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Famalicão esteve cinco jogos sem sofrer golos em 1992-93 |
O
Famalicão
tem um treinador que durante mais de duas décadas e até há bem pouco tempo era
somente treinador de guarda-redes, e a verdade é que Hugo Oliveira parece ter
encontrado a fórmula para blindar a baliza dos
famalicenses,
que não sofrem golos há quatro jogos na
I
Liga.
Depois da goleada sofrida às mãos
do
Benfica
no
Estádio
da Luz a 17 de janeiro (0-4), na 18.ª jornada do campeonato, o guardião
montenegrino Lazar Carević não voltou a ir buscar a bola ao fundo das redes,
tendo mantido a baliza inviolada nos jogos diante
Estrela
da Amadora (0-0, em casa),
Boavista
(2-0, no Bessa),
Vitória
de Guimarães (0-0, em casa) e
Gil
Vicente (2-0, em Barcelos). No total, já lá vão 369 minutos.
Este registo ainda não é, porém,
o melhor registo de inviolabilidade do
Famalicão
na
I
Divisão. E desengane-se quem pensar que isso aconteceu na época de regresso
à
I
Liga, 2019-20, na qual o conjunto minhoto, então orientado por
João
Pedro Sousa, esteve muitas jornadas nos lugares cimeiros.
O recorde remonta à temporada
1992-93, mais precisamente entre 15 de novembro e 20 de dezembro de 1992, da
12.ª à 16.ª jornada do campeonato, quando o
Famalicão
comandado por José Romão e com Luís Vasco na baliza esteve cinco jogos sem
sofrer golos, num total de 468 minutos de inviolabilidade.
1. Depois de um empate a
dois golos diante do
Estoril
de Fernando Santos na Amoreira (2-2), o
Famalicão
recebeu o Belenenses
de Abel Braga, que na altura liderava o campeonato ao cabo de 11 jornadas, e
empatou
a zero, mantendo-se assim a meia da tabela.
2. Seguiu-se
novo nulo,
desta feita na Mata Real diante do Paços
de Ferreira do Prof. Neca, num jogo entre duas equipas que estavam
igualdadas pontualmente e assim continuaram, passando ambas a somar 12 pontos
ao fim de 13 jornadas, numa altura em que cada vitória ainda valia apenas dois
pontos.
3. Depois de três empates, o
Famalicão
regressou às vitórias com um triunfo tangencial na receção ao Tirsense
de Rodolfo
Reis (1-0). O único golo do encontro foi apontado pelo central
brasileiro Freitas, na conversão de uma grande penalidade, aos 55 minutos.
4. Na 15.ª jornada, a 13
de dezembro, a
equipa orientada por José Romão foi ao mítico Estádio Eng.º
Vidal Pinheiro bater o Salgueiros
de Zoran
Filipovic por 2-0, graças a golos de Rebelo (14 minutos) e Petar
Mihtarski (27’) ainda na primeira parte. O triunfo permitiu aos
famalicenses
ultrapassar a
turma
de Paranhos e subir ao 7.º lugar, com 16 pontos, os mesmos do
Marítimo,
que era sexto.
5. O
Famalicão
alcançou a terceira vitória consecutiva no Minho, mas a jogar fora,
no
terreno do Gil
Vicente de Vítor Oliveira (1-0). O único golo do encontro, tal como no
triunfo sobre o
Tirsense,
foi apontado pelo central brasileiro Freitas, logo aos dois minutos. Este
resultado permitiu aos
famalicenses
subir uma posição, até ao 6.º lugar, mas em igualdade pontual com o
Belenenses,
que era quinto.
Esta série de jogos sem sofrer
golos terminou na jornada seguinte, num empate em casa diante do
Sp.
Braga de Vítor Manuel (1-1), com Toni a bater Luís Vasco aos 18 minutos, e
coincidiu com uma fantástica sequência de 12 jogos sem perder, entre a 7.ª e a
18.ª jornada, ou seja entre 4 de outubro de 1992 e 10 de janeiro de 1993.
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