quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

FC Porto não ganha em casa há quatro jogos. Lembra-se da última vez que tal havia acontecido?

FC Porto esteve seis jogos sem vencer no Dragão em 2005
Desde que goleou o vizinho Boavista para o campeonato (4-0), a 28 de dezembro do ano passado, ainda com Vítor Bruno no comando técnico, que o FC Porto não sabe o que é vencer no Estádio do Dragão.
 
Desde então, os azuis e brancos averbaram em casa uma derrota com o Olympiacos para a Liga Europa (0-1), empates com Santa Clara e Sporting (ambos 1-1) para a I Liga e uma igualdade a um golo com a AS Roma na primeira-mão do playoff de acesso aos oitavos de final da Liga Europa.
 
Esta é a quarta vez na história que o FC Porto passa por uma série de (pelo menos) quatro jogos sem vencer em casa, a segunda desde que joga no Estádio do Dragão. Lembra-se da última vez que tal havia acontecido?
 
Recuemos 20 anos. Precisamente 20 anos. Também por esta altura, em 2005, os dragões atravessavam uma sequência caseira negativa, que se arrastou não só durante quatro, mas seis jogos. Quem sabe, talvez em 2045 algo idêntico também aconteça.
 
1. Comandado pelo espanhol Victor Fernández, o FC Porto até partiu para a 16.ª jornada do campeonato de 2004-05 na liderança do campeonato, embora tivesse perdido provisoriamente o primeiro lugar na véspera de entrar em campo, devido às vitórias de Boavista e Sporting. Um triunfo sobre o Rio Ave no Dragão, a 9 de janeiro de 2005, permitiria aos azuis e brancos voltar ao trono, mas a turma vila-condense comandada por Carlos Brito não facilitou e chegou-se à frente aos 28 minutos, por intermédio do avançado brasileiro Gaúcho. O melhor que os portistas conseguiram foi chegar ao empate, aos 72’, por Luís Fabiano.
 
 
 
2. Depois de um empate em Coimbra diante da Académica (0-0) e uma vitória em Leiria sobre a União (1-0), o FC Porto entrou na 19.ª jornada como líder do campeonato, mas acabou na terceira posição, em igualdade pontual com quarto e quinto classificados. Tudo devido a uma derrota caseira às mãos do Sp. Braga de Jesualdo Ferreira, por 1-3. João Tomás foi o protagonista do jogo, com um bis (21 e 75 minutos), tendo Wender apontado o outro golo dos bracarenses (41’). Pelo meio, Diego chegou a empatar, na conversão de uma grande penalidade (33’). Esta desaire valeu o despedimento de Victor Fernández.
 
 
 
3. Entretanto, José Couceiro sucedeu a Victor Fernández no comando técnico e estreou-se com um triunfo em casa do Estoril (2-1), devolvendo o FC Porto à liderança, em igualdade pontual com o Benfica. Na jornada seguinte, os azuis e brancos receberam o Vitória de Guimarães de Manuel Machado no Dragão, mas não foram além de um empate a zero, permitindo que Sporting e Boavista também se colassem ao primeiro lugar, todos com 38 pontos.
 
 
4. O jogo seguinte no Estádio do Dragão foi para a Liga dos Campeões, diante do Inter de Milão de Roberto Mancini, em partida da primeira-mão dos oitavos de final. Os portistas não foram além de um 1-1 desfavorável, que colocava o conjunto italiano em vantagem devido à regra dos golos fora. Obafemi Martins inaugurou o marcador aos 24 minutos, ao encostar ao segundo poste na sequência de um passe de Stankovic a partir da esquerda. A igualdade foi reposta à passagem por hora de jogo, por Ricardo Costa, que à boca da baliza atirou para o fundo das redes ao aproveitar as sobras de uma bola cabeceada por Costinha e defendida de forma incompleta por Toldo.
 
 
 
5. Cinco dias depois, mais um teste de fogo no Dragão, a receção ao Benfica de Giovanni Trapattoni, num jogo em que estavam frente a frente os dois líderes do campeonato. O FC Porto até foi o primeiro a marcar, graças a um golo de Benni McCarthy aos 65 minutos, mas Geovanni repôs a igualdade dez minutos depois, estabelecendo o 1-1 final.
 
 
 
6. Após um triunfo em Penafiel que permitiu manter a liderança partilhada com o Benfica e descolar do Sporting, o FC Porto recebeu o Nacional de João Carlos Pereira numa sexta-feira, 11 de março, e viveu uma noite das maiores humilhações que o Estádio do Dragão já viu, uma estrondosa derrota por 0-4. Miguel Fidalgo (4 minutos), Alonso (60’), Nuno Viveiros (69’) e Bruno (84’) marcaram os golos da goleada madeirense. E o Benfica aproveitou para se isolar na liderança.
 
 
 
A sequência negativa terminou com uma vitória sobre o Gil Vicente (1-0), a 3 de abril, em partida da 27.ª jornada.







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