terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Hoje faz anos o campeão pelo Boavista que deu a Taça Intercontinental ao FC Porto. Quem se lembra de Pedro Emanuel?

Pedro Emanuel esteve em anos dourados do FC Porto e do Boavista
Defesa central nascido a 11 de fevereiro de 1975 em Angola, para onde o pai foi cumprir serviço militar e posteriormente abrir um negócio e onde a mãe era emigrante, veio para Portugal em 1978 devido à instabilidade que se vivia naquele país africano, mais precisamente para Rio Tinto, e começou a dar os primeiros toques na bola num ringue perto de casa.
 
Ainda foi aos treinos de captação do FC Porto na Constituição, mas acabou por ingressar no Boavista aos 11 anos, impulsionado por um grande amigo do pai que era o tesoureiro dos axadrezados.
 
Desde os sub-15 que passou a ser chamado às jovens seleções portuguesas, mas acabou por somar apenas quatro internacionalizações, todas pelos sub-21 entre 1996 e 1997, o suficiente para duas décadas depois a FIFA o impedir de jogar o Campeonato do Mundo por Angola.
 
Quando transitou a sénior foi emprestado a Marco (II Divisão B), Ovarense e Penafiel (ambos II Liga), o que lhe deu estaleca para finalmente integrar o plantel principal do Boavista, então às ordens de Zoran Filipovic, em 1996-97. A opção do treinador jugoslavo por um sistema com três centrais beneficiou-o, tendo feito o primeiro de 268 jogos na I Divisão numa vitória sobre o Belenenses no Restelo (2-4), na noite de 24 de agosto de 1996. “Não só é o jogo da minha estreia na I Divisão como, para cúmulo daquilo que possa ser a felicidade desse primeiro momento, marco o primeiro golo no campeonato, aos 25 minutos de jogo”, recordou à Tribuna Expresso em abril de 2020.
 
Nessa época começou a afirmar-se como titular, tendo atuado em 28 jogos em todas as competições, e venceu o primeiro troféu da carreira, a Taça de Portugal.
 
Em 1998-99 ajudou o Boavista a alcançar um segundo lugar na I Liga, na temporada seguinte estreou-se na Liga dos Campeões em 2000-01 foi um dos esteios da equipa que conquistou o inédito título nacional. “Acho que todos nós pensávamos individualmente que era possível. Sempre soubemos que iria ser muito difícil, mas que ia haver um ponto-chave. E esse ponto-chave foi quando saltámos para a frente. Olhámos e estávamos com uma vantagem de quatro pontos relativamente a quem vinha atrás e dissemos: agora depende de nós”, contou à Tribuna Expresso em abril de 2019.
 
 
Ainda permaneceu mais um ano no Bessa, despedindo-se em final de contrato no verão de 2002, quando era um dos capitães de equipa, ao fim de 200 jogos e três golos com a camisola axadrezada. Não chegou a acordo para renovar e mudou-se para o vizinho FC Porto, apesar de também ter recebido propostas de clubes como Udinese e Alavés.
 
Nas Antas até começou como titular no onze de gala de José Mourinho, ao lado de Jorge Costa, mas nos últimos meses da época 2002-03 começou a ser preterido a favor de Ricardo Carvalho. No entanto, nunca desapareceu propriamente das escolhas do treinador, tendo sido suplente utilizado nas vitórias sobre Celtic e Mónaco nas finais da Taça UEFA em 2002-03 e da Liga dos Campeões em 2003-04, respetivamente, e titular no triunfo sobre a União de Leiria na Supertaça Cândido de Oliveira em 2003. Nessas duas temporadas foi ainda bicampeão nacional e venceu a Taça de Portugal em 2002-03.
 
Na ressaca da conquista do título europeu, Ricardo Carvalho transferiu-se para o Chelsea no verão de 2004, enquanto Jorge Costa foi dispensado por Co Adriaanse um ano depois. Apesar da chegada de Pepe, Pedro Emanuel aproveitou para voltar a ser presença assídua no onze inicial nas temporadas 2004-05 e 2005-06, com Victor Fernández, José Couceiro e Co Adriaanse. Foi titular, por exemplo, na vitória sobre o Benfica na Supertaça de 2004 e no jogo que valeu a conquista da Taça Intercontinental 2004, diante do Once Caldas, tendo inclusivamente marcado o penálti decisivo no desempate por grandes penalidades. “Queria era acabar com aquilo e sabia que tinha de marcar para acabar com aquilo. Só dependia de mim. Não fui a pensar que podia errar, fui a pensar que queria marcar. Tão simples quanto isso”, recordou.
 
 
Em 2005-06 contribuiu para a conquista da dobradinha, mas no início da pré-época seguinte rompeu o tendão de Aquiles e esteve um ano afastado dos relvados, tendo regressado somente em 2007-08, temporada marcada pela conquista do tricampeonato, já com Jesualdo Ferreira no comando técnico. “Fiz a operação, não correu bem, tive de ser novamente operado. Estive 10 meses parado. Nunca regressei a 100%”, confessou.
 
Em 2008-09 venceu a terceira dobradinha da carreira, apesar de ter vivido na sombra de Bruno Alves e Rolando, tendo pendurado as botas no final da temporada, aos 34 anos.
 
 
Logo a seguir iniciou a carreira de treinador, tendo começado por comandar os juvenis do FC Porto, vencendo o título nacional da categoria, e depois passado para adjunto de André Villas-Boas na equipa principal. Em 2011-12 foi convidado para orientar a Académica e logo nessa época conquistou a Taça de Portugal. Mais tarde ganhou também a Taça e a Supertaça do Chipre em 2016 ao leme do Apollon Limassol e a King’s Cup da Arábia Saudita pelo Al Taawoun em 2019. 







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