O mais velho futebolista da família
Estebaínha, de Aljustrel e com uma ligação umbilical ao
Mineiro
Aljustrelense – o irmão mais novo
José Carlos e os primos
Zé Luís e Carlos
também jogaram pelo tradicional clube da terra.
Carlos Alberto Estebaínha,
médio defensivo
nascido a 19 de novembro de 1967 na vila mineira, estreou-se pela equipa
principal dos
tricolores
na longínqua temporada de 1986-87, que culminou na conquista do título
distrital da
AF
Beja.
Seguiram-se dois anos no
Desportivo
de Beja, clube pelo qual também se sagrou campeão distrital (em 1988-89).
Na década de 1990 representou
outros dois clubes do
Baixo Alentejo,
Castrense
(1989-90, 1992-93 a 1994-95 e 2001-02) e
Ourique (1995-96 a 2000-01), e foi
campeão por ambos, em 1991-92 pelos
de
Castro Verde e em 1996-97 pelos ouriquenses. Pelo meio, competiu durante
oito épocas na antiga
III Divisão Nacional.
Em 2002 interrompeu a carreira,
aos 34 anos, mas em 2006-07 voltou aos relvados para vestir a camisola do
Odemirense.
Entretanto, fez nova pausa e voltou
a jogar em 2011-12, ao serviço dos
Jungeiros. Com alguns hiatos pelo meio,
também veio a representar
Vale D’Oca,
Alvorada,
Alvaladense e
Trindade, os
últimos no
INATEL, à exceção do emblema de
Ervidel. Não joga desde 2023, quando
tinha 55 anos.
“Joguei em grandes equipas e em
grandes campeonatos, na altura existia a terceira divisão, era uma competição
muito forte. Eu, e muitos amigos, que representámos clubes do distrito de Beja
conseguimos grandes êxitos”, afirmou em janeiro de 2020, em jeito de balanço, ao
Diário
do Alentejo.
 |
| Estebaínha, em baixo à direita, no Mineiro Aljustrelense em 1990-91 |
“O
Mineiro
é o clube da minha terra. Não foi o emblema que representei durante mais tempo,
até joguei mais épocas no
Castrense,
mas devo dizer que, por onde passei, todos ficaram no meu coração. Agora, tendo
nascido em Aljustrel, é evidente que o
Mineiro
é um clube que me merece todo o carinho, é um clube muito representativo, mas
também não posso deixar para trás o
Castrense,
o
Desportivo
de Beja, que foi praticamente o meu início de carreira. Deixei o
Mineiro
e fui para Beja, onde consegui grandes êxitos”, prosseguiu.
“Eventualmente, podia ter chegado
mais longe, mas, por opção minha, desisti cedo. Hoje, as coisas, felizmente,
são muito diferentes para os jovens. Hoje em dia os grandes clubes já têm
‘olheiros’ em todos os lados no Alentejo. Assim que um jogador se destaca, eles
proporcionam-lhe uma oportunidade, mas eu também tenho uma história muito
gratificante. Hoje, por onde passo, tenho sempre pessoas que me cumprimentam.
Fico feliz, porque isso pode significar que, além de ter sido bom jogador, se
calhar, também representava alguma coisa para essas pessoas e eu gosto sempre
de retribuir”, concluiu o centrocampista de características defensivas.
Profissionalmente, é técnico analista
de laboratório na
Somincor (
Sociedade Mineira de Neves Corvo SA), empresa para
a qual trabalha há mais de três décadas.
Sem comentários:
Enviar um comentário