segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Os 10 jogos mais marcantes de equipas portuguesas na fase de grupos da Champions

FC Porto, Benfica e Sporting vão estar na Champions em 2021-22
A abertura da Liga dos Campeões a equipas não campeãs das principais ligas após a mudança de formato, em 1992, dificultou ainda mais a missão das equipas portuguesas, sem os mesmos argumentos de alguns dos principais emblemas de Inglaterra, Espanha, Itália e Alemanha. No entanto, os clubes lusos também têm tido os seus momentos de brilho, com destaque para a conquista do título europeu por parte do FC Porto em 2003-04.
 
Os dragões, que vão para a 27.ª presença, estão entre os emblemas com mais assíduos na competição. O Benfica está prestes a iniciar a 18.ª presença, ao passo que o Sp. Braga vai para a terceira. O Sporting contabiliza dez e o Boavista duas.
 
Vale por isso a pena conferir a nossa lista de dez jogos mais marcantes de equipas portuguesas na fase de grupos da Champions.
 
 
30 de março de 1994 – 5.ª jornada do Grupo B
Werder Bremen 0-5 FC Porto
Numa fase em que o modelo Liga dos Campeões, com fase de grupos, dava os primeiros passos, em 1993-94 o formato consistiu numa pré-eliminatória com os países menos cotados no ranking da UEFA e duas eliminatórias já com os pesos pesados antes de as últimas oito equipas serem distribuídos por dois grupos, com os dois primeiros de cada agrupamento a passarem às meias-finais.
Os dragões, que afastaram os malteses do Floriana (agregado de 2-0) e os holandeses do Feyenoord (1-0), ficaram inseridos no Grupo B, com AC Milan, Werder Bremen e Anderlecht. À entrada para a penúltima jornada, numa altura em que o triunfo ainda valia apenas dois pontos, os italianos lideravam o grupo com seis pontos, seguido dos portistas com quatro e dos alemães e dos belgas com três.
Antes da decisiva visita ao Werder Bremen de Otto Rehhagel, sobravam motivos para se considerar os germânicos favoritos. Afinal, eram os campeões da Alemanha e dois anos antes tinham conquistado a Taça das Taças, curiosamente numa final disputada no Estádio da Luz. E nunca uma equipa portuguesa tinha vencido na Alemanha. No entanto, o FC Porto de Bobby Robson surpreendeu tudo e todos ao arrancar uma vitória demolidora por 5-0.
O golo inaugural foi apontado pelo malogrado Rui Filipe, aos 11 minutos, pouco tempo depois de ter entrado para o lugar do lesionado Paulinho Santos. Os alemães reagiram e colocaram Vítor Baía à prova, mas o guarda-redes manteve-se seguro. Na frente de ataque, Kostadinov, isolado por Drulovic, apontou o segundo golo dos azuis e brancos aos 35’.
No segundo tempo, o FC Porto começou por resistir aos ataques do Werder Bremen, fazendo-os desacreditar na reviravolta. Depois construiu um resultado com contornos de goleada, com Secretário a aumentar a fazer o 3-0 (70’). O recém-entrado Domingos fez o quarto golo após bonita jogada individual (74’) e Timofte fechou a contagem na conversão de uma grande penalidade (90’).
 
 
 
11 de setembro de 1996 – 1.ª jornada do Grupo D
Mais uma jornada gloriosa da história europeia do FC Porto, no terreno de um AC Milan orientado pelo uruguaio Óscar Tabárez e que desde 1988 tinham conquistado cinco campeonatos de Itália, quatro Supertaças de Itália, três Taças/Ligas dos Campeões Europeus, três Supertaças Europeias e duas Taças Intercontinentais. Para termos a noção da força dos rossoneri nessa altura, vale a pena mencionar alguns dos elementos que compunham o plantel: Christian Panucci, Alessandro Costacurta, Franco Baresi, Michael Reiziger, Paolo Maldini, Marcel Desailly, Demetrio Albertini, Zvonimir Boban, George Weah, Roberto Baggio, Edgar Davids e Christophe Dugarry. Coisa pouca.
E os dragões, então comandados por António Oliveira, até estiveram a perder por duas vezes. Aos 14 minutos, Marco Simone colocou os italianos em vantagem em San Siro, a passe de Roberto Baggio. Artur empatou para os azuis e brancos no início do segundo tempo, após cruzamento de Fernando Mendes. Mas os milaneses voltaram a colocar-se em vantagem a cerca de 20 minutos do fim, por Weah, que respondeu da melhor forma a um cruzamento tenso de Simone, aproveitando também o falhanço do guarda-redes portista Wozniak.
Tudo parecia estar a decorrer conforme expectável, mas o FC Porto tinha lançado após a hora de jogo um goleador capaz do inesperado: Mário Jardel. O ponta de lança brasileiro, recém-contratado ao Grêmio, bisou no espaço de oito minutos (75’ e 83’), tendo sido assistido por Zahovic em ambos os golos, e deu a vitória à equipa portuguesa.
 
 
 
11 de setembro de 2001 – 1.ª jornada do Grupo B
Num dia trágico para a humanidade, em que uma série de ataques terroristas levaram a que dois aviões embatessem contras as Torres Gémeas do complexo empresarial World Trade Center, em Nova Iorque, o Boavista foi a Anfield deixar os fervorosos adeptos do Liverpool em estado de choque.
Nos meses anteriores, os reds de Gérard Houllier tinham vencido Taça UEFA, Taça de Inglaterra, Taça da Liga, Charity Shield e Supertaça Europeia, e contavam ainda com o jogador que haveria de vencer a Bola de Ouro nesse ano, Michael Owen. No entanto, nada disso inibiu o pistoleiro Elpídio Silva, que combinou rapidamente com Alexandre Goulart antes de disparar para o fundo da baliza de Dudek logo aos três minutos.
Owen, a estrela de uma equipa onde também atuavam jogadores como Sami Hyypia, Dietmar Hamann, Steven Gerrard e Emile Heskey, empatou aos 29 minutos, mas não evitou uma surpreendente perda de pontos, em casa, ante os axadrezados de Jaime Pacheco.
 
