quinta-feira, 6 de março de 2025

Hoje faz anos o eterno suplente que passou pelos bancos de Inter, Lazio e Sp. Braga. Quem se lembra de Berni?

Berni disputou cinco jogos pelo Sp. Braga em 2011-12
Um estranho caso de um guarda-redes que passou grande parte da carreira em clubes de grande dimensão… praticamente sem jogar.  Tommaso Berni começou a jogar futebol nas camadas jovens da Fiorentina e concluiu a formação no Inter de Milão, tendo percorrido praticamente todas as seleções jovens de Itália, desde os sub-16 aos sub-21.
 
Quanto transitou para sénior, em 2001, mudou-se para o Wimbledon, tendo permanecido dois anos no emblema inglês sem… realizar um jogo.
 
Em meados de 2003 assinou pelo Ternana, da Serie B italiana, e ao longo de três anos viveu o período de maior atividade na carreira, tendo atuado em mais de 80 jogos.
 
No verão de 2006 assinou pela Lazio, quando tinha apenas 23 anos, e mal sabia nessa altura que ia continuar no ativo por mais década e meia, até 2020, mas que só iria disputar mais 33 encontros até pendurar as luvas, apesar de ter custado 1,5 milhões de euros à formação romana, na qual foi suplente de Angelo Peruzzi e Fernando Muslera e apenas atuou por nove vezes em cinco épocas.
 
 
Durante a vigência do seu contrato com a Lazio, esteve emprestado durante meia época ao Salernitana (Serie B) no primeiro semestre de 2009 e disputou 16 jogos em meia temporada: foi o segundo clube pelo qual mais jogou em toda a carreira.
 
No verão de 2011 transferiu-se para o Sp. Braga com o intuito de suceder a Artur Moraes, mas o que acabou por experimentar foi o quão confortável é o banco dos minhotos. “Estou mesmo muito feliz por vir para o Sp. Braga. É uma experiência nova. Tive uma em Inglaterra, há uns anos atrás, e agora venho para Portugal com muitas expectativas. Conhecer um novo país, uma nova língua, aprender como as pessoas pensam e vivem é fantástico”, afirmou aquando da apresentação como novo jogador dos arsenalistas.
 
Relegado para o estatuto de suplente de Quim, aproveitou uma ausência do internacional português para efetuar um jogo na I Liga e atuou por mais quatro vezes nas taças. Nessas cinco partidas, ganhou quatro – perdeu apenas com o Sporting em Alvalade, para a Taça de Portugal – e sofreu um total de três golos.
 
  
 
Apesar da falta de rodagem, em 2012-13 encontrou espaço no banco de mais um clube com algum estatuto no futebol europeu, a Sampdoria. Na época seguinte, esteve no Torino e esperou um ano sentado à espera da possibilidade de ir a jogo, o que não chegou a acontecer.
 
O mais surpreendente foi que conseguiu dar um salto invejável na carreira em julho de 2014, ao assinar pelo Inter de Milão, beneficiando da regra que exigia a inscrição de jogadores formados localmente nas competições europeias – Paulo Lopes viveu caso semelhante no Benfica entre 2012 e 2018.
 
Mesmo não estando inscrito na Serie A em algumas épocas, a verdade é que Berni foi renovando sucessivamente o seu contrato e permaneceu em San Siro até 2020, quando encerrou a carreira, tendo partilhado o balneário com jogadores como Kovacic, Podolski, Godín, Shaqiri, Eriksen, Brozovic, Barella, Lukaku, Lautaro Martínez, Alexis Sánchez, Icardi, Perisic, Skriniar, Banega, Jovetic e os portugueses João Mário, João Cancelo e Cédric Soares. Bastante ativo no banco – o esloveno Samir Handanovic era o habitual titular –, nunca chegou a jogar pelos nerazzurri nesses seis anos, mas… viu por duas vezes o cartão vermelho.
 
 
Feitas as contas, disputou 120 jogos ao longo da carreira, mas apenas 17 ao serviço de clubes de primeira divisão em 14 anos de contrato com emblemas primodivisionários. 



  
 
 
 
 




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