terça-feira, 2 de julho de 2024

Por um Ronaldo à Fullkrug

Ronaldo desperdiçou um penálti frente à Eslovénia
Foi muito constrangedor, até para os mais fiéis de Cristiano Ronaldo, o desespero pelo golo que o capitão da seleção nacional revelou em campo durante a partida com a Eslovénia. Os quatros livres diretos foram todos dele, até um de ângulo muito difícil quando Bernardo Silva já se preparava para cruzar para o interior da área. Pouco importa se é mais de longe, mais de perto, mais encostado à esquerda ou à direita, é tudo dele e em força. Se não dá para rematar com força e por cima da barreira, por a distância ser curta, é em força para o lado do guarda-redes. Oblak agradecia. O penálti de que Portugal dispôs, independentemente de haver outro jogador em campo (Bruno Fernandes) com uma taxa de sucesso superior (90% contra 84%) e de CR7 estar extremamente ansioso, também foi do capitão. Daqui a uns dez anos talvez saberemos o quão politicamente corretos estão a ser os seus companheiros de seleção quando falam dele, mas acredito que Bernardo Silva, Bruno Fernandes ou João Cancelo não concordem com esse Ronaldocentrismo.    

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Manuel Fernandes, eterno capitão do Sporting e autor de um poker no 7-1 ao Benfica

Manuel Fernandes jogou no Sporting entre 1975 e 1987
O internacional português Manuel Fernandes, histórico goleador e eterno capitão do Sporting, ficará sempre na memória pelos quatro golos da vitória por 7-1 sobre o Benfica, em 1986.
 
Natural de Sarilhos Pequenos, no concelho da Moita, distrito de Setúbal, Manuel José Tavares Fernandes construiu uma vida inteira ligada ao futebol, enquanto jogador, treinador, dirigente e, até, comentador televisivo.
 
Começou para o futebol aos 16 anos e cumpriu o sonho da mãe - precocemente desaparecida, quando o filho tinha 10 anos -, que lhe anteviu o percurso clubístico enquanto jogador.

quinta-feira, 27 de junho de 2024

O percurso dos campeões europeus: França em 2000

França conquistou o seu primeiro título europeu em 2000
Pela primeira vez na história, em 2000 o Campeonato da Europa foi vencido pela seleção que tinha o estatuto de campeã mundial: A França de Zinédine Zidane, Laurent Blanc, Patrick Vieira, Marcel Desailly, Lilian Thuram, Thierry Henry, Didier Deschamps, Fabien Barthez, Bixente Lizarazu, David Trezeguet e companhia. Enfim, só craques.
 
Mas essa não foi a única novidade. Também pela primeira vez, a UEFA entregou a organização a dois países, Holanda e Bélgica, que assim pouparam na despesa de uma eventual organização a solo e se pouparam à… fase de qualificação. Os belgas haveriam de tornar-se, de resto, na primeira seleção anfitriã a não passar a fase de grupos de um Europeu.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

O percurso dos campeões europeus: Alemanha em 1996

Alemanha conquistou terceiro título europeu em 1996
O Campeonato da Europa de 1996 foi realizado pela primeira vez no país que inventou o futebol, Inglaterra, que voltou a receber um grande torneio três décadas depois do Mundial 1966. E, também pela primeira vez, a prova foi disputada por 16 seleções, em vez das oito das anteriores quatro edições, passando a ter quartos de final.
 
A Alemanha, ainda comandada por Berti Vogts, não sentiu grandes dificuldades para se apurar, tendo vencido o Grupo 7 de qualificação, à frente de Bulgária, Geórgia, Moldova, País de Gales e Albânia. Jurgen Klinsmann, autor de nove golos na fase de apuramento, esteve em destaque.

sexta-feira, 21 de junho de 2024

O percurso dos campeões europeus: Dinamarca em 1992

Dinamarca foi repescada e acabou campeã europeia
O Euro 1992 foi aquele que teve o desfecho mais insólito de todos: a Dinamarca não conseguiu qualificar-se para a fase final, mas foi repescada devido à suspensão da Jugoslávia por causa da Guerra dos Balcãs e acabou por se sagrar campeã. 

A seleção nórdica foi a escolhida para substituir os balcânicos precisamente por ter concluído em segundo lugar o grupo de qualificação vencido pela Jugoslávia. Ou seja, se o critério fosse outro, provavelmente seria outra a equipa repescada para o torneio realizado na Suécia.
 
O selecionador Richard Moller-Nielsen foi obrigado a fazer as malas à pressa, mas não conseguiu convencer o grande craque dinamarquês da altura, Michael Laudrup, a deixar as férias para participar no torneio.

