Lembra-se que guarda-redes do Sporting defenderam penáltis em provas na UEFA antes de Rui Silva?

Ricardo entre os que defenderam penáltis na UEFA

Rui Silva foi eleito o melhor jogador em campo no Borussia Dortmund-Sporting desta quarta-feira, da segunda-mão do playoff de acesso aos oitavos de final da Liga dos Campeões, e recebeu essa distinção muito por culpa do penálti de Serhou Guirassy que defendeu aos 58 minutos.

 
Foi a segunda vez que um guardião leonino travou uma grande penalidade num jogo da Champions (excetuando pré-eliminatórias) e a quinta que o fez num encontro das provas da UEFA, curiosamente todas já neste século. Mas por um dos seus antecessores ser repetente, Rui Silva foi apenas o quarto guarda-redes dos verde e brancos a conseguir essa proeza. Lembra-se de quem foram os anteriores?
 

Ricardo (vs. Gençlerbirligi em 2003-04)

Ricardo

Gençlerbirligi é talvez um dos clubes cujo nome é mais complicado de redigir, soletrar e verbalizar e foi também um adversário muito difícil para o Sporting então comandado por Fernando Santos na segunda eliminatória da Taça UEFA em 2003-04, acabando mesmo por eliminar os leões.

Ainda na primeira vintena de minutos do jogo da primeira-mão, na Turquia, foi assinalado um penálti a castigar uma falta de Custódio sobre Serkan Balci na área dos verde e brancos. Mustafa Özkan encarregou-se da execução da grande penalidade, mas Ricardo defendeu-a, segurando, na altura, o 0-0.
O jogo disputado em Ancara haveria de ficar empatado a um golo – Liedson marcou para a equipa leonina aos 50 minutos e Veysel Cihan repôs a igualdade pouco depois (55’) –, mas em Alvalade houve banho turco: 0-3. Foi a primeira derrota do Sporting no novo estádio.
 

 

 

Tiago (vs. AS Roma em 2007-08)

Tiago

Numa altura em que Ricardo tinha acabado de sair para o Betis, o Sporting foi ao mercado contratar Vladimir Stojkovic para ser o novo dono da baliza, mas o internacional sérvio desde cedo que começou a apresentar problemas disciplinares, o que levou Paulo Bento a riscá-lo. Antes de começar a apostar em Rui Patrício, o treinador deu a titularidade ao experiente Tiago.

Tiago teve logo um teste de fogo diante da AS Roma no Estádio Olímpico, em partida da fase de grupos da Liga dos Campeões, mas respondeu afirmativamente, defendendo um penálti executado pelo brasileiro Mancini no início da segunda parte, a castigar falta de Tonel sobre Vucinic, numa altura em que o resultado estava 1-1 – Juan havia marcado para os romanos (15’) e Liedson para os leões (18’). No entanto, depois disso Vucinic deu o triunfo ao conjunto da capital italiana (70’).
 

 

 

Rui Patrício (vs. Metalist em 2011-12)

Rui Patrício

Hoje considerado um traidor por muitos sportinguistas, Rui Patrício foi durante várias épocas o abono de família do Sporting, evitando mais eliminações e perdas de pontos.

Na caminhada até às meias-finais da Liga Europa em 2011-12, o Sporting defrontou os ucranianos do Metalist nos quartos de final, tendo vencido em Alvalade, na primeira-mão, por 2-1, um resultado algo agridoce, porque o golo da equipa do leste europeu só surgiu já no tempo de compensação da segunda parte.
Em Kharkiv, os leões então orientados por Ricardo Sá Pinto até começaram melhor, com Ricky Van Wolfswinkel a reforçar a vantagem na eliminatória no final do primeiro tempo. Mas Jonathan Cristaldo empatou aos 75 minutos para o Metalist, que ficou a um golo de empatar também o agregado dos dois jogos. Logo a seguir, Insúa cometeu penálti sobre Devic, o que fez tremer o universo verde e branco, mas Rui Patrício defendeu a grande penalidade de Cleiton Xavier (63’) e segurou o 1-1 que haveria de durar até ao apito final.
 

 

 

Rui Patrício (vs. CSKA Moscovo em 2015-16)

Rui Patrício

Um dos primeiros desafios de Jorge Jesus no comando técnico foi apurar o Sporting para a fase de grupos da Liga dos Campeões. Falhou o objetivo, mas não por culpa de Rui Patrício.

Na primeira-mão do playoff, em Alvalade, numa altura em que os leões venciam por 1-0 graças a um golo do avançado colombiano Teofilo Gutiérrez (12’), foi assinalada uma grande penalidade para o CSKA Moscovo a castigar falta de Jefferson sobre Tosic. Seydou Doumbia, que mais tarde viria a jogar pelos verde e brancos, partiu para a execução, mas Rui Patrício defendeu o penálti (27’). Depois disso Doumbia empatou (42’) para os russos e Slimani marcou o golo da vitória leonina já na reta final da segunda parte (82’).
O pior foi que na segunda-mão, na Arena Khimki, o CSKA venceu por 3-1, curiosamente o mesmo resultado da final da Taça UEFA de 2004-05 entre os dois clubes, numa partida muito polémica.