Dez jogadores importantes do Olhanense nos últimos anos |
Fundado a 27 de abril de 1912 por
um grupo de jovens apaixonados por futebol, o Sporting
Clube Olhanense viveu o maior momento da sua história em 1923-24,
quando venceu o Campeonato de Portugal, conquistando o título mais importante
do país na altura ainda antes do Benfica.
No palmarés constam ainda 20
presenças na I
Divisão, tendo obtido a sua melhor classificação de sempre em 1945-46, o
quarto lugar, à frente do FC
Porto. Um ano antes esteve na final da Taça
de Portugal, tendo perdido para o Sporting com
um golo ao cair do pano, da autoria de Jesus Correia.
Ao longo da história o Olhanense tem
revelado uma capacidade incrível para renascer das cinzas. Depois de uma década
completa entre a elite,
entre 1941-42 e 1950-51, voltou ao patamar
maior do futebol português nas décadas de 1960 e 1970 e também já no
século XXI.
Paralelamente, também participou
na II Divisão, na III Divisão, na II Divisão B, na II
Liga e no Campeonato
de Portugal. Nesta última competição está a participar pela quinta época
(consecutiva), perseguindo o objetivo de subir à Liga 3. Em 2019-20 ocupava o
primeiro lugar da Série
D, em posição de apuramento para o playoff de promoção à II
Liga, aquando da interrupção da prova devido à eclosão da pandemia de
covid-19, com a Federação Portuguesa de Futebol a decidir-se pelas promoções
automáticas de Vizela e Arouca.
10. Diogo Martins (44 jogos)
Diogo Martins |
Médio de características ofensivas nascido em Tavira, ingressou nos juvenis
do Olhanense
em 2012-13, mas foi concluir a formação e iniciar o percurso como sénior no Lusitano
VRSA.
Após passagens por Louletano,
Praiense e Sacavenense,
regressou a Olhão no verão de 2019 para amealhar 44 jogos (29 a titular) e três
golos no Campeonato
de Portugal ao longo de duas temporadas, tendo ajudado os rubro-negros
a atingir a fase de acesso à Liga 3 em 2020-21. Na época anterior, fez parte da
equipa que era primeira classificada da Série
D aquando da eclosão da pandemia de covid-19.
No verão de 2021 transferiu-se para o Oliveira do Hospital.
9. Riccardo Galli (45 jogos)
Riccardo Galli |
Guarda-redes italiano recrutado ao Padova, assinou pelo Olhanense no verão de 2020.
Desde que chegou ao Algarve que já amealhou 45 encontros e 39 golos sofridos no Campeonato de Portugal, tendo ajudado os rubro-negros a atingir a fase de acesso à Liga 3 tanto em 2020-21 como na presente temporada.
8. Tiago Jogo (49 jogos)
Nessa primeira passagem pelos rubro-negros,
de apenas uma época, atuou em 15 partidas no Campeonato
de Portugal, todas na condição de titular, tendo defrontado o Benfica
em encontro da Taça
de Portugal em outubro de 2017.
No final dessa temporada assinou pelo Felgueiras,
mas voltou a Olhão no início de 2019 para somar mais 34 jogos (todos como
titular) e um golo (ao Louletano,
em fevereiro de 2020) no anteriormente denominado Campeonato
Nacional de Seniores ao longo de pouco mais de um ano, tendo feito parte da
equipa que liderava a Série
D aquando da eclosão da pandemia de covid-19 em março de 2020.
No verão de 2020 transferiu-se para o Torreense.
“É com muita tristeza que venho anunciar que não vou continuar a representar o Sporting
Clube Olhanense, um clube do qual tenho um orgulho enorme de ter feito
parte da sua história e que vai ficar para sempre no meu coração. Adorei a
mística do clube na qual me revia, adorei a cidade, os adeptos e desejo que
seja um até já, que os nossos caminhos se possam voltar a cruzar. (…) Há tanto
para dizer, foram três anos com altos e baixos, momentos muito bons, momentos
difíceis também, mas no fim o saldo foi claramente positivo e só não foi
excelente porque não nos deixaram ser felizes e retiraram-nos a possibilidade
de lutar pelo nosso grande objetivo que era subir aos campeonatos
profissionais, o lugar onde este clube merece estar”, escreveu no Facebook aquando da despedida.
