Equipa do Montijo que alcançou 3.º lugar na Zona Sul em 1994-95 |
Fundado a 1 de setembro de 1948,
o Clube
Desportivo do Montijo nasceu da junção de três outros clubes da terra, o
Onze Unidos, o Avenida e o Aldegalense, e viveu o período de maior fulgor
durante a década de 1970, quando somou três participações na I
Divisão.
Além das presenças no primeiro
escalão, o Montijo
tem no palmarés dois títulos de campeão nacional da III Divisão (1965-66 e
1989-90) e venceu por uma vez a II Divisão – Zona Sul (1971-72).
Na década de 1990, o emblema
aldeano participou nas sete primeiras edições da II Divisão B, tendo
competido sempre na Zona Sul. Em 1994-95 obteve o 3.º lugar, tendo ficado a
sete pontos do campeão Alverca.
Após muitas glórias e dissabores,
o clube cessou atividade devido a dificuldades financeiras em 2007. No mesmo
ano foi fundado o Olímpico
Montijo, herdeiro dos adeptos, da imagem e das instalações desportivas do
antecessor.
Vale por isso a pena conferir os
dez jogadores com mais jogos pelo Montijo
na II Divisão B.
10. Rogério (76 jogos)
Rogério |
Guarda-redes natural de Alcochete e formado no Alcochetense,
mudou-se para o Montijo
quando subiu a sénior, em 1982-83, tendo na temporada seguinte contribuído para
a subida à II Divisão Nacional.
Em 1984-85 representou o Caldas,
mas na época que se seguiu voltou aos montijenses
antes de se transferir no verão de 1986 para o Famalicão,
clube pelo qual haveria de jogar na I
Divisão.
Após meia dúzia de anos no
emblema minhoto, voltou ao Caldas
e passou pelo Alcochetense
antes de regressar ao Montijo
no verão de 1994. Em três épocas ao serviço dos aldeanos
na II Divisão B somou um total de 76 jogos (todos a titular) e 109 golos
sofridos. Em 1994-95 foi a temporada em que jogou menos, porque tinha à sua frente
um futuro internacional português chamado Ricardo.
Após não conseguir impedir a
descida à III Divisão, em 1997, transferiu-se para o Alcochetense.
9. Tavares (78 jogos)
Tavares |
Defesa central que dividiu a
formação entre Corroios e Estrela
da Amadora, passou por clubes como Marinhense e Peniche
antes de ingressar pela primeira vez no Montijo
em 1993-94, época em que disputou 32 jogos (todos a titular) na II Divisão B,
tendo contribuído para a obtenção de um honroso 4.º lugar.
Valorizado pela boa campanha, deu
o salto para o Paços
de Ferreira, então a militar na II
Liga, mas no verão de 1995 regressou ao emblema
montijense para amealhar mais 46 partidas (44 a titular) e dois golos na II
Divisão B, mas sem conseguir evitar a descida à III Divisão em 1997.
Após a despromoção mudou-se para
o Seixal.
Haveria de falecer ainda jovem,
aos 44 anos, vítima de ataque cardíaco quando jogava futebol recreativamente,
numa altura em que desempenhava a função de fisioterapeuta no Fabril.
8. Sérgio Caria (79 jogos)
Sérgio Caria |
Defesa central/médio defensivo
formado no clube, transitou para o plantel sénior em 1993-94, estreando-se numa
visita ao terreno do Amora
a 17 de abril de 1994, a poucos dias de comemorar o 19.º aniversário.
Nos primeiros quatro anos na
equipa principal amealhou 79 jogos (56 a titular) e três golos na II Divisão B.
Se em 1994-95 contribuiu para a obtenção de um honroso 3.º lugar, duas épocas
depois mostrou-se impotente para evitar a descida à III Divisão.
Após a despromoção transferiu-se
para o Estrela
Vendas Novas, tendo depois passado dois anos pelo Alcochetense
antes de voltar a casa em 2001-02 para competir na III Divisão.
7. Rui Dionísio (82 jogos)
Rui Dionísio |
Avançado natural do Montijo e
formado e revelado pelo Clube
Desportivo do Montijo, transitou pela primeira vez para a equipa principal
em 1988-89, tendo feito a estreia numa receção ao Barreirense
em abril de 1989, numa partida da II Divisão Nacional, quando tinha apenas 17
anos e cinco meses.
No entanto, Rui Dionísio só se
fixou no plantel sénior em 1990-91, na edição inaugural da II Divisão B. Entre
1990 e 1993 amealhou 82 jogos (67 a titular) e 19 golos na II B, registo que
faz dele o segundo melhor marcador dos montijenses
nesse patamar competitivo, sendo apenas superado pelo búlgaro Peytchev (21
remates certeiros).
No verão de 1993 transferiu-se
para o Barreirense,
mas nove anos depois voltou a casa, já depois de duas passagens distintas pelo Oriental.
Entre 2002 e 2004 representou os aldeanos
na III Divisão.
6. Brandão (87 jogos)
Brandão |
Defesa central angolano que
entrou no futebol português pela porta dos juniores do Benfica, não chegou a estrear-se de águia ao peito devido ao número de estrangeiros inscritos e ao atraso no processo de naturalização. Assim sendo, começou a jogar oficialmente no Mineiro
Aljustrelense em 1991-92, tendo ingressado no Montijo
na época seguinte.