 
 
7 de dezembro de 2004 – 6.ª jornada do Grupo H
 
 
 
7 de dezembro de 2005 – 6.ª jornada do Grupo D
 
 
 
12 de setembro de 2006 – 1.ª jornada do Grupo B
Seis anos depois, o Sporting regressava à Liga dos Campeões e o novo Estádio José Alvalade estreava-se na competição. Pela frente estava o Inter de Milão, que tinha empatado a zero naquele mesmo palco um mês antes, no jogo de apresentação dos leões, e que tinha uma equipa de luxo: Toldo, Córdoba, Samuel, Maicon, Grosso, Patrick Vieira, Dacourt, Stankovic, Figo, Ibrahimovic e Adriano no onze; Júlio César, Javier Zanetti, Materazzi, Maxwell, Mariano González, Solari e Crespo no banco.
Apesar do poderio do adversário, que na altura estava a começar um período de hegemonia em Itália, um Sporting bastante jovem, com jogadores como Miguel Veloso, João Moutinho, Nani e Yannick Djaló no onze, susteve o ímpeto dos nerazzurri e venceu por 1-0, com um grande golo do improvável Marco Caneira aos 64 minutos.
 
 
 
23 de novembro de 2010 – 5.ª jornada do Grupo H
Ao cabo de quatro jornadas, o Arsenal liderava o grupo com os mesmos nove pontos do Shakhtar Donetsk. O Sp. Braga, que tinha sido goleado no Emirates Stadium na estreia na Champions (0-6), somava seis, todos obtidos frente aos sérvios do Partizan, e ainda alimentava a possibilidade de garantir o apuramento para os oitavos de final, apesar de lhe restar uma receção aos poderosos gunners e uma visita aos ucranianos, que um ano e meio antes tinham vencido a Taça UEFA.
Ainda sem grandes feitos a nível europeu, os bracarenses de Domingos Paciência tinham poucas hipóteses de sucesso diante dos londrinos de Arsène Wenger, mas o que parecia pouco provável acabou mesmo por acontecer.
Frente a Tomás Rosicky, Cesc Fàbregas, Theo Walcott e companhia, os dois golos minhotos surgiram já nos minutos finais, ambos da autoria do brasileiro Matheus, ambos após corridas desenfreadas para a baliza de Fabianski (83’ e 90+3’).
 
 
 
30 de setembro de 2015 – 2.ª jornada do Grupo C
Longe de estar época positiva, já com duas derrotas nas primeiras seis jornadas da I Liga, Rui Vitória não estava a ter uns primeiros meses fáceis à frente do Benfica, apesar de ter iniciado a Liga dos Campeões com uma vitória caseira sobre o Astana (2-0).
Na visita ao Atlético Madrid, vice-campeão europeu e campeão espanhol em 2013-14, os colchoneros eram favoritos e até marcaram primeiro, por Ángel Correa, aos 23 minutos.
No entanto, o Benfica agigantou-se e deu a volta o resultado na capital espanhola, com Gaitán a empatar ainda na primeira parte, na sequência de um cruzamento de Nélson Semedo ainda desviado por um defesa rojiblanco (36’), e Gonçalo Guedes a marcar o golo da vitória no início do segundo tempo, a passe de Gaitán (51’).
 
 
 
14 de setembro de 2016 – 1.ª jornada do Grupo F
Nem só de vitórias se faz a lista dos jogos mais marcantes de equipas portuguesas na fase de grupos da Liga dos Campeões.
De regresso à Champions após uma época de ausência, o Sporting de Jorge Jesus arrancou a competição com uma visita ao campeão europeu Real Madrid, que tinha nas suas fileiras jogadores como Cristiano Ronaldo, Benzema, Bale, Modric, Kroos, Sergio Ramos e Marcelo, todos eles no auge das suas carreiras.
Após terem ido para intervalo com um empate a zero, os leões gelaram o Santiago Bernabéu quando se adiantaram no marcador aos 48 minutos, através de um remate certeiro de Bruno César.
A vantagem leonina durou até aos 89 minutos, quando Cristiano Ronaldo empatou o encontro através de um livre direto. Seria o Sporting capaz de pelo menos segurar um ponto na capital espanhola? Também não. Morata fez o 2-1 os merengues aos 90+4’, após cruzamento de James Rodríguez.
 
 
 
23 de novembro de 2016 – 5.ª jornada do Grupo B
Besiktas 3-3 Benfica
Líder do grupo à entrada para a 5.ª jornada, com dez pontos, o Benfica estava à frente de Nápoles (sete pontos), Besiktas (seis) e Dínamo Kiev (um).
A precisar de apenas um ponto na visita a Istambul para carimbar o apuramento para os oitavos de final, as águias orientadas por Rui Vitória gelaram os adeptos turcos durante a primeira parte, saindo para o intervalo a vencer por 0-3, com golos de Gonçalo Guedes (10 minutos), Nélson Semedo (25’) e Fejsa (31’).
No entanto, o Besiktas nunca atirou a toalha ao chão e respondeu na mesma moeda na segunda parte. Depois de Cenk Tosun (58’) e Quaresma (83’, g.p.) terem reduzido a desvantagem, coube a um avançado emprestado pelo FC Porto, Aboubakar, marcar o golo do empate (89’).
 









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