7. Pedro Albino (49 jogos)
Lateral direito nascido em Olhão e formado no Olhanense,
estreou-se pela equipa principal em maio de 2016, num jogo da II
Liga, quando tinha apenas 17 anos. “O objetivo de qualquer jovem é chegar aos
seniores da sua equipa, e quando isso acontece não há palavras para descrever a
sensação”, afirmou ao portal 100 Oportunidades em dezembro de 2020.
Na época seguinte, mesmo continuando a ser júnior, conseguiu ser
utilizado mais nove vezes na equipa sénior, mostrando-se impotente para evitar
a descida ao Campeonato
de Portugal, patamar em que em 2017-18 atuou em 24 partidas (23 a titular),
tendo ainda defrontado o Benfica
numa eliminatória da Taça
de Portugal em outubro de 2017.
No verão de 2018 transferiu-se para o Estoril,
mas após dois anos na equipa sub-23 dos canarinhos
regressou aos rubro-negros
para participar em 25 encontros (todos como titular) no anteriormente
denominado Campeonato
Nacional de Seniores, alguns dos quais a envergar a braçadeira de capitão,
tendo ajudado os algarvios
a apurar-se para a fase de acesso à Liga 3.
6. André Dias (50 jogos)
André Dias |
Lateral esquerdo internacional sub-20 português que jogou ao lado de
Roderick, Diogo Figueiras e Nélson Oliveira nos juvenis do Benfica,
chegou a jogar na I
Liga com a camisola do Rio
Ave e passou ainda por clubes como Tirsense,
União da Madeira, Desp.
Aves e Vilaverdense
antes de ingressar pela primeira vez no Olhanense
no verão de 2017.
Nessa primeira passagem por Olhão, de apenas uma época, atuou em 27 jogos
(26 a titular) no Campeonato
de Portugal, tendo ainda defrontado o Benfica
numa eliminatória da Taça
de Portugal em outubro de 2017.
Entretanto passou por Mafra
e Alverca,
tendo regressado ao emblema
algarvio em 2020-21 para participar em 23 encontros (22 a titular) no
anteriormente denominado Campeonato
Nacional de Seniores, ajudando os rubro-negros
a apurar-se para a fase de acesso à Liga 3.
Após essa temporada, transferiu-se para o vizinho Moncarapachense.
5. Tiago Barros (51 jogos)
Na primeira época no Algarve
mostrou-se impotente para evitar a despromoção ao Campeonato
de Portugal, patamar em que totalizou 51 partidas (36 a titular) e cinco
golos entre 2017 e 2019, tendo ainda defrontado o Benfica
numa eliminatória da Taça
de Portugal em outubro de 2017.
No verão de 2019 permaneceu no concelho de Olhão, mas mudou-se para o
vizinho Moncarapachense.
4. Leonardo Lelo (56 jogos)
Leonardo Lelo |
Lateral esquerdo internacional sub-20 português nascido em Olhão e com
quase toda a formação feita no Olhanense,
transitou para a equipa principal em 2018-19, quando ainda tinha idade de
júnior.
Entre 2018 e 2020 amealhou 56 encontros (todos como titular) com a camisola
rubro-negra no Campeonato
de Portugal, tendo feito parte da equipa que liderava a Série
D aquando da eclosão da pandemia de covid-19 em março de 2020.
“É um orgulho enorme representar este clube, o clube do meu coração e que
tanto me deu ao longo destes anos”, afirmou ao portal 100 Oportunidades em maio de 2020.
Em 2020-21 esteve emprestado ao Portimonense,
mas apenas jogou na equipa sub-23 dos alvinegros,
tendo depois rumado ao Casa
Pia.
