quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Os 5 treinadores do Benfica com maior percentagem de vitórias na I Divisão (mínimo de 60 jogos)

Quatro dos cinco melhores treinaram o Benfica na última década
Na história centenária e recheada de êxitos do Benfica, é comum dizer-se que a década de 1960 foi o período áureo do clube e glorificar-se treinadores que levaram os encarnados a finais da Taça dos Campeões Europeus, como Béla Guttmann, Sven-Göran Eriksson, Fernando Riera ou o próprio Toni.
 
No entanto, nenhum destes nomes está entre os cinco técnicos que, tendo comandado as águias em 60 ou mais jogos, tenham obtido melhor percentagem de vitórias na I Divisão. Um dos que está neste top é precisamente o atual treinador, Bruno Lage.
 
Saiba aqui quem são os cinco treinadores que, tendo comandado o Benfica num mínimo de 60 jogos, tiveram uma percentagem mais alta de vitórias no campeonato.
 

5. Jorge Jesus (74,7%)

Jorge Jesus
O treinador que de certa forma redimensionou o futebol do Benfica, até porque, se olharmos para os seus antecessores, observamos que a percentagem de vitórias de Quique Flores (56,7%), José Antonio Camacho (62,3%), Fernando Santos (64,5%), Ronald Koeman (58,8%) e Giovanni Trapattoni (55,9%) estão muitos pontos percentuais abaixo.
Chegou pela primeira vez à Luz no verão de 2009 e logo na época de estreia venceu o campeonato com um futebol sublime. Seguiram-se três anos a ver o FC Porto festejar antes de se sagrar bicampeão (2013-14 e 2014-15), mas mesmo quando não foi campeão somou sempre uma percentagem alta de triunfos. Nesse período conquistou ainda cinco Taças da Liga (2009-10, 2010-11, 2011-12, 2013-14 e 2014-15), uma Taça de Portugal (2013-14) e uma Supertaça Cândido de Oliveira (2014) e atingiu a final da Liga Europa por duas ocasiões (2012-13 e 2013-14).
Voltaria ao clube no verão de 2020, mas sem o mesmo nível de sucesso, tendo deixado o cargo no final de dezembro de 2021.
No total, somou 174 vitórias, 35 empates e 24 derrotas em 233 jogos ao leme do Benfica na I Liga.
 
 
 
 

4. Rui Vitória (75,7%)

Rui Vitória
Quando Jorge Jesus deixou a Luz, no verão de 2015, Rui Vitória foi contratado ao Vitória de Guimarães para lhe suceder no cargo e a verdade é que, em termos de campeonato, a alteração no comando técnico não se sentiu.
Embora tenha arrancado de forma algo intermitente, com três derrotas nos primeiros sete jogos, fez uma segunda volta quase perfeita – 16 vitórias em 17 jogos – e não só se sagrou campeão nacional em 2015-16 como estabeleceu na altura um recorde de pontos na I Liga: 88. Na mesma temporada venceu a Taça da Liga.
Na época seguinte venceu mais um campeonato, o quarto da sequência do tetra, e completou a dobradinha ao vencer a Taça de Portugal, mas falhou o penta em 2017-18, temporada que iniciou com a conquista da segunda Supertaça consecutiva.
Haveria de ser demitido em janeiro de 2019, a meio de uma época em que o Benfica voltou a festejar o título, mas a maior parte do mérito foi para quem sucedeu a Rui Vitória (já lá vamos…) e recuperou de uma desvantagem de sete pontos para o FC Porto, então primeiro classificado.
No total, somou 87 vitórias, 16 empates e 12 derrotas em 115 jogos à frente das águias no campeonato.
 
