sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

As minhas primeiras memórias de… Miklós Fehér

Fehér viveu em Braga a melhor época da carreira
Desde aquela trágica noite de 25 de janeiro de 2004 que pode parecer suspeito dizer que tive ótimas primeiras impressões de Miklós Fehér e que sempre o tive em muito boa conta como futebolista, pois há a tendência para engradecer a título póstumo, mas é a realidade.

Comecei a acompanhar futebol em meados de 2000 e a primeira época que acompanhei de fio a pavio foi a de 2000/01, precisamente a melhor da carreira do malogrado avançado húngaro. Logo nas primeiras seis jornadas do campeonato, Fehér apontou sete golos pelo Sp. Braga, dois dos quais ao Sporting e um ao Benfica, ou seja, em jogos de elevado grau de mediatismo.


Às ordens de Manuel Cajuda, o então promissor ponta de lança faturou 14 golos nessa edição da I Liga, em 26 encontros realizados. O Boavista, que se sagraria campeão nacional nessa época, também teve de lidar com a veia goleadora do húngaro, que bisou no duelo entre ambas as equipas no Bessa.


Depois de 12 golos na primeira volta, a inspiração de Fehér caiu a pique na segunda metade do campeonato, etapa em que se encontrou apenas por duas vezes com as redes adversárias. Um dos golos foi em Alverca e fechou uma derrota de 1-4 dos bracarenses, conforme se pode ver no vídeo abaixo.


"Trabalhei com ele e para mim é o melhor ponta-de-lança que está em Portugal... embora não tenha trabalhado com os outros. É um bom homem, bom profissional, cumpridor, conquistador, goleador e... procura a fama. Devo-lhe muito a ele e àquela equipa do Braga", afirmou Manuel Cajuda numa altura em que procurava levar Fehér para o Marítimo, em janeiro de 2004, poucas semanas antes da tragédia ocorrida em Guimarães.

Depois dessa época de 2000/01 constatei que Fehér pertencia ao FC Porto, que o tinha emprestado. No entanto, os dragões não aproveitaram o resultado de um grande ano de rodagem competitiva e desenvolvimento. Na altura, quem fosse agenciado por José Veiga no plantel portista estava tramado. E o húngaro acabou por ter o mesmo destino do que João Manuel Pinto um ano antes: uma temporada a marcar passo na equipa B antes de terminar contrato e ficar livre para assinar pelo Benfica. Maniche, em condições semelhantes, fez o percurso inverso na mesma altura.

Após ter estado praticamente toda a época 2001/02 no FC Porto B, o avançado rumou mesmo à Luz, apesar de os azuis e brancos terem exigido uma indemnização de mais de 900 mil euros referente a direitos de formação. Depois de muitos anos de troca de argumentos nos tribunais, as águias foram condenadas a liquidar a verba em fevereiro de 2014.


















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