Promovido ao Campeonato
de Portugal por decisão da Federação Portuguesa de Futebol em virtude de se
encontrar no primeiro lugar da I Divisão Distrital da AF
Algarve à data da suspensão dos campeonatos devido à pandemia, o Lusitano
Ginásio Clube Moncarapachense vai regressar a um patamar competitivo no qual já
tinha competido em 2017-18.
Fundado a 4 de março de 1953, o
clube de Moncarapacho, concelho de Olhão, só tinha disputado uma única vez um
campeonato nacional, em 1972-73, quando participou na III Divisão – Série D,
não indo além do 16.º e último lugar. Curiosamente, esse também foi o desfecho
da participação no Campeonato
de Portugal 45 anos depois.
Em 2017-18, 33 futebolistas
jogaram pelo Moncarapachense no terceiro escalão do futebol português. Vale por
isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.
10. João Tavira (19 jogos)
João Tavira |
Lateral direito/médio defensivo já
com alguma experiência no Campeonato
de Portugal adquirida ao serviço do Moura, reforçou o Moncarapachense em
novembro de 2017, após ter começado a época no clube alentejano.
Depois voltou aos distritais da AF
Setúbal, onde já tinha atuado por Estrelas do Faralhão e Comércio
e Indústria, para ajudar o Fabril
a subir ao Campeonato
de Portugal.
9. Marcos (20 jogos)
Marcos |
Central brasileiro possante (1,86
m) e há largos anos no futebol português, reforçou o Moncarapachense
precisamente em 2017-18, depois de já ter jogado no Campeonato
de Portugal ao serviço do Mineiro
Aljustrelense e de ter atuado por Aguiar da Beira e Nelas na antiga III
Divisão.
Nem sempre escolhido pelos
treinadores João Manuel Pinto e Tiago Raposo para fazer parte do onze inicial,
disputou 20 jogos, 17 dos quais como titular, e marcou dois golos, nas derrotas
forasteiras ante Moura e Castrense.
Na época seguinte continuou no
clube, tendo falhado o regresso ao Campeonato
de Portugal. Depois mudou-se para o 11 Esperanças.
8. João Rosa (20 jogos)
João Rosa |
Disputou 20 jogos tal como
Marcos, mas esteve em campo durante mais 60 minutos – 1640 contra 1580. Médio
de características defensivas que passou pela formação de alguns dos principais
clubes do sotavento algarvio,
como Beira-Mar Monte Gordo, Lusitano
VRSA, Olhanense
e Farense,
chegou ao Moncarapachense em 2017-18, na primeira época de sénior e do clube do
concelho de Olhão no Campeonato
de Portugal.
Apesar dos 19 anos teve um papel
importante na equipa, tendo sido utilizado em 20 jogos, 19 dos quais na
condição de titular. Esteve nas vitórias sobre Sp. Ideal, Lusitano
VRSA e Casa
Pia.
Continuou no clube após a
despromoção aos distritais, tendo feito parte da caminhada que culminou na
promoção ao Campeonato
de Portugal em 2020.
7. Betinho (22 jogos)
Betinho |
Extremo proveniente do Sampedrense
que chegou a integrar o plantel do Olhanense
quando os rubro-negros atuavam na I Liga, em 2012-13, ajudou o Moncarapachense
a subir ao Campeonato
de Portugal em 2016-17 ao marcar um dos golos da vitória sobre o
Quarteirense (3-1) no jogo do título.
Depois manteve-se no clube no
regresso da formação verde e branca aos patamares nacionais. No terceiro
escalão do futebol português alternou entre a titularidade e o banco de
suplentes, tendo começado dez vezes no onze inicial e entrado no decorrer das
partidas em 12 ocasiões. Em 22 jogos, marcou três golos, ao Oriental, ao Pinhalnovense
e ao Casa
Pia.
Após a descida de divisão
prosseguiu a carreira nos distritais algarvios,
no Imortal e no Silves.
6. André Uva (23 jogos)
André Uva |
Lateral esquerdo que passou pela
formação do Farense,
estreou-se no Campeonato
de Portugal com a camisola do Quarteirense, mas voltou aos distritais algarvios
para ajudar o Moncarapachense a subir ao terceiro escalão do futebol português.