 
 

3. Roger Schmidt (76,4%)

Roger Schmidt
Treinador alemão que na altura orientava o PSV e tinha no currículo um título de campeão da Áustria pelo Salzburgo e experiências ao leme de clubes como Bayer Leverkusen ou Beijing Goan, foi contratado pelo Benfica no verão de 2022 e, à chegada a Lisboa, deixou os benfiquistas babados com uma afirmação estrondosa: “Quem ama o futebol, ama o Benfica.”
Em campo, os resultados também começaram por corresponder, com sete vitórias nas primeiras sete jornadas, 12 triunfos nas primeiras 13 rondas ou 23 vitórias nas 26 jornadas iniciais. Paralelamente, os encarnados atingiram os quartos de final da Liga dos Campeões após terem vencido um grupo no qual também constavam Paris Saint-Germain e Juventus. Apesar da tremedeira na reta final do campeonato, o Benfica festejou a conquista do título nacional que lhe escapava há quatro anos.
A temporada 2023-24 até começou bem, com a sempre saborosa vitória na Supertaça Cândido de Oliveira sobre o rival FC Porto. Porém, as águias falharam a conquista do título, apesar de terem somado 80 pontos no campeonato.
Schmidt ainda ficou no cargo até ao início da presente época, mas foi despedido após uma derrota e um empate nas primeiras quatro jornadas.
Ainda assim, despediu-se da Luz com 55 vitórias, nove empates e oito derrotas em 72 encontros na I Liga.  
 
 
 

2. Bruno Lage (78,1%)

Bruno Lage
Quando Rui Vitória deixou o comando técnico do Benfica em janeiro de 2019, foi promovido interinamente o até então treinador da equipa B, Bruno Lage, que depressa passou a escolha definitiva. Afinal, venceu 18 dos 19 jogos que lhe restavam no campeonato até ao final da época, recuperou de uma desvantagem de sete pontos para o FC Porto e festejou a conquista de um título nacional que meses antes parecia bastante improvável. A aposta em João Félix (e também em Ferro e Florentino) e os 10-0 ao Nacional foram dois dos marcos do técnico setubalense nesses meses.
Na temporada seguinte também arrancou a todo o gás, com 18 vitórias nas 19 primeiras jornadas da I Liga e uma vantagem de sete pontos para o FC Porto. Porém, permitiu a ultrapassagem dos azuis e brancos e acabou por deixar o cargo após a 29.ª ronda, quando os encarnados já estavam a seis pontos dos portistas.
As boas memórias que criou, porém, levaram-no a ser escolhido por Rui Costa para assumir novamente o comando técnico do Benfica em setembro de 2024, após a saída de Roger Schmidt.
 
 
 

1. Jimmy Hagan (83,2%)

Jimmy Hagan
Se Jorge Jesus, Rui Vitória, Roger Schmidt e Bruno Lage foram de certa forma contemporâneos e apanharam um período de um certo fulgor financeiro nas águias e em que o campeonato não é tão competitivo, o inglês Jimmy Hagan é completamente insuspeito para estar neste top.
Com passagens por Peterborough e o West Bromwich Albion no currículo, assumiu o comando técnico dos encarnados no verão de 1970, a convite do presidente Borges Coutinho, e guiou-os à conquista de um tricampeonato (1970-71, 1971-72 e 1972-73) e de uma Taça de Portugal (1971-72). Na sua terceira temporada conseguiu mesmo sagrar-se campeão sem derrotas, conseguindo 28 vitórias em 30 jogos, além de um saldo de 101-13 em golos.
Também arrancou relativamente bem a temporada 1973-74, com duas vitórias nas primeiras três jornadas, mas desentendeu-se com os dirigentes benfiquistas em setembro de 1973 devido à composição da convocatória para o jogo de homenagem a Eusébio, uma vez que havia proibido as participações de Humberto Coelho e Toni, e acabou por deixar o cargo.
Despediu-se da Luz com o incrível registo de 74 jogos, dez empates e cinco derrotas em 89 jogos no campeonato.
Viria a permanecer em Portugal, tendo conquistado um título de campeão da II Divisão pelo Estoril (1974-75) e uma Taça de Portugal pelo Boavista (1978-79). 



 






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