terça-feira, 29 de julho de 2025

Hoje faz anos o ex-árbitro condenado em três casos de adulteração da verdade desportiva. Quem se lembra de Martins dos Santos?

Martins dos Santos esteve 12 anos na I Liga
Mítico árbitro do futebol português na década de 1990 e do início do século XXI, Martins dos Santos fez parte de uma geração de juízes carismáticos e matreiros e com um visual mais castiço e um físico menos cuidado daqueles que apita hoje em dia na I Liga.
 
Foi árbitro de primeira categoria em 1992-93 e 2003-04 (saindo quando atingiu o limite de idade) e posteriormente observador na Associação de Futebol do Porto e na Federação Portuguesa de Futebol.
 
Operador de telecomunicações fora das quatro linhas, tinha um bigode vistoso e ao longo da carreira dirigiu três dérbis entre Benfica e Sporting (1997-98 na Luz e 1998-99 e 2001-02 em Alvalade) e apitou o Benfica-FC Porto de 1999-00 no qual não foi validado um golo de canto direto de Clayton, o FC Porto-Sporting de 2001-02 no qual três jogadores leoninos foram expulsos e ainda o dérbi portuense da Supertaça de 2001, com vitória portista.
 
Nunca foi internacional, mas arbitrou uma partida do Barcelona em novembro de 2003, no jogo de inauguração do Estádio do Dragão que marcou a estreia de Lionel Messi pela equipa principal dos catalães.
 
Após ter pendurado o apito, foi por três vezes constituído arguido por adulteração da verdade desportiva: em 2007 foi condenado, por crime de corrupção desportiva, após ter aceitado meia libra de ouro para o filho Daniel dos Santos, árbitro do jogo Vilaverdense-Maria da Fonte; em 2008 foi condenado a 20 meses de pena suspensa por corrupção desportiva passiva por ter arbitrado o Marítimo-Nacional de 2003, jogo em que António Henriques, ex-vice-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, lhe prometeu a promoção do filho Daniel se o Marítimo vencesse; e em 2013 foi condenado a um ano e seis meses de pensa suspensa, por tráfico de influências, após ter sido acusado pelo presidente do São Pedro da Cova, Vítor Catão, solicitando-lhe cinco mil euros para, através da sua influência na arbitragem, evitar a descida de divisão do clube.
 
Neste último caso, a Polícia Judiciária montou-lhe uma cilada, ao patrulhar a entrega de um envelope com 1100 euros em notas, marcadas para posterior identificação, por parte do dirigente a Martins dos Santos.








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