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Dois suecos e um norueguês já jogaram pelo FC Porto |
Oficializado esta quarta-feira como
reforço do FC
Porto, o jovem médio Victor Froholdt, de apenas 19 anos e contratado ao FC
Copenhaga por 20 milhões de euros, vai tornar-se no primeiro jogador
dinamarquês a atuar de dragão ao peito, mas vai dar sequência a uma história
relativamente curta em termos de volume, mas já centenária de futebolistas nórdicos
no emblema
do norte de Portugal.
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Fridolf Resberg |
O nome do pioneiro é Fridolf
Resberg, um avançado norueguês que chegou à Invicta para exercer… a sua
profissão diplomática no consulado da Noruega. Para se exercitar e manter a
forma, passou a frequentar o Campo da Constituição, onde a habilidade que
exibia com a bola lhe valeu um convite para integrar o plantel do FC
Porto.
Estreou-se de azul e branco a 23
de novembro de 1924 com um hat trick ao Sport Progresso no Estádio do
Bessa, numa partida a contar para a 1.ª jornada do Campeonato do Porto, que os dragões
vieram a conquistar.Voltaria a jogar pelo FC Porto em 1926-27, tendo vencido novamente o Campeonato do Porto.
Depois de 14 jogos em apenas nove golos pelo clube, deixou o Porto pelos mesmos motivos pelos quais havia chegado: a carreira diplomática.
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Lars Eriksson |
Foi necessário esperar cerca de
sete décadas para que um jogador nórdico voltasse a vestir a camisola do FC
Porto, desta feita um guarda-redes sueco, Lars Eriksson, que havia
estado ao serviço da sua seleção
nos Mundiais de 1990 e 1994, assim como no Campeonato da Europa de 1992, ainda
que sem jogar em qualquer uma dessas fases finais, até porque o titular era o
mítico Thomas Ravelli.
Proveniente dos belgas do Charleroi,
depois de ter passado os melhores anos da carreira na baliza dos suecos do IFK
Norrköping, reforçou os dragões
em março de 1996, numa altura em que Vítor
Baía tinha sido suspenso por dois meses devido a uma altercação com um dirigente
do Campomaiorense
e Silvino
se havia lesionado.Apesar das boas referências que trazia e da saída de Baía para o Barcelona no verão de 1996, revelou-se um desastre na baliza dos azuis e brancos. Em dois anos e meio nas Antas foi tricampeão (1995-96, 1996-97 e 1997-98) e venceu uma Taça de Portugal (1997-98), mas não foi além de um total de 13 jogos e 16 golos sofridos nesse período.
“Estive sempre muito feliz no Porto, adorava os adeptos, o clube a cidade e, além disso, estava numa grande equipa. Toda a gente andava feliz. Ganhámos três campeonatos consecutivos e uma Supertaça ao Benfica. Não joguei muito, sei que não deixei muita gente feliz, mas adorei a vida em Portugal e no Porto. Foram tempos muito positivos para mim”, confessou ao Maisfutebol em março de 2014.
“Lembro-me de uma grande receção que tivemos na Câmara Municipal do Porto com milhares de adeptos nas ruas. Apesar de ter consciência que não deixei uma imagem muito positiva, tenho boas memórias do Porto. Andava contente, aprendi muito, eram os últimos anos da minha carreira, portanto o que queria mesmo era desfrutar, estava num grande clube e sentia-me orgulhoso por isso. (…) Fiquei com muitos amigos no Porto. Portugueses e suecos. De vez em quando ainda vejo o Jorge Costa, também já me cruzei com o Paulinho Santos, estive com o Aloísio em Braga e, quando vou a Portugal, também vejo o Hilário”, acrescentou.
Após esses dois anos e meio em Portugal regressou à Suécia para representar o Hammarby.
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Fredrik Söderström |
Três anos depois da saída de Eriksson,
chegou
às Antas mais um sueco, o médio esquerdino Fredrik Söderström. Após ter
despontado no modesto Brage, ter brilhado no Vitória de Guimarães ao longo de
quatro anos e meio e entrado nas contas da seleção principal da Suécia, assinou
a custo zero pelo FC Porto no verão de 2001.
Na
primeira época nas Antas até foi utilizado com regularidade, tendo atuado em 40
partidas (31 na condição de titular) em todas as competições, apontado dois
golos e vencido a Supertaça Cândido de Oliveira. Apesar de ser centrocampista,
jogou muitas vezes como lateral esquerdo, devido às deficiências do plantel
nessa posição.Embora tivesse terminado a temporada 2001-02 como titular, já com José Mourinho no comando técnico, nos restantes três anos de contrato foi sucessivamente emprestado: primeiro aos belgas do Standard Liège, depois ao Sp. Braga e ao Estrela da Amadora.
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