quinta-feira, 6 de março de 2025

Hoje faz anos o guardião sadino que chegou ao FC Porto mas fez carreira nas divisões inferiores. Quem se lembra de Paulo Ribeiro?

Paulo Ribeiro esteve ligado ao Vitória FC entre 1995 e 2005
Guarda-redes natural de Setúbal e com toda a formação feita no Vitória, desde cedo que começou a ser convocado para as seleções jovens nacionais. Estreou-se pelos sub-18, em março de 2002, e somou um total de 33 internacionalizações distribuídas pelas equipas nacionais de sub-18 (três), sub-19 (12), sub-20 (três), sub-21 (14) e B (uma).
 
Ainda tinha idade de júnior quando foi pela primeira vez convocado para um jogo da equipa principal, por Diamantino Miranda, quando foi suplente de Pedro Espinha numa goleada sofrida às mãos do Benfica no Bonfim (2-6), a 22 de fevereiro de 2003.
 
Cinco meses depois foi o dono da baliza da seleção portuguesa de sub-19 finalista vencida no Campeonato da Europa da categoria, tendo atuado ao lado de jogadores como João Pereira, Filipe Oliveira, Hugo Almeida e Paulo Sérgio e participado na final perdida para a Itália de Giorgio Chiellini, Alberto Aquilani e Giampaolo Pazzini.
 
Em 2003-04 transitou definitivamente para sénior e fixou-se na equipa principal do Vitória, então na II Liga, tendo inclusivamente iniciado a temporada como titular, relegando o experiente Nuno Santos para o banco. No entanto, Carlos Carvalhal retirou-lhe a confiança após uma derrota em Chaves na quarta jornada (2-3).
 
Na época seguinte, após ter participado no Torneio de Toulon e já com os sadinos na I Liga, fez toda a primeira volta como suplente de Marco Tábuas e foi aproveitando os jogos da Taça de Portugal para mostrar serviço.
 
A sua sorte mudou, porém, no segundo jogo da segunda volta, quando o treinador José Couceiro viu numa visita ao Sporting, partida que em que os índices motivacionais estão sempre em alta e os de pressão em baixa, numa fase em que a equipa estava tranquila na tabela classificativa, o contexto ideal para lançar Paulo Ribeiro às feras.
 
 
O jovem guardião correspondeu, ajudando a segurar um empate a um golo, e manteve a titularidade por mais seis encontros, mas os 12 golos sofridos e a ausência de vitórias nesse período levaram o novo técnico, José Rachão, a preteri-lo a favor do recém-chegado Moretto.
 
Este ziguezaguear entre a titularidade e o banco de suplentes ou até mesmo a bancada não é anormal na vida de um jovem guarda-redes, que não deixava de ser bastante promissor, o que este guarda-redes setubalense e quem acompanha o futebol português certamente não esperava era que Paulo Ribeiro, então com 21 anos, não voltasse a jogar na I Liga durante… o resto da carreira.
 
Ainda assim, no final dessa época de 2004-05, marcada pela conquista da Taça de Portugal, Paulo Ribeiro deu um salto na carreira, ao transferir-se para o FC Porto, uma mudança efetivada ainda durante a curta fase em que o guardião era o titular da baliza do Vitória e o treinador dos dragões se chamava… José Couceiro.
 
O jovem guarda-redes esteve ligado aos azuis e brancos entre 2005 e 2009, mas só jogou uma vez pela equipa principal, numa vitória sobre o Marco (1-0) no Estádio do Dragão em partida da Taça de Portugal, a 26 de outubro de 2005. Nessa partida atuou ao lado de jogadores como Ricardo Costa, Pedro Emanuel, Ibson, Diego, Benni McCarthy, Bosingwa, Raul Meireles ou Hugo Almeida. O treinador do FC Porto era o neerlandês Co Adriaanse.
 
 
A participação nesse encontro valeu-lhe o estatuto de vencedor da Taça de Portugal em 2005-06, época em que foi suplente não utilizado em vários jogos da I Liga e da Liga dos Campeões, tendo atuado sobretudo pela equipa B na II Divisão B, conseguindo ainda assim ser convocado para o Campeonato da Europa de sub-21.
 
Após passar a temporada 2006-07 em branco, nas temporadas que se seguiram foi emprestado a Olhanense e Portimonense, ambos da II Liga, mas em nenhum dos emblemas algarvios foi maioritariamente titular. Porém, repetiu a presença no Campeonato da Europa de sub-21 em 2007, desta feita até como dono da baliza da seleção portuguesa.
 
Após terminar a ligação com o FC Porto passou por Vizela e Leixões, continuando sem se afirmar nas ligas profissionais.
 
Haveria de relançar a carreira no Desp. Chaves, entre 2011 e 2016, tendo amealhado 142 jogos pelos flavienses nesse período, ajudando o emblema transmontano a conseguir o título de campeão nacional da II Divisão B e a consequente subida à II Liga em 2013 e a promoção à I Liga em 2016.
 
 
Consumada a subida ao primeiro escalão, voltou ao Vizela em 2016-17, mas foi quase sempre suplente de Pedro Albergaria numa temporada marcada pela despromoção ao Campeonato de Portugal.
 
Na temporada seguinte representou a AD Oliveirense e nas duas últimas épocas da carreira, 2018-19 e 2019-20, esteve de regresso à região de que é natural para defender a baliza do Pinhalnovense no Campeonato de Portugal.
 
A meio da temporada 2019-20 pendurou as luvas, aos 35 anos, e dedicou-se ao dirigismo, tendo já desempenhado as funções de diretor desportivo no Oriental Dragon e no Fabril. Atualmente está sem clube.

















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