Hoje faz anos o eterno suplente que passou pelos bancos de Inter, Lazio e Sp. Braga. Quem se lembra de Berni?
Berni disputou cinco jogos pelo Sp. Braga em 2011-12
Um estranho caso de um
guarda-redes que passou grande parte da carreira em clubes de grande dimensão…
praticamente sem jogar. Tommaso Berni
começou a jogar futebol nas camadas jovens da Fiorentina
e concluiu a formação no Inter
de Milão, tendo percorrido praticamente todas as seleções jovens de Itália,
desde os sub-16 aos sub-21.
Quanto transitou para sénior, em
2001, mudou-se para o Wimbledon, tendo permanecido dois anos no emblema inglês
sem… realizar um jogo. Em meados de 2003 assinou pelo Ternana,
da Serie B italiana, e ao longo de três anos viveu o período de maior atividade
na carreira, tendo atuado em mais de 80 jogos. No verão de 2006 assinou pela Lazio,
quando tinha apenas 23 anos, e mal sabia nessa altura que ia continuar no ativo
por mais década e meia, até 2020, mas que só iria disputar mais 33 encontros
até pendurar as luvas, apesar de ter custado 1,5 milhões de euros à formação
romana, na qual foi suplente de Angelo Peruzzi e Fernando Muslera e apenas
atuou por nove vezes em cinco épocas.
Durante a vigência do seu
contrato com a Lazio,
esteve emprestado durante meia época ao Salernitana (Serie B) no primeiro
semestre de 2009 e disputou 16 jogos em meia temporada: foi o segundo clube
pelo qual mais jogou em toda a carreira. No verão de 2011 transferiu-se
para o Sp.
Braga com o intuito de suceder a Artur Moraes, mas o que acabou por experimentar
foi o quão confortável é o banco dos minhotos.
“Estou mesmo muito feliz por vir para o Sp.
Braga. É uma experiência nova. Tive uma em Inglaterra, há uns anos atrás, e
agora venho para Portugal com muitas expectativas. Conhecer um novo país, uma
nova língua, aprender como as pessoas pensam e vivem é fantástico”, afirmou aquando
da apresentação como novo jogador dos arsenalistas. Relegado para o estatuto de
suplente de Quim, aproveitou uma ausência do internacional português para
efetuar um jogo na I
Liga e atuou por mais quatro vezes nas taças. Nessas cinco partidas, ganhou
quatro – perdeu
apenas com o Sporting em Alvalade, para a Taça de Portugal – e sofreu um
total de três golos.
Apesar da falta de rodagem, em
2012-13 encontrou espaço no banco de mais um clube com algum estatuto no
futebol europeu, a Sampdoria.
Na época seguinte, esteve no Torino
e esperou um ano sentado à espera da possibilidade de ir a jogo, o que não
chegou a acontecer. O mais surpreendente foi que
conseguiu dar um salto invejável na carreira em julho de 2014, ao assinar pelo Inter
de Milão, beneficiando da regra que exigia a inscrição de jogadores
formados localmente nas competições europeias – Paulo Lopes viveu caso
semelhante no Benfica
entre 2012 e 2018. Mesmo não estando inscrito na Serie
A em algumas épocas, a verdade é que Berni foi renovando sucessivamente o
seu contrato e permaneceu em San Siro até 2020, quando encerrou a carreira,
tendo partilhado o balneário com jogadores como Kovacic, Podolski, Godín, Shaqiri,
Eriksen, Brozovic, Barella, Lukaku, Lautaro Martínez, Alexis Sánchez, Icardi,
Perisic, Skriniar, Banega, Jovetic e os portugueses João
Mário, João Cancelo e Cédric Soares. Bastante ativo no banco – o esloveno Samir
Handanovic era o habitual titular –, nunca chegou a jogar pelos nerazzurri
nesses seis anos, mas… viu por duas vezes o cartão vermelho.
Feitas as contas, disputou 120
jogos ao longo da carreira, mas apenas 17 ao serviço de clubes de primeira
divisão em 14 anos de contrato com emblemas primodivisionários.
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