quarta-feira, 5 de junho de 2024

O percurso dos campeões europeus: Itália em 1968

Anfitriã Itália conquistou o título europeu em 1968
Pela segunda de três vezes, em 1968 a seleção anfitriã venceu o Campeonato da Europa, desta feita a Itália de Zoff, Facchetti, Rivera e Mazzola, numa década em que AC Milan e Inter de Milão venceram duas Taças dos Campeões Europeus cada.
 
Esta terceira edição do Europeu esteve envolta em novidades: uma fase de grupos a anteceder os quartos de final, 31 concorrentes na fase de qualificação (contra os 29 de 1964), uma decisão por moeda ao ar e uma finalíssima. Mas manteve-se o formato de final four, com jogos em Nápoles, Florença e Roma.
 
A seleção transalpina, que não havia chegado à fase final nas duas primeiras edições, venceu o Grupo 6 de qualificação, à frente de Roménia, Suíça e Chipre. Já Portugal ficou inserido no Grupo 2, tendo ficado atrás da Bulgária e à frente de Suécia e Noruega.
 
Nos quartos de final, a squadra azzurra defrontou precisamente o carrasco de Portugal. Depois de uma derrota por 3-2 em Sófia, os italianos selaram a qualificação para a final four ao vencer por 2-0 em Nápoles.
 
 
 
 
A adversária de Itália na meia-final era nada mais nada menos do que a campeã de 1960 e vice-campeã de 1964, a União Soviética. O 0-0 persistiu durante 120 minutos de futebol cauteloso em Nápoles, pelo que o vencedor teve de ser encontrado no… balneário do árbitro, por moeda ao ar! Sorriu a squadra azzurra.
 
 
 
Três dias depois, em Roma, Itália teve pela frente a surpreendente Jugoslávia, que havia eliminado a campeã mundial Inglaterra nas meias-finais. As duas seleções apresentaram-se sem os seus habituais números 10, o italiano Rivera e o jugoslavo Osim, que foram substituídos por Lodetti e Acimovic, respetivamente. Coube a Dzajic inaugurar o marcador para a Jugoslávia, aos 39 minutos, tendo Domenghini restabelecido a igualdade aos 80’. O empate persistiu até ao final do prolongamento, pelo que a decisão foi adiada para dois dias mais tarde.
 
 
 
A 10 de junho de 1968, disputou-se a finalíssima, mais uma vez no Estado Olímpico de Roma, e Itália aproveitou a ocasião para tentar surpreender a adversária, promovendo cinco alterações no onze, ao passo que a Jugoslávia só fez uma mudança. Foi precisamente uma das novidades na equipa de Ferruccio Valcareggi, Riva, que inaugurou o marcador aos 11 minutos e fez a assistência para o 2-0, da autoria de Anastasi, aos 32’.
 
 
 
 

Os campeões

 
Guarda-redes: Enrico Albertosi (Fiorentina), Lido Vieri (Torino) e Dino Zoff (Nápoles)
 
Defesas: Angelo Anquilletti e Roberto Rosato (ambos AC Milan), Giancarlo Bercellino, Ernesto Castano e Sandro Salvadore (todos Juventus) e Tarcisio Burgnich e Giacinto Facchetti (ambos Inter)
 
Médios: Giancarlo De Sisti (Fiorentina), Giorgio Ferrini (Torino), Aristide Guarneri (Bolonha), Antonio Juliano (Nápoles) e Giovanni Lodetti e Gianni Rivera (ambos AC Milan)
 
Avançados: Pietro Anastasi (Varese), Giacomo Bulgarelli (Bolonha), Angelo Domenghini e Sandro Mazzola (ambos Inter), Pierino Prati (AC Milan) e Gigi Riva (Cagliari)
 
Selecionador: Ferruccio Valcareggi




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