quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Cluj-Sp. Braga. As más memórias que os minhotos têm do clube mais português da Roménia

Mossoró em disputa de bola com Camora, que continua no Cluj
Ao olhar hoje para a composição do plantel do Cluj, encontramos dois portugueses: Simão Rocha e o já naturalizado romeno Mário Camora. O que é estranho é serem tão poucos. Outrora foi uma espécie de colónia lusa no noroeste da Transilvânia, que já teve nas suas fileiras mais de 30 futebolistas e três treinadores portugueses.
 
Até ao duplo confronto que se avizinha com o Sp. Braga na 3.ª pré-eliminatória da Liga Europa (esta quinta-feira às 17:30 na Roménia, uma semana depois às 19:30 no Minho), o Cluj apenas por uma vez se tinha cruzado em jogos oficiais, curiosamente e precisamente diante dos bracarenses, na fase de grupos da Liga dos Campeões em 2012-13.
 
Na altura, os romenos e os arsenalistas ficaram alojados no Grupo H, juntamente com o favorito Manchester United (de Nani) e um poderoso Galatasaray que tinha Wesley Sneijder e Didier Drogba, e defrontaram-se logo na primeira jornada em Braga, numa oportunidade de somar três pontos e ganhar algum avanço na luta pela continuidade nas provas europeias.
 
Depois dos bons desempenhos na UEFA nas épocas anteriores, sobretudo em 2010-11, quando atingiu a final da Liga Europa após ter ficado a um pequeno passo dos oitavos de final da Liga dos Campeões, esperava-se que o Sp. Braga de José Peseiro pudesse arrancar com os três pontos, mas saiu tudo ao contrário.
 
Na Pedreira, os portugueses que saíram a festejar foram os do Cluj (Mário Felgueiras, Ivo Pinto, Cadú, Mário Camora e Rui Pedro). A equipa romena então orientada por Ioan Andone venceu por 2-0 graças a um bis de um avançado brasileiro que três épocas antes havia desapontado ao serviço do Sp. Braga, Rafael Bastos.
 
“O Sp. Braga volta a marcar passo na abertura da fase de grupos da Champions. Força de vontade ajuda, mas não chega. Com 65 por cento de posse de bola e 35 remates, a formação arsenalista chegou ao final do encontro a zero. O Cluj, com eficácia alicerçada em nomes negligenciados pelo mercado português, garantiu os três pontos (0-2). Mário Felgueiras e Rafael Bastos. Dois protagonistas, a mesma causa. Ex-arsenalistas com motivação extra para o encontro num Estádio AXA pouco composto (menos de dez mil espectadores). A crise ajudará a explicar esse facto. A experiência não é argumento para justificar a derrota, face aos nomes apresentados pelo treinador arsenalista. Rafael Bastos bisou na primeira parte, Mário Felgueiras defendeu tudo na segunda. 24 intervenções do guardião português. Um número impressionante!”, resumiu o Maisfutebol.
 
 
 
Entretanto, o Sp. Braga redimiu-se com uma vitória sobre o Galatasaray em Istambul (0-2) e perdeu duas vezes com o Manchester United (2-3 em Old Trafford e 1-3 em casa) antes de se apresentar na Roménia, à entrada para a quinta jornada, com três pontos somados – menos um do que o Cluj e do que o Galatasaray.
 
Numa espécie de partida de tudo ou nada, o médio ofensivo português Rui Pedro, formado no FC Porto, mas que em Portugal tinha atuado sobretudo na II Liga, virou protagonista, ao apontar um hat trick no espaço de 26 minutos (7, 15 e 33) ainda na primeira parte. O melhor que o Sp. Braga conseguiu fazer foi reduzir por Alan (17’) antes de ter ficado a jogar com apenas dez unidades devido à expulsão de Douglão. E assim os minhotos ficaram afastados das provas da UEFA, até porque o Galatasaray bateu o Manchester United em Istambul à mesma hora.
 
“A viagem à Transilvânia foi mais do que um pesadelo. Para o Sp. Braga, revelou-se uma página digna de figurar no mais negro romance de Bram Stoker. Sem ponta de exagero, podemos afirmar que o que era possível correr mal, correu pior do que isso. Os minhotos estão fora das provas da UEFA. Por uma questão cronológica, podemos começar pela abordagem inicial ao jogo. O CFR Cluj, portuguesíssimo, entrou arrasador. Intenso, a pressionar, a aproveitar a tolice confrangedora da defesa minhota e a acumular dois golos através de Rui Pedro. O menino que não coube no futebol português seria, de resto, a figura da noite. Depois de Alan fazer o seu quinto golo na Liga dos Campeões - os mesmos de Messi e Ronaldo - e sugerido que o Sp. Braga podia reentrar na partida, Rui Pedro chegaria ao hat-trick, noutro lance revelador do desnorte incompreensível que toldou por completo a mente à equipa de José Peseiro”, escreveu o Maisfutebol.
 



  




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