em 2003-04 antes de assumir o posto habitual de quarto classificado em 2004-05 e 2005-06.
Depois de 122 jogos ao leme dos arsenalistas em pouco mais de três anos, mudou-se para o Boavista, mas só fez a pré-época no Bessa, pois foi imediatamente contratado pelo FC Porto para substitui Co Adriaanse.
Haveria de voltar à Pedreira no verão de 2013, já com 67 anos, mas as coisas não lhe correram particularmente bem. Tentou apostar no seu predileto 4x3x3, invertendo o triângulo do meio-campo do 4x2x3x1 dos treinadores anteriores (Domingos Paciência, Leonardo Jardim e José Peseiro), mas acabou por deixar o cargo em fevereiro de 2014, com a equipa em 7.º lugar no campeonato, à 20.ª jornada, e já eliminada da Liga Europa e da Taça da Liga perante adversários teoricamente inferiores, os romenos do Pandurii e o Rio Ave, respetivamente.
1. Manuel Cajuda (231 jogos)
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Manuel Cajuda |
Não chegou a coincidir com
António Salvador, mas é considerado por muitos um dos pais do pujante emblema
que o Sp.
Braga se tornou neste século.
Chegou pela primeira vez ao clube
no verão de 1994, logo a seguir a subir a União
de Leiria à I
Liga – em 1990-91 já havia promovido o Torreense
–, e estabilizou os arsenalistas
na primeira metade da tabela, despedindo-se em 1997 após alcançar um (na altura
fantástico) quarto lugar no campeonato e depois de ter dirigido a equipa em 110
jogos.Após ano e meio no Belenenses regressou à Cidade dos Arcebispos em março de 1999 para voltar a estabilizar os minhotos na primeira metade da I Liga, conseguindo mais um quarto lugar, em 2000-01. Nesta segunda passagem teve ainda um papel determinante na potenciação de jovens como Quim, Luís Filipe, Armando Sá, Ricardo Rocha, Tiago e Fehér, este último por empréstimo do FC Porto. Despediu-se após a temporada 2001-02, ao fim de mais 121 encontros ao leme dos bracarenses.
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