Hoje faz anos o guardião sadino que chegou ao FC Porto mas fez carreira nas divisões inferiores. Quem se lembra de Paulo Ribeiro?
Paulo Ribeiro esteve ligado ao Vitória FC entre 1995 e 2005
Guarda-redes natural de Setúbal e
com toda a formação feita no Vitória,
desde cedo que começou a ser convocado para as seleções jovens nacionais. Estreou-se
pelos sub-18, em março de 2002, e somou um total de 33 internacionalizações
distribuídas pelas equipas nacionais de sub-18 (três), sub-19
(12), sub-20 (três), sub-21
(14) e B (uma).
Ainda tinha idade de júnior
quando foi pela primeira vez convocado para um jogo da equipa principal, por
Diamantino Miranda, quando foi suplente de Pedro Espinha numa goleada sofrida
às mãos do Benfica
no Bonfim
(2-6), a 22 de fevereiro de 2003. Cinco meses depois foi o dono da
baliza da seleção
portuguesa de sub-19 finalista vencida no Campeonato da Europa da categoria,
tendo atuado ao lado de jogadores como João Pereira, Filipe
Oliveira, Hugo Almeida e Paulo
Sérgio e participado na final perdida para a Itália
de Giorgio Chiellini, Alberto Aquilani e Giampaolo Pazzini. Em 2003-04 transitou
definitivamente para sénior e fixou-se na equipa principal do Vitória,
então na II
Liga, tendo inclusivamente iniciado a temporada como titular, relegando o
experiente Nuno
Santos para o banco. No entanto, Carlos Carvalhal retirou-lhe a confiança
após uma derrota em Chaves
na quarta jornada (2-3). Na época seguinte, após ter participado
no Torneio de Toulon e já com os sadinos
na I
Liga, fez toda a primeira volta como suplente de Marco
Tábuas e foi aproveitando os jogos da Taça
de Portugal para mostrar serviço. A sua sorte mudou, porém, no
segundo jogo da segunda volta, quando o treinador José
Couceiro viu numa visita ao Sporting,
partida que em que os índices motivacionais estão sempre em alta e os de
pressão em baixa, numa fase em que a equipa estava tranquila na tabela
classificativa, o contexto ideal para lançar Paulo Ribeiro às feras.
O jovem guardião correspondeu,
ajudando a segurar um empate a um golo, e manteve a titularidade por mais seis
encontros, mas os 12 golos sofridos e a ausência de vitórias nesse período levaram
o novo técnico, José Rachão, a preteri-lo a favor do recém-chegado Moretto. Este ziguezaguear entre a
titularidade e o banco de suplentes ou até mesmo a bancada não é anormal na
vida de um jovem guarda-redes, que não deixava de ser bastante promissor, o que
este guarda-redes setubalense e quem acompanha o futebol português certamente não
esperava era que Paulo Ribeiro, então com 21 anos, não voltasse a jogar na I
Liga durante… o resto da carreira. Ainda assim, no final dessa época
de 2004-05, marcada pela conquista da Taça
de Portugal, Paulo Ribeiro deu um salto na carreira, ao transferir-se para
o FC
Porto, uma mudança efetivada ainda durante a curta fase em que o guardião era
o titular da baliza do Vitória
e o treinador dos dragões
se chamava… José
Couceiro. O jovem guarda-redes esteve
ligado aos azuis
e brancos entre 2005 e 2009, mas só jogou uma vez pela equipa principal,
numa vitória sobre o Marco
(1-0) no Estádio
do Dragão em partida da Taça
de Portugal, a 26 de outubro de 2005. Nessa partida atuou ao lado de jogadores
como Ricardo Costa, Pedro
Emanuel, Ibson,
Diego, Benni
McCarthy, Bosingwa, Raul Meireles ou Hugo Almeida. O treinador do FC
Porto era o neerlandês Co Adriaanse.
A participação nesse encontro
valeu-lhe o estatuto de vencedor da Taça
de Portugal em 2005-06, época em que foi suplente não utilizado em vários
jogos da I
Liga e da Liga
dos Campeões, tendo atuado sobretudo pela equipa B na II Divisão B,
conseguindo ainda assim ser convocado para o Campeonato da Europa de sub-21. Após passar a temporada 2006-07
em branco, nas temporadas que se seguiram foi emprestado a Olhanense
e Portimonense,
ambos da II
Liga, mas em nenhum dos emblemas algarvios foi maioritariamente titular. Porém,
repetiu a presença no Campeonato da Europa de sub-21
em 2007, desta feita até como dono da baliza da seleção portuguesa. Após terminar a ligação com o FC
Porto passou por Vizela
e Leixões,
continuando sem se afirmar nas ligas profissionais. Haveria de relançar a carreira no
Desp.
Chaves, entre 2011 e 2016, tendo amealhado 142 jogos pelos flavienses
nesse período, ajudando o emblema
transmontano a conseguir o título de campeão nacional da II Divisão B e a
consequente subida à II
Liga em 2013 e a promoção à I
Liga em 2016.
Consumada a subida ao primeiro
escalão, voltou ao Vizela
em 2016-17, mas foi quase sempre suplente de Pedro Albergaria numa temporada
marcada pela despromoção ao Campeonato
de Portugal. Na temporada seguinte representou
a AD
Oliveirense e nas duas últimas épocas da carreira, 2018-19 e 2019-20,
esteve de regresso à região de que é natural para defender a baliza do Pinhalnovense
no Campeonato
de Portugal. A meio da temporada 2019-20
pendurou as luvas, aos 35 anos, e dedicou-se ao dirigismo, tendo já
desempenhado as funções de diretor desportivo no Oriental Dragon e no Fabril.
Atualmente está sem clube.
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