Michael Gulec, um turco no litoral alentejano com o coração dividido

 

Calafiori implodiu com fúria espanhola


quinta-feira, 20 de junho de 2024

Morreu o antigo árbitro Carlos Valente. Quem se lembra dele?

Carlos Valente apitou nos Mundiais de 1986 e 1990
O antigo árbitro português de futebol Carlos Valente morreu esta quinta-feira, aos 77 anos. 

Carlos Valente, internacional entre 1984 e 1992, foi um dos oito árbitros portugueses em Mundiais de futebol, tendo arbitrado um jogo no México1986 e dois no Itália1990, reeditando os feitos de António Garrido (1978 e 1982), Saldanha Ribeiro (1970), Joaquim Campos (1958 e 1966) e Vieira da Costa (1954).
 
O árbitro setubalense estreou-se em Mundiais no Hungria-França (0-3), no México86, e quatro anos volvidos, no Itália90, arbitrou Diego Maradona, momento que guardou para sempre como um privilégio.
 
Em 18 de junho de 1990, Carlos Valente dirigiu o último jogo da Argentina no Grupo B do campeonato do Mundo realizado em Itália, frente à Roménia (1-1), numa edição em que a seleção sul-americana chegou à final, mas perdeu com a Alemanha.
 
"Arbitrar o Maradona e logo em Nápoles foi interessante, porque Nápoles era o mundo do Dieguito. Foi espetacular", recordou numa entrevista à agência Lusa.

segunda-feira, 17 de junho de 2024

A minha primeira memória de… um jogo entre Portugal e República Checa

Cristiano Ronaldo marcou o segundo golo português
Eu tinha apenas quatro anos e mal sabia o que era uma bola quando Karel Poborsky brindou Vítor Baía com um chapéu monumental que eliminou Portugal do Euro 1996, momento que só me lembro de ver a posteriori, provavelmente aquando de um Inglaterra-Portugal em setembro de 2002 disputado no Villa Park, em Birmingham, palco do mítico golo do craque checo que passou pelo Benfica.
 
Tive então de esperar até 2008, já com 16 anos, para ver pela primeira vez a seleção portuguesa defrontar a congénere checa, na fase de grupos do Campeonato da Europa desse ano.

O percurso dos campeões europeus: Holanda em 1988

Holanda venceu o seu único Campeonato da Europa em 1988
A oitava edição do Campeonato da Europa foi pintada em tons de laranja. A Holanda de Ronald Koeman, Frank Rijkaard, Ruud Gullit e Marco Van Basten conquistou o título, dando a entender desde a fase de qualificação que estava destinada a chegar longe, tendo vencido tranquilamente o grupo no qual também estavam integradas Grécia, Hungria, Polónia e Chipre.
 
A detentora do troféu, França, não conseguiu apurar-se para a fase final, tal como Portugal, que ficou atrás de Itália e da Suécia na fase de qualificação. A República Federal da Alemanha apresentou-se pela última vez num Europeu antes da reunificação do país, ao passo que a União Soviética competiu pela derradeira ocasião num Campeonato da Europa antes da dissolução em 15 países em 1991.

PPV Review - WWE Clash at the Castle: Scotland (2024)

 
Data: 15 de junho de 2024
Arena: OVO Hydro
Localidade: Glasgow, Escócia
 

quarta-feira, 12 de junho de 2024

PPV Review - WWE NXT Battleground 2024


Data: 9 de junho de 2024
Arena: UFC Apex
Localidade: Enterprise, Nevada
 

O percurso dos campeões europeus: França em 1984

França conquistou título europeu em casa em 1984
Foi necessário esperar pela sétima edição do Campeonato da Europa para ver Portugal. A seleção portuguesa foi mesmo a grande surpresa da prova, tendo atingido as meias-finais após ficar à frente da República Federal da Alemanha na fase de grupos, mas acabou por ser a anfitriã França de Platini a levar o caneco. Les bleus imitaram Espanha (1964) e Itália (1968), que também se sagraram campeãs europeias a jogar em casa.
 
À semelhança do que havia acontecido com Itália em 1980, a seleção gaulesa ficou isenta de disputar fase de qualificação devido ao facto de ser anfitriã do torneio, que se disputou em sete cidades (Paris, Lens, Nantes, Marselha, Saint Étienne, Estrasburgo e Lyon).

O grego que foi campeão europeu quando era jogador do Benfica. Quem se lembra de Fyssas?

