segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Os 10 treinadores do FC Porto com pior percentagem de derrotas (mínimo de 25 jogos)

Ser treinador do FC Porto nem sempre tem sido uma cadeira de sonho
Nem só de treinadores bem-sucedidos a nível interno e nas competições europeias, como José Maria Pedroto, Artur Jorge, José Mourinho, André Villas-Boas e Sérgio Conceição, se tem feito a história do FC Porto.
 
Também há os que vão ficando na história pelas razões opostas, ou seja, pelos maus resultados. E entre eles está o recentemente despedido Vítor Bruno.
 
Saiba aqui quem são os dez treinadores que, tendo comandado os azuis e brancos num mínimo de 25 jogos, tiveram uma percentagem mais alta de derrotas.
 

10. Victor Fernández (24%)

Está na história do FC Porto por ter vencido uma Supertaça Cândido de Oliveira e sobretudo uma Taça Intercontinental em 2004, mas se retirarmos esses dois jogos teve um saldo muito equilibrado entre vitórias, empates e derrotas, o que para um clube como os dragões é um registo muito pobre, sobretudo na era Pinto da Costa.
O treinador espanhol, que substituiu o precocemente despedido Luigi Delneri na ressaca da saída de José Mourinho em 2004, averbou 12 triunfos, dez empates e sete derrotas em 29 jogos em 2004-05.
 
 

9. Cândido de Oliveira (26%)

Guiou o FC Porto à final da Taça de Portugal em 1952-53 e até melhorou a classificação da equipa na época seguinte, do quarto para o segundo lugar, mas em 51 encontros à frente dos azuis e brancos somou 13 derrotas (e 29 vitórias e nove empates) entre janeiro de 1953 e junho de 1954.
 
 
 

8. Vítor Bruno (28%)

Um dos homens de quem se tem falado nos últimos dias. O ex-adjunto de Sérgio Conceição até começou bem, com a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira 2024 com reviravolta sobre o Sporting (de 0-3 para 4-3), mas deixou os azuis e brancos na madrugada de 20 de janeiro de 2025 na mó de baixo, com a equipa eliminada precocemente na Taça de Portugal, afastada nas meias-finais da Taça da Liga, abaixo das expetativas na Liga Europa e já sem depender apenas de si na luta pelo título nacional.
O filho do mítico Vítor Manuel despediu-se do Dragão com oito derrotas (e 18 vitórias e três empates) em 29 jogos.
 
 

7. Joseph Szabo (30%)

Antigo médio húngaro do FC Porto, assumiu o comando técnico dos dragões pela primeira vez em 1928-29 e até venceu dois Campeonatos de Portugal, dez Campeonatos do Porto e um título nacional, mas se excluirmos a competição regional, há muito extinta, tem uma das piores percentagens de derrotas de um treinador dos azuis e brancos.
Em 105 jogos entre 1928-29 e 1935-56 e entre 1945-46 e 1946-47, perdeu 31 (e venceu 57 e empatou 17).
 
 

6. Aymoré Moreira (30%)

Guiou a seleção brasileira ao título mundial em 1962 e parecia ser uma escolha insuspeita para dirigir o FC Porto em 1974-75, até porque nas duas épocas anteriores já tinha adquirido alguma experiência no futebol português ao leme do Boavista, mas as coisas não lhe correram bem nas Antas.
Em 27 jogos à frente dos azuis e brancos, o treinador brasileiro perdeu 8 (e empatou quatro e venceu 15), tendo deixado o cargo a sete jornadas do fim do campeonato, após duas derrotas seguidas, uma delas um sempre imperdoável 0-3 em casa às mãos do rival Benfica.
 
 

5. Octávio Machado (31%)

Antigo médio do FC Porto (entre 1975-76 e 1979-80) e também um antigo adjunto de vários treinadores que assumiram o comando técnico dos azuis e brancos (entre 1984-85 e 1991-92), foi escolhido por Pinto da Costa para suceder ao engenheiro do penta Fernando Santos no verão de 2001.
As coisas até começaram por lhe correr de feição, com a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira e o apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões, mas a partir daí essa sua passagem pelas Antas pautou pela irregularidade. Em termos de campeonato, deixou a equipa em quinto lugar, após uma derrota no Bessa a 20 de janeiro de 2002, o último de 11 desaires que amealhou em 36 jogos, tendo ainda somado 19 vitórias e seis empates.
 
 

4. Fernando Riera (31%)

Treinador chileno três vezes campeão e finalista vencido da Taça dos Campeões Europeus em 1962-63 ao leme do Benfica, quase campeão nacional pelo Belenenses em 1954-55 e terceiro classificado do Mundial 1962 no comando técnico do Chile, chegou às Antas no verão de 1972 envergando um currículo que parecia dar garantias.
No entanto, não foi além de um quarto lugar no campeonato, caiu na Taça de Portugal aos pés do Farense e foi eliminado da Taça UEFA pelos alemães do Dínamo de Dresden, tendo averbado 12 derrotas (e 20 vitórias e sete empates) em 39 encontros à frente dos azuis e brancos.
 
 
 

3. Fernando Vaz (32%)

Antigo avançado que havia orientado Belenenses, Vitória de Setúbal, Sp. Braga e até (por um jogo) a seleção nacional, assumiu o comando técnico do FC Porto em 1954-55, mas esteve longe de ser bem-sucedido, não indo além de um quarto lugar na I Divisão e dos oitavos de final da Taça de Portugal, prova em que caiu aos pés do Lusitano de Évora.
Em 28 jogos, não foi além de 13 vitórias, seis empates e nove derrotas.
 
 

2. Alejandro Scopelli (35%)

Antigo avançado internacional argentino, que venceu a Copa América em 1937, disputou o Mundial 1930 e jogou na AS Roma e no Belenenses, como treinador havia sido finalista vencido da Taça de Portugal pelos azuis do Restelo em 1939-40 e dirigido os argentinos do Unión e os chilenos da Universidad de Chile antes de assumir o comando técnico do FC Porto em 1948-49.
Em termos de campeonato, não foi além de um sempre frustrante quarto lugar, tendo ainda caído aos pés do Vitória de Setúbal nos quartos de final da Taça de Portugal. No total, somou dez derrotas (e 18 vitórias e um empate) em 29 partidas ao leme dos dragões.
 
 

1. Lippo Hertzka (38%)

Treinador húngaro que havia vencido um campeonato espanhol pelo Real Madrid, um tricampeonato português pelo Benfica e um Campeonato de Coimbra pela Académica, além de ter levado o Belenenses à final de uma Taça de Portugal, dirigiu o FC Porto entre 1942-43 e 1944-45, mas praticamente só foi feliz no Campeonato do Porto, que venceu por três vezes.
Na I Divisão começou com um horrendo 7.º lugar em 1942-43 e nas duas temporadas que se seguiram não foi além da 4.ª posição e nunca atingiu uma final da Taça de Portugal. Feitas as contas, e excluindo a competição regional, somou o equilibrado registo de 27 vitórias, 11 empates e 25 derrotas no comando técnico dos azuis e brancos







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