sexta-feira, 18 de julho de 2025

Hoje faz anos o brasileiro contratado pelo FC Porto contra a vontade de Ivic que virou herói do Bahia. Quem se lembra de Raudnei?

Raudnei representou FC Porto, Deportivo da Corunha e Bahia
Havia pouco por onde melhorar no FC Porto campeão europeu de 1987, apesar das saídas do grande craque Paulo Futre para o Atlético Madrid e do treinador Artur Jorge para o Matra Racing de Paris.
 
Ao plantel às ordens do novo técnico, Tomislav Ivic, chegaram cinco reforços: os portugueses Jorge Plácido, Barriga e Rui Neves e os brasileiros Geraldão e Raudnei. Os dois estrangeiros chegaram juntos, mas o segundo esteve bastante longe do relevo atingido pelo primeiro nas Antas, até porque a sua aventura na Invicta, já se sabia à partida, tinha tudo para não dar certo. “O treinador Ivic não me queria, mas o meu empresário [Delane Vieira] era muito próximo do senhor Pinto da Costa e convenceu-o”, contou o antigo avançado, recrutado à Juventus de São Paulo, ao Maisfutebol em outubro de 2020.
 
Embora pudesse desempenhar várias funções no ataque, Raudnei esbarrou na concorrência de “jogadores espetaculares” como Fernando Gomes, Rabah Madjer, Jaime Magalhães e Domingos. “Eu era um menino e tive dificuldades. Acabei por entrar em alguns jogos [oito] e por fazer alguns golos [três]”, recordou o brasileiro, que faturou diante do Moura para a Taça de Portugal e frente a Salgueiros e Académica para o campeonato, contribuindo assim para a dobradinha portista de 1987-88.
 
Na época seguinte beneficiou da entrada de Quinito para o comando técnico, ganhou o lugar durante a pré-época e até foi titular na 1.ª jornada da I Divisão, no dérbi com o Boavista, mas não se exibiu a bom nível e não voltou a atuar de dragão ao peito.
 
Começou por ser emprestado ao Deportivo da Corunha, então na II Liga Espanhola, tornando-se no primeiro reforço dos galegos sob a presidência de Augusto César Lendoiro.
 
 
 
Depois de 18 golos em 69 jogos pelo Depor ao longo de dois voltou a Portugal para vestir as camisolas de Belenenses e Gil Vicente, tendo descido de divisão no Restelo em 1990-91 e conseguido a permanência em Barcelos às ordens de António Oliveira na época seguinte, sempre por empréstimo do FC Porto.
 
 
Após regressos ao Brasil para representar Guarani e Santo André e a Espanha para defender as cores do Castellón, reforçou o Bahia em 1994 e tornou-se num herói da torcida ao marcar o golo, aos 90+2 minutos, na final frente ao rival Vitória, que garantiu a conquista do campeonato baiano, perante 94 mil espetadores: “O momento marcou-me na história do Bahia, é o maior clube do Nordeste. Sou ídolo do clube, convidam-me sempre para tudo.”
 
 
Até ao final da carreira voltou à Juventus de São Paulo, experimentou o futebol japonês e representou emblemas modestos no Brasil. Depois tornou-se agente de jogadores. 







Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...