Em três temporadas no emblema
aldeano amealhou um total de 87 partidas (85 a titular) e cinco golos na II
Divisão B, tendo contribuído para a obtenção de um honroso 3.º lugar na Zona
Sul em 1994-95.
No verão de 1995 transferiu-se
para o Torreense
na companhia de Humberto.
5. Albuquerque (67 jogos)
Albuquerque |
Defesa central internacional
sub-16 natural do Barreiro,
começou a jogar futebol na conceituada formação no Barreirense,
tendo ainda atuado nos juniores e nas reservas do Benfica.
Depois de passagens pelos seniores de Guarda, Barreirense
e Académico Viseu, ingressou no Montijo
no verão de 1992.
Em quatro temporadas no emblema
aldeano amealhou 67 partidas (65 a titular) e sete golos na II Divisão B,
tendo
contribuído para a obtenção de um honroso 3.º lugar na Zona Sul em 1994-95.
A meio da época 1995-96
transferiu-se para o Pinhalnovense,
mas após passagens por Barreirense,
Alcochetense
e Quimigal
voltou a representar os montijenses
entre 1999 e 2001 na I
Distrital da AF Setúbal, tendo conquistado o título distrital em 2000-01
antes de encerrar a carreira.
4. Rui Guerreiro (96 jogos)
Nas primeiras quatro temporadas
ao serviço do emblema
aldeano totalizou 70 partidas (53 a titular) e seis golos na II Divisão B,
tendo contribuído para a obtenção de um honroso 4.º lugar na Zona Sul em
1993-94.
Valorizado pelas boas campanhas,
deu o salto para o Desp.
Aves, então na II
Liga, no verão de 1994. No entanto, um ano depois voltou aos montijenses
para atuar em 26 jogos (20 a titular) na II Divisão B e apontar quatro golos,
diante de Olivais e Moscavide, Oriental,
Desp.
Beja e Portimonense,
em 1995-96.
Após essa época de regresso à formação
do distrito de Setúbal, transferiu-se para o União
de Montemor na companhia de Serralha.
3. Carlos Agostinho (100 jogos)
Carlos Agostinho |
Extremo formado no Montijo,
fez a estreia na equipa principal numa receção ao Barreirense
em abril de 1989, quando tinha apenas 18 anos e um mês, numa época que culminou
na descida à III Divisão.
No entanto, em 1989-90 contribuiu
para a conquista do título nacional da III Divisão e para a consequente subida
à recém-criada II Divisão B, patamar em que amealhou 100 encontros (62 a
titular) e dez golos entre 1990 e 1994, tendo ajudando os montijenses
a obter um honroso 4.º lugar na Zona Sul em 1993-94.
No verão de 1994 transferiu-se
para os açorianos do Praiense, tendo ainda passado por Oriental,
Imortal,
Atlético,
Sp. Espinho, Olhanense
e Esposende
antes de voltar a representar o Montijo
entre 2002 e 2004 na III Divisão.
2. Rui Pedro (122 jogos)
Rui Pedro |
Médio ofensivo natural de Almada
e internacional jovem por Portugal, jogou ao lado de Futre
nos juvenis do Sporting,
mas foi no Benfica
que conclui a formação e iniciou o seu trajeto enquanto sénior, tendo
inclusivamente saboreado a conquista de um campeonato, duas Taças
de Portugal e uma Supertaça.
No entanto, a falta de espaço na
Luz empurrou-o para um empréstimo ao Vitória
de Setúbal e por passagens por clubes como Varzim e O
Elvas.
No verão de 1991 reforçou o Montijo
e teve impacto imediato na equipa, tendo amealhado 67 partidas (65 a titular) e
sete golos na II Divisão B ao longo de duas épocas durante a sua primeira
estadia no emblema
aldeano, entre 1991 e 1993.
Em 1993-94 esteve ao serviço do Juventude
Évora, mas logo a seguir voltou aos montijenses
para somar um total 55 jogos (54 a titular) e sete golos entre 1994 e 1996,
tendo contribuído para a obtenção de um honroso 3.º lugar na Zona Sul em
1994-95.
No verão de 1996 transferiu-se
para o Barreirense
na companhia de Tony Richard e Peytchev.
1. Paulo Jorge (136 jogos)
Paulo Jorge |
Extremo natural do Barreiro
e formado e revelado pelo Barreirense,
jogou na I
Divisão ao serviço do Vitória
de Guimarães e passou ainda por Famalicão
e União
de Leiria antes de iniciar um percurso de nove anos no Montijo
no verão de 1992.
Nas primeiras cinco temporadas no
emblema
aldeano amealhou 136 jogos (118 a titular) e 16 golos na II Divisão B. Se
em 1994-95 contribuiu para a obtenção de um honroso 3.º lugar, duas épocas
depois mostrou-se impotente para evitar a descida à III Divisão.
No entanto, permaneceu no clube
após a despromoção, tendo vivido a descida aos distritais em 1999 e a conquista
do título da I
Divisão Distrital em 2000-01, na última época da carreira.
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