Promessa adiada como jogador, foi
um extremo promissor que foi internacional jovem português, passou pelos
quadros do
Sporting
e jogou na
I
Liga ao serviço de
Vitória
de Setúbal e
Beira-Mar,
mas é como treinador que tem feito mais sucesso.
Vasco Matos nasceu a 10 de
outubro de 1980, na
Brandoa, no concelho da Amadora, e começou a jogar futebol
nos
Aliados da Brandoa, tendo depressa passado para o maior clube do município,
o
Estrela
da Amadora.
Os muitos golos que marcava
despertaram a cobiça dos maiores clubes lisboetas. O
Benfica
mostrou-se interessado, mas rumou ao
Sporting,
clube do qual o pai era sócio, aos 12 anos.
Em
Alvalade
fez o resto da formação, tendo jogado ao lado de
Ricardo
Quaresma,
Simão
Sabrosa e
Marco Caneira, entre outros, destacando-se ao ponto de ser
chamado às seleções nacionais: somou cinco internacionalizações pelos sub-15
(todas em 1996) e três pelos sub-17 (todas em 1998).
A transição de júnior para sénior
começou por ser feita em 1999-00 no
Lourinhanense,
na altura clube-satélite dos
leões
e a militar na
II Divisão B, e na época seguinte na então recém-formada equipa
B do
Sporting,
também na II B. “Foi uma época de afirmação. Jogávamos no
Estádio
José Alvalade. Sentíamo-nos mais acarinhados. O ambiente é diferente.
Estávamos habituados ao
Sporting,
a viver numa redoma, e depois fomos para o
Lourinhanense.
Estávamos lá muitos, o que atenuava, mas é sempre diferente, por isso foi bom
voltar”, contou o antigo extremo, que em 2000-01 somou seis golos em 33 jogos
pelo
Sporting
B, ao
Maisfutebol.
Seguiu-se um empréstimo ao
Campomaiorense,
então recém-despromovido à
II
Liga, tendo somado 17 jogos entre campeonato e
Taça
de Portugal, naquela que foi a última época do
emblema
alentejano antes de a família Nabeiro decidir extinguir o futebol
profissional.
No verão de 2002 terminou a
ligação ao
Sporting,
após nove anos no clube, e assinou pelo
Vitória
de Setúbal, que lhe permitiu entrar na
I
Liga, mas foi muito pouco utilizado e desceu de divisão em 2002-03: apenas seis encontros
oficiais.
Na época seguinte, Vasco Matos
voltou à
II
Liga pela porta do
Felgueiras,
acabando por fazer grande parte da carreira no
segundo
escalão, no qual representou
Olhanense,
Beira-Mar,
Portimonense
e
Desp.
Aves. Pelo meio ainda jogou pelos
aveirenses
no
patamar
maior do futebol português ao lado de
Mário
Jardel em 2006-07 e teve uma curta passagem pelos romenos do
Rapid Bucareste
nos primeiros meses de 2008. Ao serviço do
conjunto
de Portimão contribuiu para a promoção à
I
Liga em 2009-10.
Na reta final da carreira jogou
no
Campeonato
de Portugal ao serviço de
Benfica
Castelo Branco e nos distritais da
AF
Lisboa com a camisola do
Vilafranquense
antes de pendurar as botas em 2016, aos 35 anos.
Em 2016-17 iniciou a carreira de
treinador como adjunto de Filipe Coelho no
Leixões
e depois no
Vilafranquense.
Na época seguinte assumiu mesmo o cargo de treinador principal do
conjunto
de Vila Franca de Xira.
Em 2019 passou para o comando
técnico do
Alverca,
então no
Campeonato
de Portugal, e viveu o
primeiro
momento de grande mediatismo em outubro desse ano quando eliminou o Sporting na
Taça de Portugal.
Em 2020-21 foi para o
Casa
Pia como adjunto de Filipe Martins até ser convidado para se tornar
treinador do
Santa
Clara no início da temporada 2023-24. Nessa época sagrou-se campeão da
II
Liga e na que se seguiu apurou os
açorianos
para a
Liga Conferência, tendo conseguido bater o
Sporting
em
Alvalade
e empatar com o
FC
Porto no
Dragão
para o campeonato.
É considerado um dos treinadores
mais promissores do futebol português e já rejeitou um convite do
Botafogo.
“Não fui um jogador extraordinário, fui mediano, e acho que vou ser melhor
treinador. Não tenho muitas dúvidas disso”, assegurou em outubro de 2019.
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