sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Hoje faz anos a torre inglesa que ajudou a crescer o Benfica de Souness. Quem se lembra de Brian Deane?

Brian Deane marcou oito golos em 24 jogos pelo Benfica em 1998
O Benfica de 1997-98, que começou por ser orientado por Manuel José, protagonizou uma fantástica recuperação na tabela classificativa já com Graeme Souness no comando técnico, recuperação essa que esteve umbilicalmente associada ao contributo do gigante (1,90 m) avançado inglês Brian Deane, autor de sete golos e cinco assistências na segunda volta.
 
Ponta de lança que despontou no modesto Doncaster Rovers, mudou-se em 1988 para o Sheffield United, que pagou 25 mil libras pelos seus serviços para jogar na terceira divisão. Deane começou desde logo a corresponder o investimento em campo e contribuiu com 22 golos para a subida à Second Division em 1989 e com 21 para a promoção à First Division em 1990.
 
Na primeira época na First Division, em 1990-91, ajudou o blades a conseguir a permanência, através de um tranquilo 13.º lugar, tendo marcado 13 golos que o levaram a estrear-se pela seleção principal de Inglaterra no final da temporada, tendo participado em dois particulares diante da Nova Zelândia em junho de 1991.
 
Na época seguinte contribuiu com 12 remates certeiros que ajudaram o Sheffield United a concluir o campeonato na 9.ª posição e assegurar uma vaga na edição inaugural da Premier League.
 
 
A veia goleadora manteve-se na era Premier League, iniciada em 1992-93, tendo somado a terceira e última internacionalização A em setembro de 1992, num particular frente a Espanha em Santander.
 
 
Em junho de 1993 mudou-se para o Leeds United, numa transferência de 2,9 milhões de libras, tornando-se na altura a maior venda do Sheffield United e o investimento mais avultado dos whites.
 
 
Em Elland Road as coisas não lhe correram tão bem, apesar de ter sido finalista vencido da Taça da Liga e de se ter estreado nas competições europeias em 1995-96, tendo somado 32 golos em 138 jogos na Premier League.
 
 
Em junho de 1997 regressou mesmo ao Sheffield United, que na altura procurava a promoção ao primeiro escalão do futebol inglês, mas após 12 golos em meia época foi contratado pelo Benfica então orientado por Graeme Souness, por 300 mil contos (1,4 milhões de euros).
 
No seio de uma equipa com vários britânicos e outros jogadores familiarizados com o futebol praticado no Reino Unido, Brian Deane começou por se sentir como um peixe na água. Estreou-se na primeira jornada da segunda volta do campeonato e foi a tempo de somar sete golos e cinco assistências que ajudaram os encarnados a subir do o quinto para o segundo lugar. Nesse período as águias foram mesmo a melhor equipa da I Liga, o que permitiu encurtar a diferença para o campeão FC Porto de 16 para nove pontos.
 
“Consegui deixar uma marca positiva na época em que cheguei. (…) No final da temporada acabámos em segundo e conseguimos qualificarmo-nos para a Liga dos Campeões”, afirmou ao World Football Index em abril de 2020.
 
 
Apesar do embalo da segunda metade de 1997-98, o início da temporada seguinte não correu tão bem, com apenas um golo em sete jogos. No entanto, transferiu-se em outubro de 1998 para o Middlesbrough por 4,18 milhões de euros, praticamente o triplo do que custou, e diz que ganhou o respeito dos benfiquistas.
 
 
“[O Benfica] é um clube em que necessitas de ganhar o respeito dos adeptos e dos jogadores e fico feliz por poder dizer, que saí respeitado quando deixei o clube. (…) Foram tempos fantásticos lá. Consegui adaptar-me a uma cultura totalmente diferente. Graeme Souness foi o meu treinador no Benfica e nós acabámos por nos unir. Havia muita coisa a acontecer no clube, naquela época e, pelo menos o Graeme Souness ajudava a tornar o jogo e o treino divertidos”, prosseguiu.
 
Deane ainda marcou 19 golos em 95 jogos pelo Boro entre outubro de 1998 e novembro de 2001, mas a sua carreira começou a entrar numa curva descendente que o foi afastando cada vez mais da Premier League.
 
 
A meio da temporada 2001-02 mudou-se para o Leicester, mas não conseguiu impedir a despromoção à Division One [atual Championship]. Porém, redimiu-se ao contribuir para a subida de divisão na época seguinte.
 
Os últimos anos do seu trajeto profissional ficaram marcados por várias mudanças de clubes. Após deixar o Leicester, no final de 2003, e o último jogo da carreira, no início de 2006, representou cinco: West Ham, Leeds United, Sunderland, Perth Glory (Austrália) e Sheffield United.
 
Após pendurar as botas teve uma experiência como treinador ao leme dos noruegueses do Sarpsborg 08 FF, chegou a integrar a estrutura do Leeds United e tornou-se um dos donos do clube kosovar Ferizaj.



 
 





Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...