3. Hassan (72 jogos)
Mohcine Hassan |
Avançado de elevada estatura (1,90 m) filho do antigo goleador marroquino
do Farense
Hassan Nader, nasceu em Faro, mas chegou a ser convocado à seleção olímpica de
Marrocos. Após ter concluído a formação no Vitória
de Setúbal, chegou a jogar e a marcar pelos sadinos
na I
Liga, passou a maior parte do tempo do contrato que o ligava aos setubalenses
emprestado.
Após ter rodado por Casa
Pia, Pinhalnovense
e Freamunde, foi cedido ao Olhanense
no verão de 2017, acabando por assinar a título definitivo pelos algarvios
um ano depois.
Em três anos em Olhão amealhou 72 encontros (51 a titular) e 24 golos no Campeonato
de Portugal, registo que faz dele o melhor marcador de sempre dos rubro-negros
na competição. Em 2019-20 fez parte da equipa que liderava a Série
D aquando da eclosão da pandemia de covid-19.
No verão de 2020 transferiu-se para os luxemburgueses do Dudelange.
2. Caleb (73 jogos)
Bastante criativo, habilidoso e com grande qualidade de passe, teve
impacto imediato na equipa
rubro-negra, tendo amealhado 73 encontros (67 a titular) e 18 golos no Campeonato
de Portugal ao longo de três anos em Olhão, tendo feito parte da equipa que
liderava a Série
D aquando da eclosão da pandemia de covid-19 em 2019-20 e ajudado os algarvios
a apurar-se para a fase de acesso à Liga 3 na época seguinte.
“É bonito jogar no Olhanense,
é um futebol diferente do que vemos no campeonato. Nestes dois anos, sempre
procurámos a baliza contrária, a posse de bola e ganhar”, afirmou ao portal Fútbol
Portugués desde España
em maio de 2020.
No verão de 2021 transferiu-se para o Amora.
1. Léléco (91 jogos)
Léléco |
Médio internacional cabo-verdiano que chegou a jogar na II
Liga com a camisola do Oliveirense,
chegou a Portugal em 2011 e passou por clubes como Estrela
Vendas Novas, Juventude
Évora, Operário Lagoa e Felgueiras
antes de ingressar no Olhanense
no verão de 2017.
Em três épocas e meia em Olhão amealhou 91 encontros (83 a titular) e 20
remates certeiros no Campeonato
de Portugal, tendo feito parte da equipa que liderava a Série
D aquando da eclosão da pandemia de covid-19 em 2019-20 e ajudado os algarvios
a apurar-se para a fase de acesso à Liga 3 na época seguinte. Antes, em outubro
de 2017, defrontou o Benfica
numa eliminatória da Taça
de Portugal.
Pelo meio, no verão de 2019 chegou a assinar pelo Real
SC, mas não chegou a estrear-se oficialmente pelos realistas e voltou
prontamente ao Algarve.
“Léléco continuará a jogar ainda por muito tempo com a camisola do Olhanense.
Na época 2019/2020 e no futuro a longo prazo. Porque Léléco representa a nossa
família. Porque Léléco é o nosso número 8. Porque Léléco é o nosso grande
capitão. A relação de emprego está vinculada por um contrato com acordo mútuo
entres as partes. Portanto asseguramos aos nossos adeptos e também todos os
apaixonados do mundo rubro-negro
que podem estar tranquilos”, esclareceu o clube na altura, através do Facebook.
“O Olhanense
é um clube histórico que merece estar noutro patamar, que já passou por muito,
como muitos clubes já tiveram altos e baixos. Estamos numa cidade que ama o
clube, uma cidade de pessoas humildes e trabalhadoras que em qualquer estádio
estão sempre presentes para apoiar o clube. O Olhanense
é e sempre será o orgulho do Algarve”,
afirmou ao portal Futebol
Épico em novembro de 2019.
No início de 2021 transferiu-se para o Torreense.
Sem comentários:
Enviar um comentário