André Uva fez parte da equipa que
participou no CNS
em 2017-18, tendo disputado 22 encontros, 20 dos quais na condição de titular,
marcando presença nas vitórias sobre Castrense, Armacenenses, Sp. Ideal, Lusitano
VRSA e Casa
Pia.
Após a descida de divisão
continuou no emblema de Moncarapacho, contribuindo para a promoção ao Campeonato
de Portugal na época que recentemente terminou.
5. Pedrinho (23 jogos)
Pedrinho |
Disputou 23 jogos tal como
Marcos, mas esteve em campo durante mais 67 minutos – 1759 contra 1692. Lateral
direito formado no Olhanense,
está desde 2013-14 ligado ao Moncarapachense.
Em 2016-17 ajudou a equipa de
Moncarapacho a conquistar o título distrital e na época seguinte disputou 23
jogos no Campeonato
de Portugal, 18 dos quais a titular.
Após a despromoção aos distritais
algarvios
manteve-se no clube e na temporada que recentemente terminou ajudou a formação
verde e branca a regressar aos patamares competitivos nacionais.
4. Fábio Teixeira (23 jogos)
Fábio Teixeira |
Mais um jogador que disputou 23
jogos, mas que amealhou 1906 minutos em campo, mais do que Pedrinho e André
Uva.
Defesa central/médio defensivo de
baixa estatura (1,78 m) e experiente, chegou a jogar pelo Farense
na I Liga em 2001-02 e passou largos anos em emblemas algarvios
como Louletano
e Almancilense antes de reforçar o Moncarapachense no verão de 2017, à beira de
completar 34 anos.
Titular em 22 dos 23 jogos que
disputou, marcou um golo no Campeonato
de Portugal, na vitória tangencial sobre o vizinho Lusitano
VRSA (1-0).
Diogo Romeiro |
3. Diogo Romeiro (25 jogos)
Médio ofensivo, teve três
passagens pelo clube: a primeira em 2010-11, a segunda entre 2012 e 2014 e a
terceira desde janeiro de 2015 até 2019.
Esteve, por isso, na conquista do
título algarvio
em 2016-17 e fez parte da equipa que na época seguinte disputou o Campeonato
de Portugal, patamar competitivo no qual já tinha jogado com a camisola do Louletano
em 2014-15.
Em 25 partidas, Diogo Romeiro foi
titular em 21 e marcou um golo, ao Operário.
Na temporada que se seguiu
continuou em Moncarapacho, mas terá depois colocado um ponto final na carreira
de futebolista.
2. Márcio Sousa (25 jogos)
Márcio Sousa |
O nome mais sonante desta lista,
até porque chegou a ser uma das maiores promessas no futebol português, ao
ponto de ser apelidado de “Maradona de Guimarães”. Em 2003, saltou para a ribalta
ao marcar em Viseu os dois golos a Espanha que deram o título europeu de sub-17
a Portugal.
Porém, passou ao lado da carreira
que todos previam e no verão de 2017 surgiu como reforço do Moncarapachense,
aos 31 anos. No emblema algarvio
este médio ofensivo de baixa estatura (1,70 m) disputou 25 jogos (22 a titular)
e marcou dois golos, apontados frente ao Olímpico
do Montijo e ao Estrela de Vendas Novas.
Após a descida de divisão
regressou ao norte do país, onde tem jogado nos campeonatos distritais da AF
Braga.
1. Fábio Marques (29 jogos)
Fábio Marques |
Extremo com larga experiência nos
campeonatos nacionais e que chegou a jogar na I Liga com a camisola do Olhanense,
reforçou o Moncarapachense a meio da época 2016-17 para ajudar a formação do
concelho de Olhão a conquistar o título distrital, apontando dois golos e uma
assistência no jogo decisivo, diante do Quarteirense.
Desde então que veste de verde e
branco, tendo disputado 29 jogos (27 a titular) e apontado oito golos pela
equipa de Moncarapacho no Campeonato
de Portugal em 2017-18. Castrense, Armacenenses (dois), Olhanense,
Estrela de Vendas Novas, Farense,
Almancilense e Lusitano
VRSA foram as vítimas deste atacante.
A 20 de junho o Moncarapachense
anunciou a renovação de Fábio Marques, que na época passada voltou a contribuir
para a promoção do emblema algarvio
ao Campeonato
de Portugal.
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