Fyssas marcou ao Porto na final da Taça de 2003-04
A chegada de José Antonio Camacho no final de 2002 elevou o Benfica a um nível que já não apresentava há alguns anos, tendo conseguido um segundo lugar em 2002-03, a melhor classificação da equipa em quase meia década. Hoje um vice-campeonato é motivo de motim para os lados da Luz, mas na altura, imagine-se, era sinal de uma época bem conseguida.
 
Porém, faltava a essa equipa – onde pontificavam Simão Sabrosa, Geovanni, Nuno Gomes, Zahovic, Tiago, Luisão, Hélder ou Moreira – um lateral esquerdo que pudesse dar profundidade a esse corredor, algo que os habituais titulares nessa posição, Ricardo Rocha ou Cristiano, não eram capazes de fazer. Foi então contratado em janeiro de 2004 o grego Panagiotis Fyssas, experiente jogador de 31 anos, titular da sua seleção, que ia marcar presença no Campeonato da Europa realizado em Portugal, e com experiência de Liga dos Campeões ao serviço do Panathinaikos.

terça-feira, 11 de junho de 2024

O percurso dos campeões europeus: República Federal da Alemanha em 1980

RFA festejou segundo Campeonato da Europa em 1980
O Campeonato da Europa das grandes novidades: uma seleção anfitriã previamente designada que ficou isenta de fase de qualificação (Itália) e uma fase final pela primeira vez com oito seleções e uma fase de grupos. O torneio disputou-se pela segunda vez em solo transalpino e a República Federal da Alemanha (RFA) tornou-se na primeira seleção a sagrar-se campeão europeia por duas ocasiões, com o médio Rainer Bonhof a repetir a conquista de 1972.
 
No Grupo 7 da fase de qualificação, os germânicos não deram hipóteses à concorrência e venceram um grupo no qual também constavam Turquia, País de Gales e Malta, tendo fechado as contas com 10 pontos em 12 possíveis e um saldo de 17-1 em golos.

quinta-feira, 6 de junho de 2024

O percurso dos campeões europeus: Checoslováquia em 1976

Checoslováquia venceu o título europeu em 1976
Quinta edição, quinto campeão diferente. Pela primeira vez, o vencedor do torneio foi decidido através do desempate por grandes penalidades, e logo através de um gesto técnico inovador por parte de Antonin Panenka que ainda hoje é imitado.
 
A Checoslováquia, que já não chegava à final four desde o Euro 1960, começou por vencer o Grupo 1 de qualificação, à frente de Inglaterra, Portugal e Chipre.
 
Nos quartos de final, a seleção comandada por Vaclav Jezek afastou a sempre temível União Soviética, com triunfo por 2-0 em Bratislava e empate a dois golos em Kiev.

O percurso dos campeões europeus: República Federal da Alemanha em 1972

RFA estreou-se em Europeus com uma conquista, em 1972
Tal como em 1968, uma estreante na fase final venceu o Campeonato da Europa, neste caso a República Federal da Alemanha (RFA) de Beckenbauer, Breitner, Jupp Heynckes, Hoeneß, Netzer e Gerd Müller.
 
Logo na fase de qualificação, que envolveu 32 seleções, os alemães mostraram ao que iam, vencendo o Grupo 8 com quatro pontos de vantagem sobre a Polónia, a maior vantagem sobre um segundo classificado nesse apuramento, numa altura em que cada vitória ainda só valia dois pontos. Turquia e Albânia completavam o agrupamento. Já a seleção portuguesa ficou atrás da Bélgica, num grupo que também incluía Escócia e Dinamarca.

quarta-feira, 5 de junho de 2024

O percurso dos campeões europeus: Itália em 1968

Anfitriã Itália conquistou o título europeu em 1968
Pela segunda de três vezes, em 1968 a seleção anfitriã venceu o Campeonato da Europa, desta feita a Itália de Zoff, Facchetti, Rivera e Mazzola, numa década em que AC Milan e Inter de Milão venceram duas Taças dos Campeões Europeus cada.
 
Esta terceira edição do Europeu esteve envolta em novidades: uma fase de grupos a anteceder os quartos de final, 31 concorrentes na fase de qualificação (contra os 29 de 1964), uma decisão por moeda ao ar e uma finalíssima. Mas manteve-se o formato de final four, com jogos em Nápoles, Florença e Roma.
 
A seleção transalpina, que não havia chegado à fase final nas duas primeiras edições, venceu o Grupo 6 de qualificação, à frente de Roménia, Suíça e Chipre. Já Portugal ficou inserido no Grupo 2, tendo ficado atrás da Bulgária e à frente de Suécia e Noruega.
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