quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Hoje faz anos o ancião de uma família de futebolistas que só deixou de jogar aos 55 anos. Quem conhece Estebaínha?

Carlos Alberto Estebaínha esteve em atividade entre 1986 e 2023
O mais velho futebolista da família Estebaínha, de Aljustrel e com uma ligação umbilical ao Mineiro Aljustrelense – o irmão mais novo José Carlos e os primos Zé Luís e Carlos também jogaram pelo tradicional clube da terra.
 
Carlos Alberto Estebaínha, médio defensivo nascido a 19 de novembro de 1967 na vila mineira, estreou-se pela equipa principal dos tricolores na longínqua temporada de 1986-87, que culminou na conquista do título distrital da AF Beja.
 
Seguiram-se dois anos no Desportivo de Beja, clube pelo qual também se sagrou campeão distrital (em 1988-89).
 
Na década de 1990 representou outros dois clubes do Baixo Alentejo, Castrense (1989-90, 1992-93 a 1994-95 e 2001-02) e Ourique (1995-96 a 2000-01), e foi campeão por ambos, em 1991-92 pelos de Castro Verde e em 1996-97 pelos ouriquenses. Pelo meio, competiu durante oito épocas na antiga III Divisão Nacional.
 
Em 2002 interrompeu a carreira, aos 34 anos, mas em 2006-07 voltou aos relvados para vestir a camisola do Odemirense.
 
Entretanto, fez nova pausa e voltou a jogar em 2011-12, ao serviço dos Jungeiros. Com alguns hiatos pelo meio, também veio a representar Vale D’Oca, Alvorada, Alvaladense e Trindade, os últimos no INATEL, à exceção do emblema de Ervidel. Não joga desde 2023, quando tinha 55 anos.
 
“Joguei em grandes equipas e em grandes campeonatos, na altura existia a terceira divisão, era uma competição muito forte. Eu, e muitos amigos, que representámos clubes do distrito de Beja conseguimos grandes êxitos”, afirmou em janeiro de 2020, em jeito de balanço, ao Diário do Alentejo.
 
Estebaínha, em baixo à direita, no Mineiro Aljustrelense em 1990-91
“O Mineiro é o clube da minha terra. Não foi o emblema que representei durante mais tempo, até joguei mais épocas no Castrense, mas devo dizer que, por onde passei, todos ficaram no meu coração. Agora, tendo nascido em Aljustrel, é evidente que o Mineiro é um clube que me merece todo o carinho, é um clube muito representativo, mas também não posso deixar para trás o Castrense, o Desportivo de Beja, que foi praticamente o meu início de carreira. Deixei o Mineiro e fui para Beja, onde consegui grandes êxitos”, prosseguiu.
 
“Eventualmente, podia ter chegado mais longe, mas, por opção minha, desisti cedo. Hoje, as coisas, felizmente, são muito diferentes para os jovens. Hoje em dia os grandes clubes já têm ‘olheiros’ em todos os lados no Alentejo. Assim que um jogador se destaca, eles proporcionam-lhe uma oportunidade, mas eu também tenho uma história muito gratificante. Hoje, por onde passo, tenho sempre pessoas que me cumprimentam. Fico feliz, porque isso pode significar que, além de ter sido bom jogador, se calhar, também representava alguma coisa para essas pessoas e eu gosto sempre de retribuir”, concluiu o centrocampista de características defensivas.
 
Profissionalmente, é técnico analista de laboratório na Somincor (Sociedade Mineira de Neves Corvo SA), empresa para a qual trabalha há mais de três décadas. 

Estebaínha, o segundo em cima a partir da esquerda, no Castrense

Estebaínha, o segundo em cima a partir da esquerda, no Ourique em 2000-01


  






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